Journal of Biotechnology and Biodiversity | v.8 | n.2 | 2020


Journal of Biotechnology and Biodiversity

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Manejo químico de Rhynchospora cephalotes no Baixo Tocantins- PA

Mateus Gaia de Souzaa , Mariana Casari Parreiraa , Jefferson dos Santos Martinsa ,




Evaldo Morais da Silvaa*, Rafael Coelho Ribeiro a


a Universidade Federal do Pará, Brasil

* Autor correspondente (evaldomorais@ufpa.br )

I N F O A B S T R A C T

Keyworks

weed control association of herbicides

control

Chemical management of Rhynchospora cephalotes in Baixo Tocantins-PA .

Aggressive weeds, such as Rhynchospora cephalotes, are the main weeds in areas with perennial crops and degraded pastures in the Amazonian environment. Studies show that the association of phenoxyacetic acids with other classes of herbicides may be a viable alternative in the management of difficult to control plants. The objective of this study was to evaluate the post-emergence efficacy of 2,4-D herbicide, alone or in combination, in the control of Rhynchospora cephalotes. The experimental design was randomized

blocks with 4 replications. Isolated doses of 2,4-D (502,5, 1,005 and 2,010 g e.a. ha-1) were applied as treatments and these were associated with picloran (960 g e.a. ha-1), triclopyr (960 g e.a. ha-1) and glypho- sate (1,110 g e.a. ha-1), one more control without application. The best results at the end of the evaluations, 42 days after application, were obtained by the three treatments of the mixture between 2,4-Dand glypho- sate, which presented control averages of R. cephalotes, around 98%. The association between the herbi- cides 2,4-D and glyphosate, at any dose used in this experiment, proved to be effective in controlling R. cephalotes, when applied in post-emergence .

R E S U M O

Palavras-chave s

planta daninha associação de herbicidas

controle

Plantas daninhas agressivas, como a espécie Rhynchospora cephalotes, são as principais infestantes de áreas com cultivos perenes e pastagens degradadas no meio amazônico. Estudos demonstram que a asso- ciação de ácidos fenoxiacéticos com outras classes de herbicidas podem ser uma alternativa viável no manejo de plantas de difícil controle. Objetivou-se com este trabalho avaliar a eficácia, em pós emergência do herbicida 2,4-D, isolado ou em associação, no controle de Rhynchospora cephalotes. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso, com 4 repetições. Foram aplicados como tratamentos,

doses de 2,4-D isoladas (502,5, 1.005 e 2.010 g e.a. ha-1) e estas associadas com picloran (960 g e.a. ha - 1), triclopyr (960 g e.a. ha-1) e glyphosate (1.110 g e.a. ha-1), mais uma testemunha sem aplicação. Os melhores resultados no final das avaliações, 42 dias após a aplicação, foram obtidos pelos três tratamentos da associação 2,4-D e glyphosate, que apresentaram médias de controle de R. cephalotes, em torno de 98%. A associação entre os herbicidas 2,4-D e glyphosate, em qualquer dose utilizada nesse experimento, se mostrou eficaz no controle da espécie R. cephalotes, quando aplicada em pós emergência .

Received 28 February 2020; Received in revised from 09 June 2020; Accepted 21 June 2020

© 2020 Journal of Biotechnology and Biodiversity ISSN: 2179- 4804

DOI: https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v8n2.souza

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INTRODUÇÃO

A espécie Rhynchospora cephalotes (L.) perten- cente à família Cyperaceae, popularmente chamada de capim-assapê ou rabo-de-fogete, distribui- se desde de o México à região da América do Sul, po- dendo comumente ser encontrada em grande parte das regiões brasileiras, especialmente no norte e nordeste do país (Schneider et al., 2017).

Por ser uma espécie extremamente agressiva, ela figura como uma das plantas daninhas mais impor- tantes do meio amazônico, sobretudo no Baixo To- cantins (nordeste paraense), infestando principal- mente áreas de cultivos perenes e pastagens degra- dadas. Seu manejo difícil, pois se reproduz através de rizomas que formam grandes touceiras, inviabi- lizando a prática da roçagem em detrimento do seu adensamento (Falcão-da-Silva et al., 2016). A cres- cente eficácia do controle químico de plantas dani- nhas em função do avanço biotecnológico na agri- cultura é cada vez mais acentuada, em comparação a outros métodos de controle utilizados na região amazônica, entretanto, a sustentabilidade dos siste- mas deve ser prevalecida (Powles e Yu, 2010). Diversos estudos apontam que a utilização de ácidos fenoxiacéticos associados a outras classes de herbicidas vem despontando como uma promissora alternativa no manejo de plantas daninhas de difícil controle (Takano et al., 2015). Além da combina- ção de herbicidas com diferentes mecanismos d e

ação, que contribui para que não ocorra a resistên- cia de plantas daninhas a herbicidas (Bressanin et al., 2015).

Nesse contexto, objetivou-se com este trabalho avaliar a eficácia, em pós emergência do herbicida 2,4-D, isolado ou em associação, no controle de Rhynchospora cephalotes .

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado em condições de campo na Fazenda Monte Sião localizada no muni- cípio de Oeiras do Pará-PA, região do Baixo To-

cantins (latitude 02º19’24,2’’S e longitude 49º45’51,1’’W), entre os meses de abril a junho de 2019. Onde a população de R. cephalotes utilizada no ensaio, encontrava-se em pleno período fisioló- gico vegetativo.

Foram coletadas amostras de solo da área de ins- talação do experimento antes da infestação de R. cephalotes para a determinação das características químicas e físicas do local, descritas na Tabela 1. Foi utilizado o delineamento experimental de blocos ao acaso com quatro repetições, e as parce- las com dimensões de 3 x 2 m (6 m2), sendo 12 tra- tamentos herbicidas nas diferentes doses e associa- ções, mais uma testemunha sem aplicação, descri- tos na Tabela 2.

Tabela 1 - Propriedades químicas e físicas do solo na camada 0 – 20 cm, anterior a infestação de R. cephalotes . Oeiras do Pará-PA. 2019.

pH M.O. P K Ca Mg SB CTC V Granulometria (%)

CaC 12

%

mg dm 3

cmol dm 3

%

Areia Silte Argila

Classe/ Textura

4,2

1,0

9,0

0,03 0,9 0,2 1,13 4,53 24,94 60,2 28,0

11,8

Argilo - Arenoso

Fonte: Unithal (2019 )

Tabela 2 - Lista de tratamentos utilizados aplicados em pós emergência para o controle de R. cephalotes. Oeiras do Pará (PA) 2019.

Tratamentos

Dose

g e.a.1 ha- 1

Dose

L p.c.2 ha- 1

Nome comercial

01. Testemunha – – –

02. 2,4-D + Picloran 502,5 + 960 0,75 + 4,0

03. 2,4-D + Picloran 1.005 + 960 1,5 + 4,0 DMA 806 BR + Padron

04. 2,4-D + Picloran 2.010 + 960 3,0 + 4,0

05. 2,4-D + Triclopyr 502,5 + 960 0,75 + 2,0 DMA 806 BR +

06. 2,4-D + Triclopyr 1.005 + 960 1,5 + 2,0 Garlon 480 BR

07. 2,4-D + Triclopyr 2.010 + 960 3,0 + 2,0

08. 2,4-D + Glyphosate 09. 2,4-D + Glyphosate 10. 2,4-D + Glyphosate

502,5 + 1.110 1.005 + 1.110 2.010 + 1.110

0,75 + 3,0 1,5 + 3,0 3,0 + 3,0

DMA 806 BR + Roundup Origi- nal DI

11. 2,4-D 502,5 0,75

12. 2,4-D 1.005 1,5 DMA 806 BR

13. 2,4-D 2.010 3,0

1gramas de equivalente ácido por hectare; 2litros do produto comercial por hectare.

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Para a aplicação dos tratamentos foi utilizado um pulverizador costal, com pressão constante (man- tida por CO2 comprimido) de 28 lbf/pol2, munido de barra com quatro bicos de jato plano (“leque”)

110.02, espaçados de 0,5 m, com consumo de calda equivalente a 200 L ha-1. As condições edáficas e

climáticas no momento da aplicação foram: solo úmido, 21,8ºC de temperatura do ar; 16,6ºC de tem- peratura do solo; 67% de umidade relativa do ar. As condições climáticas durante o experimento estão

do experimento. Oeiras do Pará-PA. 2019.

Aos 7, 14, 21, 28, 35 e 42 dias após a aplicação (DAA) dos herbicidas, foram realizadas avaliações visuais de controle segundo a escala de notas da EWRC (1964) atribuindo-se notas em porcenta- gem. Os efeitos das doses de 2,4-De dos outros her- bicidas utilizados quando significativos (p<0,01 e p<0,05), foram comparados pelo teste de Scott & Knott (a 5% de probabilidade) e o programa esta- tístico utilizado o Agroestat.

apresentadas na Figura 1.

700

600

500

400

300

200

100

35

30

25

20

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Atabela 3 apresenta o comportamento do capim - assapê no decorrer do período experimental quando submetido aos tratamentos. Aos 7 Dias Após a Aplicação (DAA) a porcentagem de controle na maioria das tratamentos utilizados foi baixa, vari- ando de 7,25% a 34,5%, com os tratamentos 2,4- D na dose de 502,5 g e.a. ha-1,e 2,4-Dna dose de 2.010 g e.a. ha-1,respectivamente (Tabela 3) devido a ação lenta dos herbicidas sistêmicos. Entretanto, ao as-

0

abr/19 Chuva Temp. Mín.

mai/19

jun/19 Temp. Máx. Temp. Méd.

15

sociar o herbicida glyphosate, o controle foi maior, superando 58% atingindo até 75% controle, na maior dose associada, porém deve-se ressaltar que essa porcentagem de controle não é satisfatória de acordo com o Ministério de Agricultura e Pecuária

Figura 1 - Precipitação em milímetros e temperatu- ras (média, máxima e mínima) durante a realização

(Mapa, 2019), no qual considera aceitável acima de 80% de controle.

Tabela 3 - Porcentagem de controle das plantas de R. cephalotes aos 7, 14, 21, 28, 35 e 42 dias após a a plicação (DAA), quando submetidas aos tratamentos testados, Oeiras do Pará (PA) 2019.

Tratamentos

Dose

g e.a.1 ha- 1

Avaliação de controle (%)

7 DAA2 14 DAA2 21 DAA2 28 DAA2 35 DAA2 42 DAA 2

01. Testemunha – 0,00 h 0,00 i 0,00 f 0,00 f 0,00 g 0,00 f

02. 2,4-D + Picloran 502,5 + 960 9,00 f 13,57 f 24,25 c 35,12 d 54,37 c 74,55 b

03. 2,4-D + Picloran 1.005 + 960 17,47 e 15,65 f 23,87 c 50,02 b 53,85 c 61,40 c

04. 2,4-D + Picloran 2.010 + 960 18,9 f 32,50 d 23,70 c 43,72 c 61,27 b 62,95 c

05. 2,4-D +Triclopyr 502,5 + 960 11,07 f 6,92 h 20,65 c 36,40 d 34,15 e 41,87 d

06. 2,4-D +Triclopyr 1.005 + 960 4,12 g 7,10 h 23,25 c 40,67 c 36,32 e 39,62 d

07. 2,4-D +Triclopyr 2.010 + 960 8,75 f 10, 45 g 17,75 d 34,97 d 43,75 d 43,02 d

08. 2,4-D + Glypho. 502,5 + 1.110 59,16 c 76,27 c 92,37 c 97,97 a 98,37 a 98,55 a

09. 2,4-D+ Glypho. 1.005 + 1.110 68,40 b 81,22 b 87,02 b 95,00 a 97,47 a 98,27 a

10. 2,4-D + Glypho. 2.010 + 1.110 75,98 a 92,87 a 94,37 a 97,47 a 97,65 a 98,15 a

11. 2,4-D 502,5 7,25 f 10, 87 g 7,47 e 26,75 e 285 f 32,12 e

12. 2,4-D 1.005 9,52 f 8,15 h 15,57 d 24,87 e 30,37 f 34,62 e

13. 2,4-D 2.010 34,57 d 24,20 e 24,15 c 28,25 e 35,95 e 42,50 d

F Tratamento 594,37** 711,25** 530,75** 524,04** 1227,88** 915,47**

DMS3 8,52 8,2 8,17 5,72 3,34 3,53

CV (%)4 0,00 h 0,00 i 0,00 f 0,00 f 0,00 g 0,00 f

1gramas de equivalente ácido por hectare; 2Dias após a aplicação; 3Diferença mínima significativa; 4Coeficiente de variação; *Signifi- cativo ao nível de 5% de probabilidade. Médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem pelo teste de Scot t& Knott a 5% de significância.

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Aos 14 DAA nota-se, na Tabela 3, que as maio- res doses do 2,4-D, 1.005 e 2.010 g e.a. ha-1, asso- ciadas com glyphosate a 1.110 g e.a. ha-1 foram efi- cazes no controle de R. cephalotes, com médias em torno de 81,22 e 92,87%, respectivamente. Resul- tados semelhantes foram presenciados por Takano et al. (2015) no qual associaram os herbicidas 2,4 - D e glyphosate, sendo essas associações os melho- res tratamentos no controle de plantas daninhas consideradas de difícil manejo em áreas agrícolas. Em contrapartida, os tratamentos à base de 2,4-D +

triclopyr e 2,4-D, isolado nas maiores doses, foram observados os menores níveis de controle para o mesmo período (Tabela 3).

Nesse contexto, Dan et al. (2009) descreve que herbicidas com mecanismo de ação sistêmico, que apresentam translocação na planta, como no caso do 2,4-D e dos demais utilizados no presente en- saio, apesar de sofrerem incremento nas dosagens, a sua ação inicial lenta, proporcionando resultados percentuais de ineficiência nos primeiros estádios das avaliações de controle. Esses mesmos autores constataram ainda que somente aos 28 DAA da maior dose testada de 2,4-D (1.340 g e.a. ha-1) foi possível observar eficácia no controle percentual, em torno de 84%.

Verifica-se também, pela análise da Tabela 3, que a partir dos 21 DAA os tratamentos com o her- bicida 2,4-D em associação com glyphosate evolu- íram significativamente o nível de controle, supe- rando 94%, na maior dose utilizada, sendo conside- rado, nesta época de avaliação a associação mais eficiente no controle de R. cephalotes, sendo obser- vado este comportamento ao restante do período experimental. Ramos e Durigan (1996), relatam ha- ver sinergismo entre o 2,4-De glyphosate, apresen- tando melhores resultados para o controle de gra- míneas do que se fosse aplicado em forma isolada . Ainda nos 21 DAA, os tratamentos com as duas maiores doses isoladas de 2,4-Dproporcionaram as menores médias de controle, juntamente com o tra-


tamento entre 2,4-D (2.010 g e.a. ha-1) e triclopyr a 960 g e.a. ha-1. Novamente os pesquisadores Dan et

al. (2009) ao utilizar o herbicida 2,4-D na dose de 1.005 g e.a. ha-1 observaram que o tratamento não

foi eficiente no controle da gramínea avaliada, sendo necessário a associação com outro herb icida. A Figura 2 representa a porcentagem de controle proporcionada pelos herbicidas aplicadas de forma associada ou isolada, ao se fazer a média de con- trole das três doses utilizadas, no decorrer do perí- odo experimental. É possível observar que o per- centual de controle dos tratamentos com associação entre 2,4-D e glyphosate, desde a primeira avalia-

ção (7 DAA), apresentaram controle maior aos de- mais tratamentos, sendo observado também que a partir dos 28 DAA, o controle tornou-se estável até o final das avaliações (42 DAA), com valores acima dos 98%. Valores eficazes de controle simi- lares a esses foram encontrados por Galli (1991), no qual constatou que aos 28 DAA, a associação

pronta de 2,4-D + glyphosate (2.240 g e.a. ha-1 ), controlou 98% de plantas daninhas em área de cul- tivo comercial.

Figura 2 - Controle (%) de R. cephalotes pelas mé- dias das doses utilizadas dos tratamentos aplicados de forma associada ou isolada, no decorrer do perí- odo experimental. Oeiras do Pará-PA. 2019.

Como observado na Tabela 3 e Figura 2, apesar dos tratamentos à base da associação entre 2,4-D e picloran obterem baixos controles em todas as ava- liações realizadas, aos 28 DAA, foram os que apre- sentaram maior evolução percentual no controle da R. cephalotes, sendo superados apenas pelos trata- mentos da associação entre 2,4-D e glyphosate, no final do período experimental. No entanto, os pes- quisadores Oliveira et al. (2009) ao testar diferentes herbicidas no controle de plantas daninhas de difícil manejo, verificou que a dose mínima da associação

2,4-D + picloram (480 + 130 g e.a. ha-1), inferior a mínima aplicada no presente trabalho, proporcio- nou controle aceitável durante as avaliações visu- ais. Do mesmo modo, Caldeira et al. (2014) descre- vem que a utilização desses produtos de acordo com as respectivas doses recomendadas pelo fabri- cante, quando em associação, propiciaram controle final acima de 99% das plantas daninhas testadas. Com relação aos tratamentos com aplicações de doses isoladas de 2,4-D observou-se que, assim como os demais tratamentos, aos 28 DAA houve um acréscimo de controle, no entanto, juntamente

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com a associação de 2,4-D+ triclopyr, foram os que demonstraram os menores percentuais de controle de R. cephalotes entre todos os avaliados (Figura 2, Tabela 3).

O herbicida 2,4-D na dose de 1.340 g e.a. ha-1 , também não mostrou efeito significativo no con- trole de plantas infestantes de áreas de pastagens em trabalho desenvolvido por Krenchinski et al. (2015), contudo, o herbicida triclopyr (240 g e.a .

ha-1) em associação com outro ácido piridiniloxial- canoico apresentou médias de 100% de controle desde os 14 primeiros dias após a aplicação.

Aos 35 e 42 DAA os tratamentos obtiveram comporatamentos semelhantes, não demonstarando grandes variações de controle entre as avaliações, sendo a associação de 2,4-D e glyphosate, em qualquer dose utilizada, a que proporcionou maior porcentagem de controle, alcançando 98,35% (35 DAA) e 98,55% (42 DAA) como observado na Tabela 3. Os menores controles foram propiciado s novamente pelo herbicida 2,4-D, aplicado de forma isolada (Figura 2).

CONCLUSÕES

Aassociação entre os herbicidas 2,4-De glypho- sate, em qualquer dose utilizada nesse experimento, se mostrou eficaz no controle da espécie R. cepha- lotes, quando aplicada em pós emergência.

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