Journal of Biotechnology and Biodiversity | v.8 | n.3 | 2020

Journal of Biotechnology and Biodiversity
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Cochlospermum regium: conservação e atividade química e biológica
Antonio Carlos Pereira de Menezes Filhoa *

a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, Bras il
* Autor correspondente (astronomoamadorgoias@gmail.com )
I N F O A B S T R A C T
Keyworks
Cochlospermaceae Bixaceae
savanna Cerrado domain endangered flora
plant endemism
Cochlospermum regium: conservation and chemical and biological activity
Cochlospermum regium is an important plant species for both floristic and herbal medicine. The species has seed development and protocols for breaking dormancy and high germination rates are necessary, since it is a plant explored daily in the field, where the population and root gatherers seek the terrestrial organ (rhizome or xylopodium) for the preparation of bottles and powder for consumption, used to relieve and treat numerous infectious forms. Thus, the work aimed to raise bibliographic data from studies among them, articles, books, master's dissertations on the conservation of the species observing data on the dormancy break and germination, and on the chemical and biological activities exerted by the numerous ways in which the species. Plant organs of C. regium are used. Through the reviews it was possible to verify numerous germination protocols and several works that aimed to identify the classes of compounds and their biological activities. In this review it is possible to observe that C. regium is extensively studied allowing new drugs and food preservation through antioxidant and microbial actions to enable the use of this plant species. In addition, the protocols presented in this study have high germination rates and may help future reforestation projects and inclusion of C. regium in other environments or even in other biomes perpetuating the species.
R E S U M O
Palavras-chave s
Cochlospermaceae Bixaceae
domínio Cerrado flora em risco de
extinção endemismo vegetal
O Cochlospermum regium é uma importante espécie vegetal tanto para o meio florístico, quanto para a fitoterapia. A espécie apresenta desenvolvimento por sementes sendo necessário protocolos para quebra de dormência e altas taxas de porcentagem de germinação, visto que, é uma planta explorada diariamente no campo, onde a população e raizeiros buscam o órgão terrestre (rizoma ou xilopódio) para o preparo de garrafadas e pós para consumo, utilizado para aliviar e tratar numerosas formas infecciosas. Desta forma, o trabalho visou levantar dados bibliográficos de estudos dentre eles, artigos, livros, dissertações de mestrados sobre a conservação da espécie observando dados sobre a quebra de dormência e germinação, e sobre as atividades química e biológica exercida pelas inúmeras formas em que os órgãos vegetais de C. regium são utilizadas. Através das revisões foi possível verificar inúmeros protocolos de germinação e vários trabalhos onde visaram identificar as classes de compostos e suas atividades biológicas. Nesta revisão é possível observar que o C. regium é exaustivamente estudado possibilitando que novos fármacos e meios de conservação de alimentos através das ações antioxidantes e microbianas possibilitem o uso desta espécie vegetal. Além disso, os protocolos apresentados neste estudo, apresentam altas taxas de germinação, podendo auxiliar futuros projetos de reflorestamento e inclusão de C. regium em outros ambientes ou mesmo em outros biomas perpetuando a espécie.
Received 16 January 2020; Received in revised from 02 July 2020; Accepted 22 July 2020
© 2020 Journal of Biotechnology and Biodiversity ISSN: 2179- 4804
DOI: https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v8n3.menezes
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INTRODUÇÃO
O Cerrado devido a suas inúmeras fitofisionomias passou de bioma para domínio nos últimos anos. Considerado o segundo maior em área territorial, bem como nas composições florística e faunística, quando comparado entre os outros biomas do Brasil e do mundo. Atualmente este domínio apresenta cerca de 2 milhões de km2 , entorno de 22% de todo o território nacional, estando atrás apenas do bioma Amazônico (Bueno et al., 2018; Bambi et al., 2016). Este domínio é também chamado de transição pois a vida animal possui transito passando de um bioma ao outro, havendo constante movimentação da fauna.
Além disso, o Cerrado apresenta banco florístico único, com espécies endêmicas e de características compartilhadas entre os outros ambientes naturais, não somente no território brasileiro, mas também com áreas de florestas de Cerrado na Bolívia e Paraguai (Ribeiro; Walter, 2008). Sabe-se através dos últimos levantamentos da flora, um total de 11.000 espécies de vegetais são nativas deste ambiente, sendo que, deste, entorno de 4.400 espécies são endêmicas deste domínio (Bueno et al., 2018; Myers et al., 2000). Atualmente o Cerrado vem sofrendo perdas constantes na área de preservação ripária, caça ilegal de animais e plantas, que favoreçe a biopirataria e uso indiscriminado de espécies com efeitos fitoterápicos. Além disso, este domínio sofre constantes queimadas crimonosas feitas por fazendeiros e invasores de áreas que almeijam o aumento das unidades de produção agrícola, desmatando completamente suas áreas de proteção permanente, que previstas por lei nº. 12.651/2012 (Art. 3º e 4º) do Código Florestal (BRASIL, 2012) e Art. 225 da constituição, para efeito ambiental e agrícola onde devem compor suas unidades rurais, podendo usufruir com atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural (Bambi et al., 2016; Tundisi; Tundisi, 2008). A ganância por mais dinheiro é o grande vilão
deste importante ambiente natural, que não
somente apresenta flora e fauna únicas no mundo, mas também está intimamente envolvido na
movimentação climática dentro do Brasil (Noleto et al., 2020; Silva et al., 2007).
Importantes gêneros vegetais como o Cochlospermum (Kunth), que integraram a Família Cochlospermaceae Engler (classe: Dicotiledoneae De Candolle), hoje incluídas na Família Bixaceae (In: Bixaceae, 2016), possui ndo cerca de 11 espécies distribuídas pelas regiões tropicais das Américas e África (Duarte et al., 2014; Sólon et al., 2009). No Brasil são identificadas as espécies C. regium, C. onirocense e C. vitifolium, nativas do domínio Cerrado
(Menezes Filho e Castro, 2019; Sólon et al.,
2012). Uma das espécies endêmicas desse ambiente é o [Cochlospermum regium (Mart. ex Schrank) Pilger], conhecido popularmente por
algodão-do-campo ou algodãozinho-do-cerrado. É uma espécie terrícola, arbustiva, que apresenta ocorrência frequente em áreas de Cerrado da região Centro-Oeste do Brasil (Camillo et al., 2009).
O C. regium apresenta grande e profundo rizoma axial carnoso, numerosas folhas por seguimento do tipo simples e palmatilobadas, apresentando aroma característico quando esmagadas; são plantas lenhosas, com floração
anual apresentando flores vistosas de fácil identificação, de coloração amarela, levem ente aromáticas do tipo terminal, paniculada e hermafroditas, florescendo entre os meses de maio-agosto; os frutos são do tipo secos, capsulares deiscentes, loculicida, oblongos, também com aroma característico, e numeroras sementes reniformes, de testa lisa, crustácea, de coloração castanho-escuras, densamente tomentosas, pilosas, sedosas por fruto (Menezes Filho; Castro, 2019; Arunachalam et al., 2019; Joly, 2002; Kirisawa, 1981).
Atualmente o C. regium encontra-se na lista de plantas com princípios ativos utilizados na fitomedicina com importantes atividades biológicas e farmacêuticas como antiinflamatório (Lima et al., 1995), antiuceroso (Lewis; Hanson, 1991), nos tratamentos de dermatites (Ritto; Kato, 1998), abcessos (Salles et al., 1997), artrite reumatóide (Ritto, 1996), dentre outras, estando incluida na lista de espécies vegetais ameaçadas de extinção, devido o extrativismo ilegal e a destruição dos habitats naturais. Este estudo visa levantar os dados de pesquisas relacionadas a sua conservação e sobre suas atividades químicas e biológicas que o C. regium apresenta, através do levantamento de informações em artigos, livros e dissertações.
MATERIAL E MÉTODOS
O método de elaboração da pesquisa empregado, foi com base em artigos, dissertações e livros que apresentam como destaque a espécie Cochlospermum regium da Família Bixaceae , espécie nativa do domínio Cerrado. As especificações foram por meio de seleções utilizando palavras-chave Cochlospermum regium , algodão-do-cerrado, Cochlospermum, Bixaceae , Algodãozinho-do- cerrado.
Na Tabela 1, estão apresentadas as Revistas/Journals/Revistas onde a pesquisa gerou
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resustados para a revisão de literatura sobre
Cochlospermum regium .
Tabela 1 - Resultados das pesquisas sobre as palavras-chave na revisão de literatura científica para Cochlospermum regium .
Revista/Journal/Revista*
Editora/Publishing/Compañía de publicidad**
Acta Scientiarum OJS/PKP
Advances in Phytomedicine Elsevier
Revista Arquivos Científicos OJS/PKP
Biomedicine e Pharmacotherapy Elsevier
BMC Proceedings Springer
Brazilian Journal of Biology SciELO
Ciência Rural SciELO
Contraception Elsevier
Ecosystems Springer
Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine Hindawi
European Journal of Medicinal Plants Publons
Fitoterapia Elsevier
FLOVET – Boletim do Grupo de Pesquisa da Flora, Vegetação e Etnobotânica OJS/PKP
Forest Ecology and Management Elsevier
Genetics and Molecular Biology SciELO
Globo Science and Technology OJS/PKP
Heringeriana OJS/PKP
Iheringia SciELO
International Journal of Antimicrobial Agents Elsevier
Industrial Crops and Products Elsevier
Journal of Pharmacy and Pharmacology Wiley Oline Library
Journal of Functional Foods Elsevier
Journal of Medicinal Plants Research AJ
Journal of Ethnopharmacology Elsevier
Lecta BVS
Lead Molecules from Natural Products Elsevier
Mutation Research/Genetic Toxicology Elsevier
Mutation Research/Fundamental and Molecular Mechanisms of Mutagenesis Elsevier
Nature Nature
Natural Product Communication SAGE Journals
Natural Product Research Taylor e Francis Online
Plant and Soi Springer
Progress in Medicinal Chemistry Elsevier
Plant Physiology Elsevier
Phytoterapy Research Wiley Online Library
Química Nova SciELO
Revista Eletrônica da Faculdade de Ceres OJS/PKP
Revista Brasileira de Farmacognosia Springer
Revista Brasileira de Botânica SciELO
Revista Brasileira de Plantas Medicinais SciELO
Revista Eletrônica de Farmácia OJS/PKP
Revista de Biologia Neotropical OJS/PKP
Revista Brasileira de Biosciências OJS/PKP
Semina: Ciências Agrárias OJS/PKP
South African Journal of Botany Elsevier
The Plant Cell ASBP
Trends in Parasitology Elsevier
Visão Acadêmica OJS/PKP
*Revista (pt), Journal (in), Revista (es). **Editora (pt), Publishing (in), Compañía de publicidad (es). Português (pt), Inglês (in) e Español (es).
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Meios de conservação
Primeiramente é preciso iniciar o estudo da conservação de C. regium discutindo sobre a sua importância, onde pode ser observado inúmeros trabalhos onde vários pesquisadores avaliam suas atividades químicas (classes fitoquímicas) e biológicas (tratamento de doenças, ag entes antioxidantes, dentre outras) como possíveis novos isumos farmacêuticos, bem como também utilizado na medicina popular (Menezes Filho et al., 2020; Carvalho et al., 2018; Batista et al., 2014). Visto que, a maioria da população de baixa renda econômica, bem como, sem acesso a drogas comerciais, procuram as plantas para resolver seus males (De Oliveira et al., 2018). Com isso, o extrativismo descontrolado e inconsciente está colocando em risco as áreas onde há pequenas populações de indivíduos de C. regium em ambiente natural. Tornando-se necessário que hajam projetos de conservação e de reprodução através da superação de dormência das sementes, para que haja uma potencialização no processo de germinação possibilitando o desenvolvimento de protocolos de germinação para a sobrevivência desta espécie (Albuquerque et al, 2006; Sales, 2001). Embora, Coelho et al. (2008) tenham verificado que o processo de produção de mudas é simples para C. regium, é necessário estudos para que as taxas de germinação sejam superiores a 50%, para que haja garantias de um número maior de plântulas.
Dessa forma, nos estudos de Inácio et al. (2015), onde avaliaram sementes de diferentes tamanhos pequenas, médias e grandes de C. regium armazenadas por um período de 13 meses, onde observaram baixa taxa de germinação entre 31,67; 21,67 e 36,67%, respectivamente. Os pesquisadores avaliam também que, o tamanho da semente não influencia diretamente e indiretamente nas taxas de germinação, e que as plântulas in vivo devem ser mantidas em substrato enriquecido com areia e as sementes devem ser estimuladas para germinação logo após a colheita. No estudo, é possível dizer que, as sementes de C. regium não apresentam longevidade de germinação quando mantidas em temperatura controlada entorno de 26 °C por um período relativamente longo. De acordo com Adedi et al.
(2014), Kaeser e Kirkman (2012) e Stella et al. (2006), a baixa longevidade é um fator comum em espécies nativas não domesticadas, e a capacidade de manutenção do embrião na fase germi nativa varia entre as famílias de vegetais, bem como, o protocolo de armazenamento e a qualidade das sementes.
Batista et al. (2014), avaliaram a quebra de dormência das sementes de C. regium com dimetilsulfóxido (DMSO), onde obtiveram taxa de germinação de 80,0%, para escarificação mecânica com 83,75%, para escarificação ácida (ácido sulfúrico dil.) com 75,0% e em solução de hipoclorito de sódio com 3,75%. Os pesquisadores avaliaram dois tratamentos, um com água e outro com dimetilsulfóxido a 65 °C, onde obtiveram porcentagem de germinação de 4,08 e 87,5%, respectivamente.
Staller et al. (2004), complementam que, existem os fatores subjacentes que estão ligados a longevidade no processo germinativo de sementes, como a presença e seus teores de vitamina E, e dos hormônios giberélicos (GA1 e GA4). A vitamina E está ligada na limitação da oxidação lipídica não enzimática durante o processo de armazenamento, e também na taxa de germinação e desenvolvimento de plântulas precoces; já as giberelinas vem sendo estudadas como prováveis promissoras no reforço tegumentar das sementes (Bueso et al., 2014).
Nos estudos de Coelho et al. (2008), os pesquisadores avaliaram diferentes condições de luz, temperatura e soluções contendo ácido sulfúrico na germinação de sementes de C. regium. Os pesquisadores encontraram o período de 15 dias onde os tratamentos apresentaram o máximo de germinação, exceto para o tratamento claro que apresentou maior taxa de germinação no 16º dia. Os pesquisadores ainda observaram que 24 horas não foram suficientes para completa absorção de água pelas sementes de C. regium no tratamento claro (presença de luz) que é fator de grande importância em maior porcentagem de germinação. Entretanto, Hartmann et al. (1997), discutem sobre o papel da luz na influência de germinação em ambiente controlado e na natureza, sendo distintos, bem como, apresentando taxas de germinação distitnas, em especial em ambiente controlado. No entanto, ainda carece de mais estudos, pois não está bem esclarecido, onde estas variáveis podem apresentar diferentes resultados
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na germinação e no desenvolvimento de plântulas. No trabalho de Viu et al. (2007), os pesquisadores avaliaram as sementes de C. regium para quebra de dormência, onde observaram que as sementes em estudo absorveram cerca de 2,38 vezes o seu peso seco em água destilada, como tratamento pré-germinativo. Um dos quatro tratamentos testados, o (T4) apresentou melhores resultados, tanto na quebra de dormência quanto no desenvolvimento em altura de plântulas de C. regium em substrato a base de vermiculita, uma espécie de mineral argiloso micáceo. Entretanto, este tratamento, não foi significativo para números de folhas, sendo que dois tratamendos diferentes do anterior nos grupos (T2 e T3), mesmo que não apresentassem diferença estatistica significante apresentou maior promoção em número médio de folhas por indivíduo. Já Sales et al. (2002), apresentam como possível protocolo de quebra de dormência, o uso de solução diluída de ácido sulfúrico, como já é bem conhecido por outros pesquisadores. De acordo com Coelho et al. (2008), a espécie C. regium apresenta sementes fotoblásticas neutras e é classificada na sucessão ecológica como pioneira. Inácio et al. (2010), demonstraram que plantas de C. regium se adaptam muito bem em ambos os solos pobre e rico em nutrientes, sendo um dos fatores de distribuição e dispersão em várias fitofisionomias de Cerrado, entretanto, é necessário avaliar também o conteúdo de água destes solos.
Inácio et al. (2011), avaliaram a conservação e micropropagação de C. regium em diferentes reguladores de plantas (BAP, Kineti e Zeatin), em diferentes concentrações de sacarose, com adição de ácido indolbutírico (IBA), e meio de cultivo MS complementado com sucrose, sorbitol, pantotenato de cálcio e manitol. Os pesquisadores observaram que mesmo em meio pobre de MS suplementado com apenas 2% de sucrose, 4% de manitol e pantotenato de cálcio as sementes germinavam sem necessidade de complementos nutricionais extras. Dentro destas condições cerca de 47,62% dos explantes sobreviveram, sugerindo que as sementes de C. regium não necessitam de complexos procedimentos de reprodução.
Na natureza a conservação in natura se dá também pela polinização exclusivamente por abelhas dos gêneros Xylocopa, Bombus, Centris e Apis conforme descrito no estudo de Noronha e Gottsberger (1980). O uso de insetos polinizadores proporciona troca de material genético entre os indivíduos de uma ou várias populações de C. regium, dentre outras espécies. O uso de filtros
coloridos vem apresentando importantes resultados quanto a germinação, como desenvolvido por Sales (2001), onde estudou a germinação das sementes de C. regium escarificadas em solução de ácido sulfúrico por 120 min. seguido de embebição em água destilada por 24 h. As sementes foram mantidas sob luz vermelha onde apresentou em estudo, maior taxa de germinação quando comparado ao controle. Segundo Neto (2016), a manuteção da diversidade genética, deve ser levada em consideração, devido a variabilidade das espécies que assumem importância fundamental para a conservação da biodiversidade. O autor complementa que, uma espécie não sobrevive sozinha, onde a interdependência entre as condições ambientais e as relações ecológicas estão intimamente ligadas na manutenção das condições para a perpetuação da espécie e maior diversidade biológica e de sua conservação in ou ex situ ocorra.
Os estudos fisiológicos da dormência e da germinação em C. regium apresentam importantes dados na literatura, podendo ser utilizados na viabilização de um número maior de sementes germinadas, utilizadas em projetos de reflorestamento de áreas degradadas, em áreas naturais de preservação permanente e ou mesmo na domesticação do vegetal, já que apresentam também importantes dados farmacobotânicos.
Química e classes de compostos
farmacologicamente ativos
Nos estudos mais atuais de Menezes Filho e Castro (2019), e Menezes Filho et al. (2020), os pesquisadores avaliaram os extratos etanólicos do rizoma, galho e folhas, e hidroetanólico floral de C. regium onde observaram a presença das seguintes classes de compostos fitoquímicos por testes qualitativos glicosídeos cardíacos; alcaloides; ácidos orgânicos, exceto no extrato etanólico dos galhos; açúcares redutores e cumarinas estando presentes apenas no ext rato etanólico da raiz; saponinas hemolíticas, fenóis, taninos da classe dos catéquicos, flavonoides e catequinas, exceto no extrato etanólico do galho; depsídeos e depsidonas, derivados de benzoquinonas e antraquinonas apenas no extr ato etanólico das folhas; esteróides e triterpenóides , exceto no extrato etanólico das folhas; e sesquiterpenolactonas, exceto no extrato etanólico da raiz; e para o extrato floral glicosídeos cardíacos e cianogênicos, ácidos orgânicos,
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saponinas hemolíticas, fenóis, taninos, acarretando a ruptura e inibindo a síntese de
flavonoides, catequinas, flavononóis, flavanonas, flavanonóis e xantonas. Importantes classes farmacologimanete ativas são observadas em todos os principais órgãos de C. regium, tornando este, um importante vegetal altamente valorizado para a pesquisa e produção de biofármacos. Arunachalam et al. (2019), identificaram a
presença de rutina com média de 16,31 µg mg-1 ,
miricetina 13,44 µg mg-1 e morin com 0,62 µg mg - 1 no extrato etanólico do xilopódio (raiz) de C.
regium. Nos estudos de Pedroso et al. (2019), os pesquisadores obtiveram importantes resultados de compostos químicos no extrato hidrometanólico das raizes de C. regium. Teores expressivos de compostos fenólicos totais iguais a 1443,04 mg EAG g-1, e de flavonoides de 708,75 mg QE g-1 , ácidos fenólicos determinados em ácido gálico de 114,26 mg g-1, ácido caféico de 40,1 mg g-1 e de ácido elágico igual a 27,9 mg g-1 determinados por cromatografia líquida de alta eficiência, além de compostos químicos com efetiva aç ão antioxidante determinada em β- caroteno/ácido linoleico com inibição da oxidação com CI50 de 85,50 µg mL-1, e para os radicais livres DPPH,
ABTS+ e (malondialdeído) MDA com CI50 de 14,68; 138,71 e 68,88 µg mL-1, respectivamente. Carvalho et al. (2018), avaliaram o extrato etanólico da raiz de C. regium por cromatografia líquida de alta eficiência onde observaram a presença de ácido gálico e DHK-glicosídeo em concentrações iguais a 22,61% e 3,07%, respectivamente. Além destes compostos, os pesquisadores quantificaram os teores de fenólicos totais e de taninos com concentrações iguais a
725,5 µg mg-1 (72,5%) e 214,9 µg mg-1 (21,5%), respectivamente.
Cunha-Laura et al. (2013), corroboram com os estudos de Vasconcelos Filho et al. (2017), onde analizaram o extrato hidroetanólico do xilopódio de C. regium. Os autores encontraram a presença das classes químicas de ácidos orgânicos, esteróides, triterpenos, flavonoides, compostos fenólicos e taninos condensados, e a ausência de alcaloides. Pode-se observar que as classes químicas a partir do metabolismo secundário em C. regium variam, podendo ou não estar presentes nos mais diversos tipos de extratos (Firmo et al., 2014; Viecelli; Cruz-Silva, 2009; Gobbo- Neto; Lopes, 2007).
Compostos fenólicos e flavonoides como os encontrados nos extratos de C. regium tem sido relatados como eficiêntes agentes antimicrobianos, agindo diretamente na membrana cel ular
ácidos nucléicos e do metabolismo energético de inúmeros patógenos (Dzoyem et al., 2013; Cushine e Lamb, 2005).
De acordo com Goulas et al. (2014), várias classes de compostos fitoquímicos como os terpenos e taninos apresentam importantes ações bactericidas e fungicidas (Popova et al., 2009; Ho et al., 2001), sendo estas referências de classes químicas do metabolismo secundário observadas também nas folhas de C. regium .
Estudo desenvolvido por Lima et al. ( 1995), encontraram o composto dihidrocaempferol-3-O - β-glucopiranosídeo pertencente a família das flavononas avaliando o extrato da fração em acetato de etila, este composto apresenta ação analgésica. Ritto et al. (1996) encontraram através de análises fitoquímicas, o isolado acetofenona-1 - hidroxitetradecanona-3, um éster de ácido p - hidroxicinâmico, alguns flavonoides e naringenina nas raízes de C. regium .
Vários compostos foram identificados no estudo dirigido por Sólon et al. (2012), onde os pesquisadores encontraram sete derivados fenólicos, os ácidos elágico e gálico, dihidrocaempferol-3-O-β- glucopiranosídeo, dihidrocaempferol-3-O-β-(6’’-galoil) - glucopiranosídeo, pinoresinol e excelsina, e dois triacilbenzenos, a Coclospermina A e B.
Os óleos essenciais outra classe encontrada em C. regium, apresentam importantes estudos, como os desenvolvidos por Inácio et al. (2014), onde os pesquisadores obtiveram 32 compostos no óleo essencial das folhas de C. regium sendo o β - copaen-4-α-ol, viridiflorol, biciclogermacreno e longiborneol os compostos majoritários com porcentagens com áreas iguais a 18,73; 12,67; 8,26 e 7,13%, respectivamente, sendo composto por 96,87% de sesquiterpenos. Honda et al. (1997), também encontraram óleo essencial na raiz de C. regium sendo o único composto majoritário o β-selineno com teor de 34,1% em relação ao pico no cromatograma de íons totais por CG-EM. Outras espécies do gênero Cochlospermum como em C. angolense também apresentaram conteúdo de sesquiterpenos igual a 68,8%, sendo os compostos majoritários germacreno D, α-cadinol e 10-Epi-cubenol com áreas de 9,4; 7,4 e 6,2%, respectivamente (Leonardi et al., 2012). Almeida et al. (2005) avaliaram o óleo essencial das folhas de C. vitifolium espécie endêmica do domínio Cerrado, onde encontraram os seguintes compostos majoritários β-cariofileno, α-humuleno e β- pineno
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com área relativa de 46,5; 26,0 e 10,6% , respectivamente. Vasconcelos Filho et al. (2014) e Inácio (2010), discutem sobre o uso do óleo essencial de C. regium como de alto potencial para uso na perfumaria, aromaterapia e aplicações na indústria farmacêutica.
Inácio et al. (2014) avaliaram os extratos das folhas jovens e adultas de C. regium quanto a presença de lipídeos, fenóis totais, alcaloides , compostos nitrogenados e taninos, onde todos foram positivos para ambas as amostras de extratos foliares. Sólon et al. (2009), reportam o uso do extrato das raizes de C. regium como fonte de taninos, mucilagem, terpenos e compostos fenólicos totais. De acordo com Appezzato-da - Gloria e Carmello-Guerreiro (2006), os idioblastos são responsáveis pela secreção de inúmeros compostos lipofílicos, mucilagens, proteínas, aminoácidos e óleo essencial em C. regium .
São inúmeros os compostos químicos observados principalmente nos estudos reportados para as raizes (xilopódio) e no órgão foliar, entretanto, ainda é desconhecido os compostos químicos nas flores, frutos e sementes de C. regium, carecendo ainda de pesquisa para que se possam conhecer as classes químicas dos metabólitos primários e secundários desta espécie.
Atividades biológicas
As várias classes químicas do metabolismo secundário apresentam importantes funções farmacológicas sendo empregadas em inúmeros processos biológicos no tratamento de doenças, na prevenção de vários tipos de cânceres, no sequestro de radicais livres envolvidos em problemas genéticos, bem como no desenvolvimento de ações que inibem a inflamação, dor, dentre outras ações, até mesmo no advento de medicamentos que inibem a atividade neural em convulsões e na produção de anestesias.
Nos estudos de Arunachalam et al. (2019), os pesquisadores avaliaram a ação de gastroproteção do extrato etanólico do xilopódio de C. regium , onde observaram excepcional ação contra a bactéria Helicobacter pylori. Os pesquisadores ainda avaliaram em ratos tratados com concentrações do extrato hidroetanólico, onde apresentaram redução glicêmica em jejum. O s autores acrescentam que, outros estudos complementares deverão ser realizados para se conhecer melhor o papel do extrato das raizes de C. regium na hiperglicemia e dos mecanismos
envolvidos no potencial antidiabético. Outra importante atividade observada, é a ação de inibição da acetilcolinesterase, os resultados obtidos pelos pesquisadores foram promissores, onde diferentes dosagens inibiram a atividade de acetilcolina esterase em diferetnes estruturas cerebrais.
Quanto a ação hemolítica em células eritrocitárias do tecido hematopoiético em humano, foi obserdado atividade hemolítica no extrato etanólico da raiz de C. regium nos estudos desenvolvidos por Menezes Filho e Castro (2019), e nos estudos de Menezes Filho et al. (2020), onde avaliaram o extrato hidroetanólico floral com importante atividade hemolítica, apresentando taxas de hemólise entre 77,16 a 59,20%, e ação fotoprotetora UVA e UVB. Os pesquisadores do primeiro estudo, ainda observaram alta intensidade de hemólise no extrato etanólico dos galhos e média intensidade no extrato etanólico das folhas. Esses foram os primeiros resultados a respeito da atividade hemolítica para estes três órgãos em células do tecido hematopoiético humano, carecendo de estudos para destinar o uso correto, bem como as doses abaixo da DL50 em produtos fitoterápicos com os órgãos aéreos avaliados. Carvalho et al. (2018), obtiveram alta eficiência como agentes antibacteriano e antifúngico aplicando diferentes concentrações de extrato etanólico das raizes de C. regium, contra Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumanni gram-negativas não fermentadoras, e discreta para Staphylococcus epidermidis , Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae gram-positivas. Já para Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli gram-negativas e para Listeria monocytogenes gram-positiva não foram satisfatórios. Os pesquisadores observaram também bons resultados fungicidas contra Candida krusei, Candida glabrata, Candida tropicalis e Candida albicans .
Leme et al. (2017), avaliaram in vitro a atividade contra microrganismos uropatogênicos a partir do extrato etanólico das folhas de C. regium . Uma baixa atividade de inibição foi observado para E. coli e discreta para C. tropicais , demonstrando que o extrato foliar pode ser utilizado individual ou em conjunto com outros princípios ativos para o uso como antibiótico e antifúngico. Estes dados estão em concordância com os resultados obtidos por Inácio et al. (2016), onde avaliaram várias partes das raízes de C. regium, na inibição de crescimento de C. albicans ATCC 10231, onde obtiveram boa eficiência de
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inibição. Com isso, pode-se sugerir a substituição do orgão terrestre pelo aéreo, visto que, o órgão terrestre não se regenera, ajudando assim na preservação da espécie. Pereira et al. (2015) e Poppendieck (1981), discutem sobre inúmeros trabalhos com a Família Cochlospermaceae no tratamento de malária, icterícia e lesões hepáticas incluindo C. regium, Cochlospermum trinctorium , Cochlospermum planchonii e Cochlospermum angolensis .
E Silva et al. (2014) encontraram boa eficiência bactericida e fungicida contra C. krusei , Enterococcus faecalis, E. coli e S. aureus, já para C. glabrata não houve inibição em diferentes concentrações. Os resultados de E Silva et al. (2014), são promissores, visto que, o fármaco fluconazol já apresenta baixa ação fungistática contra C. krusei, bem como, potencial inibidor no desenvolvimento das bactérias E. faecalis e de E. coli. Estudos potenciais apresentam o extrato das folhas de C. regium como promissores novos fármacos alternativos no tratamento de infecções causadas por estes microrganismos.
Cunha-Laura et al. (2013), observaram importante ação citotóxica contra células VERO, e evidenciaram potencial e eficiênte atividade antiproliferativa de células HeLa utilizando diferentes dosagens do extrato hidroetanólico do xilopódio de C. regium. Os pesquisadores ainda verificaram que não houve potencial mutagê nico na ausência ou presença da ativação metabólica (S9) e para estirpes de Salmonella typhimurium , bem como não observaram sinais clínicos de toxicidade em ratas prenhes durante o período organogênico como locomoção, piloereção e diarréia. Os pesquisadores ainda demonstraram que o uso do extrato hidroetanólico de C. regium não apresenta toxicidade materna, bem como não apresentou relação direta teratogênica e sem má formações em fetos. Entretanto, houve aumento no número de fetos mortos e redução da taxa d e natalidade, que é uma indicação que o extrato de C. regium apresenta intensa atividade abortiva (Yakubu e Bukoye, 2009).
Atividade bactericida também foi descrita para C. regium, como observado no estudo proposto por Solon et al. (2012), onde os pesquisa dores avaliaram a eficiência do extrato hidroetanólico do xilopódio e suas frações na inibição de S. aureus , E. coli e P. aeruginosa. Andrade et al. (2008), avaliaram a ausência de antimutagenicidade em micronúcleos em camundongos a partir do extrato de C. regium. Os pesquisadores relataram que não houve significância na indução do efeito
antimutagênico nas condições experimentais, vistos na redução da frequência de eritrócitos policromáticos micronucleados. No estudo desenvolvido por Ceschini e Campos (2006), os pesquisadores observaram a toxicidade do extrato aquoso da raiz de C. regium em células imortais não tumorogênicas de mamíferos roedores (hamster chineses) in vitro, entretanto, os pequisadores observaram atividade citotóxica na indução de apoptose em células CHO-K1. Pessoa et al. (2006), apresentaram em um estudo de levantamento de plantas medicinais com potencial atividade anticâncer no Nordeste do Brasil, onde citaram o extrato de C. regium com efetiva ação biológica no tratamento de tumor de Walker, com inibição de 2%.
Já no estudo de Nunes e Carvalho (2003), avaliando a atividade mutagênica promovida por C. regium em células germinativas masculinas de Drosophila melanogaster, em diferentes concentrações do extrato aquoso da raiz, mostraram que as concentrações não induziram mutagenicidade avaliada pela perda do anel X em D. melanogaster. Os estudos de toxicidade e mutagenicidade são de grande importância pois possibilitam a compreensão dos efeitos ativos de um composto ou do sinergismos de vários compostos (Portis et al., 2016).
Nunes et al. (2003), em estudo de levantamento etnobotânico de espécies utilizadas e comercializadas na cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, onde os entrevistados de diferentes bases sociais e econômicas disseram utilizar as raizes de C. regium para cura e controle do colesterol, na depuração do sangue, para inflamação uterina e ovariana, como antiinflamatório geral e da pele, para infecções da próstata, feridas internas e externas e como laxante.
Toledo et al. (2000), verificaram a ação tóxica aguda e subaguda do extrato hidroetanólico das raízes in natura de C. regium em ratos. Onde observaram nas primeiras 3 horas de administração de frações do extrato reação de piloereção e dificuldades de locomoção, e nas doses mais altas os animais apresentaram inquietação e ptose, que persistiu por 24 h. Com 5 dias foram relatados, diarréia e diminuição da atividade motora, modificações visuais de cor nos rins e fígado também foram relatadas em uma análise rápida de necropsia. Os animais que vieram a óbito apresentaram na investigação mais detalhada de necrópsia peritonite, ascite, hemorragia intestinal e alterações macroscópicas
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no tecido hepático, como alterações de cor e petéquias. Entretanto, o extrato hidroetanólico de C. regium apresentou baixa ação tóxica aguda e subaguda.
Já Imanishi et al. (1999) e Edenharder et al. (1997), avaliaram as classes de taninos e flavonoides de C. regium onde observaram
podendo ainda dizer que, não há variabilidade genética entre populações distantes, carecendo ainda de pesquisas sobre domesticação do vegetal e utilizar a espécie em projetos de reflorestamento, garantindo que haja troca de material genético entre grupos de indivíduos em diferentes regiões, garantindo assim a conservação da espécie, bem
promissores resultados como agente como avaliar outras classes fitoquímicas e aç ões
antimutagênico. Castro et al. (1994), inv estigaram o extrato da raiz de C. regium onde encontraram ação antiedematogênica.
Importantes atividades biológicas são
biológicas para o desenvolvimento de biofármacos, insumos bioagrícolas e de biotecnologia, desta importante e marcante espécie no domínio Cerrado.
demonstradas em estudos avaliando
principalmente os extratos da raiz, galhos e folhas. Entretanto ainda pouco se sabe sobre os óleos essenciais que muitas das vezes, apresentam importantes dados de atividade antioxidante, antifúngica, antibacteriana, larvicida, inseticida, dentre outras, podendo ser empregados em processos químicos, farmacológicos, fitoremediadores, como agentes agrícolas e no processamento de alimentos.
CONCLUSÕES
O estudo bibliográfico aqui apresentado, traz um conjunto de dados sobre os aspectos de conservação, química e atividades farmacológicas e biológicas de Cochlospermum regium . Discutindo os vários protocolos de propagação avaliando diferentes métodos de quebra de dormência e taxas de germinação, bem como as classes de compostos fitoquímicos, ações farmacológicas testadas em diversos modelos celulares e em ações biológicas promovidas pelos mais variados órgãos do vegetal. Em especial no rizoma (xilopódio) e nas folhas, onde se concentram o maior número de estudos fitoquímicos e biológicos para C. regium. Este trabalho de revisão, possibilitou minucioso levantamento sobre as pesquisas com C. regium , devido a esparsos dados científicos. O autor não determinou uma linha do tempo, pois existem numerosos dados de trabalhos antigos e atuais havendo uma ocilação considerável na linha do tempo em número de publicações, entretanto, ainda pouco se conhece sobre esta espécie. O trabalho mais rescente sobre C. regium, realizado por Menezes Filho et al. (2020), avalia com ineditismo, o extrato floral, abrindo novas possibilidades de estudo.
Pode-se ainda concluir que, o material biológico de C. regium nas inúmeras pesquisas, são exclusivamente do domínio Cerrado, visto que, esta espécie é exclusivamente deste ambiente,
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