Journal of Biotechnology and Biodiversity | v.8 | n.2 | 2020

Journal of Biotechnology and Biodiversity
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Sistema de drenagem urbana e as inundações na unidade hidrográfica do Canal do Anhaia – Paranaguá - Brasil
Luiz Everson da Silvaa* , Francisco Xavier da Silva de Souzaa , Marcio Rosario do Carmoa , Helio Edison da Cruz Juniorb , Ellen Joana Nunes Santos Cunhac , Marcel Cunhab ,






Evany Evelyn Lenz Lopesb , Juliana Quadros a


a Universidade Federal do Paraná, Brasil
b Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Brasil
c Instituto Federal do Paraná, Brasil
* Autor correspondente (luiever@gmail.com )
I N F O A B S T R A C T
Keyworks
floods
hydrographic unit environment
The socioenvironmental conditions of flooding in the Anhaia canal hydrographic unit - Paranaguá - Brazil
This article deals with the analysis of the urban drainage system and the flooding of the Anhaia Canal, located in the area of immediate influence of the Port D. Pedro II in the municipality of Paranaguá, Paraná Coast. The study is based on the georeferenced map MI - 2858/2-NE FOLHA SG.22-X-D-V/2-NE of the Ministry of the Army-Department of
Engineering and Construction, Directorate of Geographic Services Southern Region of Brazil in Scale 1-25,000 that allows identifying the limits of space. The daily precipitation events (mm³) concentrated or with moderate distribution of the city were surveyed near the Paranaguá Meteorological Station, linked to the 8th Meteorological District of Porto
Alegre. The analysis period included the monthly average precipitation between 2010 and 2019. For the identification of floodable or floodable areas it was used the compilation of information from two sources: the company Águas de Paranaguá and the City Hall of Paranaguá and additionally personal observations of the authors systematized during
the fieldwork of this project and anecdotal other professional activities in the city of Paranaguá. The study allowed to
notice that the tide level and the precipitations, are natural factors, that influence in the flow of waters of the Canal in the Bay of Paranaguá, however, it was perceived that the floodings, are of anthropic origin having in view, the altera-
tions that occurred in the study area, such as, the impermeabilization of the soil, change in the geometry of the Canal,
garbage and debris in the margins of the Canal, deficiency in the mouths of wolf and alteration in the local hydrological cycle. It is concluded that the floods that occur in the region can be avoided with preventive maintenance measures,
cleaning of the drainage network, cleaning of the access roads, and mitigatory actions with the community through environmental education projects.
R E S U M O
Palavras-chave s
inundações
unidade hidrográfica meio ambiente
Este artigo aborda a análise do sistema de drenagem urbana e as inundações do Canal do Anhaia, localizado na área de
influência imediata do Porto D. Pedro II no município de Paranaguá, Litoral do Paraná. O estudo tem por base a carta georreferenciada MI - 2858/2-NE FOLHA SG.22-X-D-V/2-NE do Ministério do Exército–Departamento de Engenha-
ria e Construção, Diretoria de Serviços Geográfico Região Sul do Brasil na Escala 1-25.000 que permite identificar os
limites de espaço. Foram levantados, junto à Estação de Meteorologia de Paranaguá, vinculada ao 8º Distrito de Mete- orologia de Porto Alegre, os eventos de precipitações diárias (mm³) concentradas ou com distribuição moderada do
município. O período de análise compreendeu a média mensal de precipitação entre 2010 e 2019. Para a iden tificação
das áreas inundáveis ou alagáveis foi utilizada a compilação de informações provenientes de duas fontes: a empresa Águas de Paranaguá e a Prefeitura Municipal de Paranaguá e adicionalmente observações pessoais dos autores siste-
matizadas durante os trabalhos de campo desse projeto e anedóticas em outras atividades profissionais na cidade de
Paranaguá. O estudo permitiu perceber que o nível da maré e as precipitações, são fatores naturais, que influenciam no escoamento das águas do Canal na Baia de Paranaguá, entretanto, percebeu-se que os alagamentos, são de origem
antrópica tendo em vista, as alterações que ocorreram na área de estudo, tais, com, a impermeabilização do solo, mu-
dança na geometria do Canal, lixos e entulhos nas margens do Canal, deficiência nas bocas de lobo e alteração no ciclo hidrológico local. Conclui-se que as inundações que ocorrem na região podem ser evitadas com medidas preventivas
de manutenção, limpeza na rede de drenagem, limpeza nas vias de acesso além de ações mitigatórias com a comunidade através de projetos de educação ambiental.
Received 14 October 2019; Received in revised from 23 May 2020; Accepted 18 June 2020
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INTRODUÇÃO
No processo de urbanização, a poluição do ar afeta a transferência de radiação e acrescenta nú- cleos de condensação no ar, aumentando a precipi- tação. A densidade e a geometria das edificações criam superfícies rugosas que influencia na circula- ção do ar e no transporte de calor e vapor d'água. Os materiais de construção e o asfaltamento das ruas aumentam o estoque de calor, a impermeabili- zação do solo aumentama possibilidade de enchen- tes. Esses fatores, associados a outros, contribuem para a formação de um microclima local, denomi- nado clima (Almeida Junior, 2005). Assim, a chuva em áreas urbanas cai principalmente sobre superfí- cies impermeabilizadas por asfalto e concreto esco- ando para bueiros e finalmente atingindo os rios. A infiltração é praticamente inexistente e uma das consequências é a alta frequência de inundações e alagamentos após as fortes chuvas (Tucci, 1995). Ainda segundo o autor, observa-se que eventos extremos de precipitações têm provocado inunda- ções e alagamentos em várias cidades brasileiras. Sendo na última década, no período de verão a no- tícia mais comum nos telejornais, revista, rádio, TV e redes sociais. Esse fenômeno produz impactos so- ciais e econômicos, principalmente pela falta total de planejamento e de adoções de soluções ade- quada pelo poder público. Outro agravante que contribui para as inundações e alagamentos é que o planejamento da infraestrutura urbana para a pre- venção dos impactos pluviais “quando existe”, vale-se de parâmetros de dados médios referentes aos fenômenos meteorológicos, e desconsideram as anomalias que fazem parte do clima local, e que es- poradicamente ocorrem (Lohmann, 2013, p.136).
Estudos realizados por Magalhães et al. (2009) em Fortaleza; Costa et al. (2014) em São Luiz, con- cluíram que o aumento das inundações ocorreram em função do processo de urbanização, da cres- cente impermeabilização do solo, da deficiência de infraestrutura de drenagem urbana, da ocupação nas planícies de inundações, da retificação dos ca- nais, da mudança na geometria dos canais e da dis- posição inadequada dos rejeitos de resíduos sólidos nas ruas e avenidas.
De acordo com Tucci (2000), as grandes mudan- ças na drenagem urbana devem-se à concent ração de população nas cidades, crescimento das ativida- des industriais e expansão portuária em áreas lito- râneas. Diante disso, a canalização de arroios, cór- regos, canais, rios urbanos ou uso de galerias para transportar rapidamente as águas pluviais e os r esí- duos líquidos (esgoto) tornam-se mais intensos, contribuindo para as inundações e alagamentos.
A drenagem urbana na maioria das cidades bra- sileiras está no nível de micro drenagem, e envolve
um conjunto de dutos pluviais ou canais em nível de loteamento ou de rede primária urbana (Tucci ,
2000).
No caso de Paranaguá, que está localizada na planície litorânea, no período de fortes precipita- ções as inundações são mais frequentes e podem ser agravadas pelos efeitos das marés, que elevam o ní- vel das águas na região próxima à costa, dificul- tando o escoamento natural. Outro agravante é que o sistema de drenagem foi construído ao nível da baixa mar, maré de sizígia. Fato este que dificulta o escoamento das águas do canal do Anhaia e de ou- tros canais em período de chuvas moderas ou for- tes.
No município de Paranaguá a canalização dos canais e córregos teve início na década de 1950 , motivado pelos projetos do governo federal - De- partamento Nacional de Obras e Saneamento. Nessa década foram canalizados os rios do Chumbo e Canal Sabiá. (Paranaguá, 2006). Segundo a mesma referência, na década de 1960 a expansão portuária motivou a canalização do canal das Marés e a partir da década de 1970 os canais do Anhaia e parte do Canal Correio Velho.
Em Paranaguá está localizado o Porto D. Pedro II um dos maiores exportadores de grãos da Amé- rica Latina, nele é escoado a produção agrícola da região Sul, sendo assim, os granéis sólidos é sua carga mais movimentada. Nas vias de acesso ao porto existe a perda de grãos e outros materiais, proveniente dos meios de transportes, que em perí- odo de chuva são carreados para a drenagem, pro- vocando a obstrução nos componentes do sistema como, boca de lobos, caneletas, caixa de inspeção entre outros.
Diante disso, nas últimas décadas no município
de Paranaguá, têm se intensificado problemas de alagamentos e inundações, e consequentemente os agravos de casos notificados das endemias hidro veiculadas, dentre elas podem citar a dengue, leptospirose, virose, hepatites virais e hantavírus. Além disso, há o comprometimento da segurança de pessoas, prejuízos de ordem financeira na infra- estrutura pública e particular. Como exemplo ex- tremo, no dia 11 de março de 2011, ocorreram chu- vas intensas com índice pluviométrico acima da média, causando alagamentos e deslizamentos de terra. Como consequências desse desastre, resulta- ram danos humanos, materiais e ambientais e pre- juízos econômicos e sociais. Diante disso, a Câ- mara Municipal de Paranaguá aprova o Decreto nº 1853 de 16 de março de 2011 declarando Situação de Emergência, que foi prorrogado pelo Decreto 2036 de 16 de junho de 2011. De acordo com a Re- solução nº 3 do Conselho Nacional de Defesa Civil - CONDEC, a intensidade deste desastre foi dimen- sionada como de Nível (III) Grande (ver a escala ).
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Dessa forma, o presente estudo tem como obje- tivo geral caracterizar o sistema de drenagem do Canal do Anhaia, localizado na área de influência imediata do Porto D. Pedro II no município de Pa- ranaguá, Litoral do Paraná. Visando atender este objetivo, definiram-se os seguintes objetivos espe- cíficos: a) Caracterizar todos os elementos do sis- tema de macro drenagem do canal do Anhaia; b) Identificar a quantidade de resíduos sólidos (restos de cereais) nas vias de acesso ao porto D. Pedro II, área de abrangência do canal; c) verificar a influên- cia das precipitações nas inundações/alagamentos; d) verificar a influência das marés na rede de dre- nagem urbana; e) identificar os pontos de inunda- ções/alagamentos na Unidade Hidrográfica do Ca- nal do Anhaia.
MATERIAL E MÉTODOS
De acordo com Flórez, (2005) a rede hidrográ- fica do município de Paranaguá tem orientação nor- deste e é constituída pelos rios Itibere e Emboguaçu que circundam a área urbana. São canais estuarinos que atingem mais de 10 km de distância da linha da costa, tornando as águas salobra e, consequente- mente, impróprias para o consumo humano. Esses canais são afetados pela salinidade e neles desá- guam, vinte e dois (22) pequenos talvegues que for- mam as micros bacias urbanas e são alimentadas pelas águas da chuva, lençol freático e resíduos lí- quidos.
Sendo assim, para identificar os limites das as utilizou-se a carta georreferenciada MI - 2858/2 - NE FOLHA SG.22-X-D-V/2-NE do Ministério do Exército–Departamento de Engenharia e Constru- ção, Diretoria de Serviços Geográfico Região Sul do Brasil na Escala 1- 25.000.
Para os eventos de precipitações diárias (mm³) concentradas ou com distribuição moderada do mu- nicípio de Paranaguá foram levantados junto a Es- tação de Meteorologia de Paranaguá, vinculada ao 8º Distrito de Meteorologia de Porto Alegre para os três horários de leituras 09h, 15h e 21h. Foi calcu- lada a média mensal de precipitação do município no período de 2010 a 2019. Para os cálculos da mé- dia mensal e a elaboração de gráficos de precipita- ção foi utilizado o software Excel® .
Para a identificação das áreas inundáveis ou ala- gáveis foi feita com base na compilação de infor- mações provenientes de duas fontes, empresa Águas de Paranaguá e a Prefeitura Municipal de Pa- ranaguá, adicionalmente observações pessoais do autor sistematizadas durante os trabalhos de campo desse projeto e anedóticas em outras atividades pro- fissionais na cidade de Paranaguá .
As observações sistematizadas de campo foram
realizadas no período de janeiro de 2010 a dezem- bro de 2019. Para observar os números das inunda- ções e alagamentos que ocorreram por mês nas uni- dades hidrográficas da área urbana. Fez-se a medi- ção da lamina d’água, verificando a altura da água nas ruas e calçada bem como o tempo de escoa- mento tendo como base o nível da rua.Com uma trena e tendo como referência o poste de luz (Co- pel), fez–se uma régua com escala em cm e com tinta branca as medidas de 0 a 50 cm. As observa- ções iniciaram com o início das precipitações e du- raram até o escoamento.
Nas planícies de maré o sistema de drenagem é um sistema de micro drenagem em nível de lotea- mento, pois são áreas planas que foram aterradas, e a drenagem sofre estrangulamento dos canais a cada ciclo de maré. Para verificar a influência das marés nessas áreas, observou-se o nível do lençol freático, para determinar o nível de saturação do solo. Fez-se perfuração de poços utilizou-se um trado manual de quatro polegadas (“4”), e efetuou - se a perfuração de 4 poços rasos de observação, para a medição da profundidade do lençol freático, adaptado da metodologia de Flórez (2005).
Esses poços foram revestidos com canos de PVC 60 mm, com 01 metro de comprimento em formato de filtro, com vários furos nas laterais, enrolado com cetim (manta porosa, onde material sólido não ultrapassa), para facilitar a drenagem da água e evi- tar o assoreamento do poço. Como proteção utili- zou-se de cap (tampas cegas) do mesmo material, fixados aos tubos. O comprimento de cada tubo se diferencia de conformidade com a profundidade do nível do lençol freático em cada poço. As observa- ções ocorreram entre o mês de janeiro de 2008 a dezembro de 2009. Utilizando uma régua de ma- deira de 2,50 m com uma escala em cm fez-se me- dições diárias utilizando o manual Nível das Marés Região Sul nas marés de sizígia e quadratura, prea- mar e baixa-mar, seguindo os horários estabeleci- dos na carta da tábua de marés do Porto Dom Pedro II, fornecido pelo Departamento de Oceanografia da Capitania dos Portos do Estado do Paraná.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Unidade Hidrográfica do canal do Anhaia de- ságua na baia de Paranaguá nas proximidades do bairro Vila Becker com direção sudoeste em rela- ção ao porto D. Pedro II. Possui uma área de apro- ximadamente 1,88 km². Limita-se ao norte com a bacia do Canal das Marés nas ruas Ludovica Borio e Rodovia Airton Sena e ao Sul com o Rio Embo- guaçu na Avenida Roque Vernalha. O compri- mento do canal é de 2.180 metros e área de abran- gência do canal drenando os sistemas de micro dre- nagem dos bairros: Vila Becker, Jardim Santa
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Rosa, Vila Cruzeiro, Vila da Madeira, Vila Portuá- ria, Vila Ruth, Vila 9 de Maio, Serraria do Rocha, parte da Vila Paranaguá e Vila Guarani. Foi cana- lizado todo o curso d’água, na década de 70 tendo em vista, o crescimento urbano, motivado pelo ci- clo da diver sificação.
No entorno da unidade hidrográfica, a partir da década de 90 foram construídos armazéns para de- posito de fertilizantes, tanques para armazenagem de óleos, ácidos, derivados de petróleo e pátio para depósito de contêineres. O sistema de drenagem do Canal do Anhaia atende uma população de aproxi- madamente 10.800 habitantes a figura nº. 1 mostra
o Canal do Anhaia na Vila Becker.
Durante a pesquisa observou-se que no trecho do Canal do Anhaia entre a foz e a Rua Tupiniquim, o canal está a céu aberto, a figura nº. 1 mostra que existe várias residências nas margens do canal, e os manguezais ainda estão preservados. O compri- mento do canal é de 350 metros até a Baia e largura de 5,3 metros, porém após o cruzamento com a Rua Tamoio a largura do Canal passa para 13 metros, e neste trecho percebe-se que a influência das marés é determinante, e no momento das marés de sizígia o volume de água sobe em torno de 2 metros, tendo como referência as margens laterais (Figura 1).

Figura 1 - Influência das marés no canal do Anhaia (Fonte: Francisco Xavier)
Na rua Arcésio Guimarães, verificou-se a pre- sença de uma Estação Elevatória de Esgoto, e a fi- gura 2 mostra que a água do canal é represada, e neste ponto houve modificação na geometria do ca- nal com a implantação da elevatória, e também ocorre a influência das marés, a distância entre a rua citada à cima e a foz do canal é de 750 metros.
No trecho entre a rua Tupinambá e Avenida Bento Rocha o Canal é canalizado, com um con- junto de 3 manilhas de concreto com diâmetros de 1,5 m, e após a passagem da ponte ocorre um es- trangulamento na drenagem passando para um co n- junto de 2 manilhas de diâmetro de 1,0 m, e este estrangulamento na drenagem vai até a rua José Ca- dilhe no Bairro da Serraria do Rocha.
Verificou-se que na rua Adélio Correia Bairro Vila Portuária o Canal encontra-se com 50% da drenagem assoreada, por areia, lixos entulhos que são lançados pelos moradores dentro do canal, difi- cultando o escoamento e contribuindo para os cons- tantes alagamentos que ocorre na região. A figura nº. 2 mostra o assoreamento no canal, manilhas em concreto diâmetro de 1,5 m. Em conversa informal com os moradores local, os mesmos relataram que a tampa quebrou após a passagem de caminhão, e a região sofre de alagamentos em período chuvoso, pois conforme a foto o canal está no nível da rua, o qual dificulta o escoamento normal das águas (Fi- gura 2).
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Figura 2 - Construção da EET (Fonte: Francisco Xavier)
Na área de estudo, entre as Ruas Azir dos Santos Antunes e Rua Barão do Amazonas, o canal possui um conjunto de 2 manilhas de diâmetro de 1,0 m, porém está acima do nível da rua, e existe no local várias saídas para escoamento de água que contri- bui para a entrada de areia provocando o assorea- mento, também se verificou a presença de lixos e entulhos sobre o canal, o que dificulta o escoa- mento das águas superficiais em períodos chuvoso. Por outro lado, não foi possível verificar o sis- tema de micro drenagem em todas as ruas. No en- tanto, na Rua Francisco Machado, Rua Barão do Amazonas e na Comandante Didio Costa, as mani- lhas estão assoreadas com areia devido à grande quantidade de lixos e entulhos, sendo necessário fa- zer uma limpeza no sistema de drenagem para reti- rar parte da areia sobre as manilhas e com isto vai facilitar o escoamento das águas do canal do Anhaia, reduzindo as constantes inundações que ocorre em todo as margens do canal.
Segundo Guerra, (2001), as obras de canalização dos canais afetam diretamente a drenagem das águas superficiais. Portanto o Canal do Anhaia não é uma exceção. Foi totalmente canalizado, porém, percebe-se que o sistema de drenagem sofre com a mudança na geometria do Canal, onde tem, no iní- cio, um conjunto de 3 redes de 1,50 metros, e na distância de 1800 metros ocorre uma redução, pas- sando para umconjunto de 2 manilhas de 1,0 metro . Estas mudanças ocorreram de forma desordenada pela urbanização que ocorreu em Paranaguá na dé- cada de 70.
Volumes de precipitações
Segundo Bigarella et al. (1978), de acordo com a classificação de Koppen, o clima de Paranaguá é do tipo Aft, ou seja, subtropical úmido mesotér-
mico, sem estação seca e isento de geadas. No pe- ríodo estudado, verificou-se que o mês mais rico em chuvas é fevereiro, com 335 milímetros; o mês mais pobre em chuva é agosto, com 64,9 milíme- tros; 12 meses úmidos com precipitação anual de 2167 milímetros. Para compreender melhor a dis- tribuição das precipitações, fez-se uma análise dos volumes de precipitações no período co mpreendido entre 2010-2019. Os dados foram fornecidos pelo 8º Distrito de Meteorologia – Porto Alegre. Observou-se ainda, que no município de Parana- guá/PR, a ocorrência do período chuvoso é de curta duração, bem regular e tem início no verão, com chuvas bem distribuídas, com volumes de precipi- tações média de 921 mm, que representam aproxi- madamente 40% das precipitações anuais. O qua- dro 1 mostra que as precipitações são bem distribu- ídas, e ocorrem em todos os meses do ano. Verifi- cou-se que não ocorreu estiagem prolongada.
Inundações
Segundo Guerra, (2001) a ocupação dos espaços urbanos nas cidades criou sérios problemas ambi- entais, entre eles as enchentes e inundações que ocupam posição de destaque e suscitam soluções emergenciais. Na área de estudo, os resultados mostram que os constantes inundações que ocor- rem nas ruas: Francisco Machado, Barão do Ama- zonas, Alípio dos Santos e Azir dos Santos Antu- nes, são causadas pela impermeabilização do solo, grande circulação de veículos. Sistema de esg ota- mento sanitário é misto e com isto há aumento n o fluxo de água na rede de drenagem, e os moradores jogam lixos e entulhos sobre as rua e avenidas, que em época de chuvas são carreados para a rede de drenagem. Estes fatores dificultam o escoamento das águas superficiais em período chuvoso, ocasio- nando as inundações.
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Quadro 1 – Precipitações mensais do município de Paranaguá/PR no período de 2010 a 2019.
Ano Jano Fev Mar Abril Maio Junho Julho Ago Set Out Nov Dez Total
2010 429,2 402,8 394,5 411,1 100,4 138,7 181,9 69,6 114,8 205,5 210 345,8 3004,3 2011 331,6 314,1 510,7 237,4 67,3 114,3 143,2 152,4 60,5 150,9 138,4 251,1 2471,9 2012 229,3 248,9 66,6 201,1 156,4 230,8 149,5 15,4 61,5 139,9 101,7 327 1928,1 2013 170,3 275,1 249,1 37,7 84,8 252,5 136,9 32,8 168 89,6 138,9 156,9 1792,6
2014 216,5 240,5 253,4 189,7 75,9 110 64,4 81,9 146,9 60,15 143 241,7 1824
2015 340,3 507,9 334,9 165,8 184,8 95,2 109,8 32,4 176,4 181,2 270,3 328,5 2727,5
2016 268,9 604,3 145,4 130,8 184,9 118,3 85,8 132,3 99,1 222,4 140,3 156,9 2289,4
2017 518,2 248,4 415,1 112,4 167,3 96 23,9 82,5 118,6 243,6 82,7 326,4 2435,1
2018 429,3 239 277,6 203,5 135,9 77 11,3 22,7 26,5 181,8 93,8 132,7 1831,1
2019 124,7 274,8 168,8 132,4 193,7 78,7 29,7 27,4 121,5 57,5 127,4 38,8 1375,4
Total 3058,3 3355,8 2816,1 1821,9 1351,4 1311,5 936,4 649,4 1093,8 1532,6 1446,5 2305,8 21679,4 Média 305,83 335,58 281,61 182,19 135,14 131,15 93,64 64,94 109,38 153,26 144,65 230,58 2167,94
É possível observar que o nível da maré e as pre- cipitações influenciam nos constantes alagamentos que ocorrem no município de Paranaguá.
Quando as precipitações ocorrem no momento da passagem da baixa-mar para a preamar, o esco- amento é mais lento, tendo em vista que as águas superficiais permanecem sobre as ruas e calçadas . Entretanto, na passagem da preamar para a baixar mar o escoamento é rápido. Observou-se que as constantes inundações ocorrem com mais frequên- cia e intensidade nas marés de quadratura.
Foram identificados todos os componentes da microdrenagem, galerias, bocas de lobo, tubos de ligação, poço de visita e comprovou-se que não são suficientes para auxiliar a drenagem, pois estão muito distantes e com diâmetros inferiores ao da rede.
O resultado da pesquisa mostra que durante a elaboração deste trabalho ocorreram 348 inun da- ções, sendo 267 inundações na maré de quadratura, 71 na maré de sizígia e 10 no momento de estofo (Quadro 2).
Quadro 2 - Precipitações e inundações no Canal Anhaia.
Dados 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Total
Precipitações mm/m³ 3004 2454 1954 1732 1824 2727 2289 2435 1831 1374
Inundações 42 31 24 22 23 44 47 38 50 27 348
Inund. Quadratura 31 23 18 16 15 34 35 32 41 22 267
Inund. Sizígia 9 7 6 6 7 8 9 6 7 5 71
Inund. Estofo 2 1 0 0 1 2 1 0 3 0 10
É possível observar que o nível da maré e as pre- cipitações são fatores naturais, que influenciam no escoamento das águas do Canal na Baia de Parana- guá. Entretanto, percebeu-se que os alagamentos, são de origem antrópica tendo em vista as altera- ções que ocorreram na área de estudo, taiscomo a impermeabilização do solo, mudança na geometria do Canal, lixos e entulhos nas margens do Canal, deficiência nas bocas de lobo e alteração no ciclo hidrológico local.
No período estudado, observou-se que as vias de acesso, na área de abrangência da unidade hidro- gráfica Canal do Anhaia, são pavimentadas com as- falto e concreto. As calçadas em pisos e lajotas, que dificultam o escoamento natural das águas em dias de chuvas fortes ou moderadas, contribuindo para as constantes inundações.
No entanto, quanto ao uso e ocupação do solo, o
Zoneamento Urbano, de acordo com o Plano Dire- tor (2007), a área é considerada: ZCS – Zona de Comércio e Serviços, ZR1 – Zona Residencial 1 e ZEP – Zona Especial de Preservação. Sendo assim, no período estudado, identificamos 1825 lotes ocu- pados para fins residenciais, 140 lotes ocupados para fins comerciais, 06 lotes ocupados para fins in- dustriais e 24 lotes vagos. Também identificamos 662 bocas de lobos que são utilizadas para o escoa- mento das águas em períodos de chuvas. Porém , observou-se que devido à grande quantidade de li- xos e resíduos nas vias de acesso, em períodos de chuvas fortes e moderadas, as águas naturais das chuvas transportam restos de cereais para as bocas de lobo e posteriormente para o canal, contribuindo para as inundações.
O município de Paranaguá possui uma popula- ção de aproximadamente 140.456 (IBGE, 2010) e a
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área de estudo possui 1,88 km² e uma população de aproximadamente 10.800 habitantes, que repre- senta 7,68% da população do município. E não pos- sui espaço para lazer, ruas e avenidas pouco arbori- zadas. Portanto conclui-se que as inundações que ocorrem na região podem ser evitadas com medidas preventivas de manutenção e limpeza na rede de
drenagem, limpeza nas vias de acesso, desenvolv i- mento de projetos de educação ambiental junto à comunidade , para que ocorra uma mudança no comportamento e atitudes dos moradores no en- torno do Canal do Anhaia. A figura 3 mostra as inundações, bem como lixos e entulhos nas ruas.



Figura 3 - Alagamento Rua Francisco Machado Figura 4 - Cereais na Avenida Airton Sena
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Nas vias de acesso ao porto D. Pedro II, na Ave- nida Bento Rocha, Avenida Airton Sena e Avenida Col. Santa Rita foram identificados em média de 211 g.m-2 de cereais por metro quadrados. Estes re- síduos, restos de cereais, são derramados por cami- nhões que circulam vazios, ou seja, fez-se a des- carga nos terminais portuários e restos de cereais ficam em locais de difícil acesso para limpeza. As- sim ao circularem em direção aos armazéns para carregar fertilizantes ou outros produtos, acabam derramando nas vias citadas acima. Observou- se ainda que no período entre março e setembro, safra de grãos, o volume é maior, no entanto no período da entre safra o volume é menor na média de 246g/m². Sendo assim, acredita-se que este pro- blema possa ser solucionado melhorando a limpeza dos caminhões nos terminais de descarga.
De acordo com a Lei Complementar nº 095/2008; Código Ambiental do Município – Art. 260, 270, 271 e 272; Lei Estadual nº 12.493/99 – Art. 18 e a Lei Federal nº 938/81 – Art. 14, as em- presas que utilizam os terminais portuários no mu- nicípio de Paranaguá, são obrigados a implantar sis- tema de despoeiramento para aplicação nos veícu- los que utilizarem suas instalações nas operações de carga e descarga; bem como elaborar planos e exe- cutar ações de limpeza, capinação e roçada inter- mitentes em suas instalações operacionais, inclu- indo-se as partes externas tais como estacionamen- tos, passeios e canteiros externos (Figura 4).
CONCLUS ÃO
No Brasil, não há nenhum tipo de programa sis- temático que faça o controle de inundações e en- chentes que envolva aspectos em diferentes escalas. É possível analisar algumas ações tomadas de forma isolada por parte de algumas cidades que já sofreram enormes prejuízos sociais, ambientais e naturais.
A maior parte dos problemas na cidade de Para- naguá, oriunda dos alagamentos, são causados pe- los fatores antrópicos e naturais conforme a ima- gem 3. Os canais da área de estudo encontram- se
assoreado e impermeabilizados, devido às pavi- mentações e poucas áreas permeáveis. Isso decorre da falta de planejamento e de implementação de po-
líticas adequadas.
O município encontra-se em fase de desenvolvi- mento econômico, aliado ao ciclo da diversificação .
Assim, o setor portuário foi se modernizando, am- pliando sua área de influência no sentido Porto/Ro-
dovia Airton Sena/BR 277 - Avenida Bento Rocha para atender o fluxo de empresas que se instalaram
no local. Fato este, que também colaborou para in-
vasão em áreas de preservação, no caso, os man- guezais, onde hoje se encontram moradores ribeiri- nhos. Isso acaba afetando o canal, pois, lançam es- gotos e geram poluição nessa área, e as empresas instaladas próximas, também são consideradas agentes poluidores.
Verificou-se que as inundações são ocasionadas pela grande quantidade de lixo encontrado nas vias públicas, o que provoca entupimento nas galerias . Há poucas áreas permeáveis para facilitar a infil- tração de água da chuva e por muitas vezes carre- ando o lixo para a baía de Paranaguá, contribuindo com os aportes de lixo no mar e oceanos.
Com o objetivo de reduzir o problema na área de estudo, é de suma importância criar programas de gestão ambiental que sensibilize a comunidade . Aumentar os espaços de áreas verdes e permeáv eis, mutirões para limpeza das ruas, retirando entulhos e lixos, e a participação da comunidade na fiscali- zação, a fim de impedir que sejam depositados lixos nas ruas de forma desordenada, colaborando para evitar o agravamento do problema de alagamentos nos bairros .
As inundações que frequentemente ocorrem no meio urbano é outro critério que compromete a sua qualidade. Uma possibilidade para reduzir a inten- sidade e o número de pontos de alagamento seria a adoção de medidas que contivessem a água da chuva temporária ou permanentemente nas residên- cias, nos estacionamentos ou nas praças entre tan- tos outros possíveis locais para utilização da água da chuva. Dentre tantas outras formas, isto poderia ser feito através do uso de medidas de contenção desta água em cisternas, lagoas temporárias ou per- manentes e pelo aumento da área de solo não im- permeabilizado no lote. Sendo esta medida particu- larmente interessante para a área urbana de Parana- guá, porque praticamente toda ela está assentada sobre um solo arenoso proveniente de deposições de sedimentos marinhos.
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