Journal of Biotechnology and Biodiversity | v.8 | n.2 | 2020

Journal of Biotechnology and Biodiversity
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Medidas lineares e angulares de equinos destinados ao hipismo clássico na região de Brasília, Distrito Federal
Isabela Maciel Cunhaa, Isabella Rocha Tucholskia, Moira Cerizza Esgalha de Andrade Silvaa , Ivo Pivatoa , José Américo Soares Garciaa , Leandro Lopes Nepomucenob ,




Fernando de Oliveira Bussimanb , Jorge Luís Ferreirab *


a Universidade de Brasília, Brasil
b Universidade Federal do Tocantins, Brasil
* Autor correspondente (jlferreira@uft.edu.br )
I N F O A B S T R A C T
Keyworks
linear
angular selection
phenotype performance
Linear and angular measurements of horses for classical equestrian in the region of Brasília, Federal District .
The objective of this study was to use the methodology of body and angular proportions for the morpho- logical and balance assessment of horses of the Brazilian Equestrian Race for the classic equestrian jump- ing events in the Federal District. 28 Brazilian equestrian horses were used, 17 males and 11 females, with an average age of nine years (± 3.54), destined to the classic equestrian jumping events in DF. Linear and angular morphometric measurements were performed and 11 zootechnical indices were calculated, ac- cording to the proposed methodologies. The experimental design was completely randomized, and all variables (linear and angular measurements) were subjected to analysis of variance, verifying the effect of sex on the measurements. The means were compared using the Tukey test at 5% confidence. The results of this experiment showed that the height of the withers, the length of the neck and the thoracic perimeter, can be used as selection criteria for the choice of the best animals for the jumping events of classic eques- trian. However, both linear and angular measurements are influenced by the training of the animals, thus, these measures can assist in the process of selection and registration of animals of the Brazilian Equestrian breed.
R E S U M O
Palavras-chave s
lineares angulares seleção
fenótipo desempenho
Objetivou-se utilizar a metodologia das proporções corporais e angulares para avaliação morfológica e de equilíbrio de cavalos da Raça Brasileira de Hipismo destinado às provas de salto do hipismo clássico no Distrito Federal. Foram utilizados 28 equinos da raça Brasileiro de Hipismo, sendo 17 machos e 11 fê- meas, com idade média de nove anos (±3,54), destinados às provas de salto do hipismo clássico no DF. Foram realizadas medidas morfométricas lineares e angulares e calculados 11 índices zootécnicos, se- gundo as metodologias propostas. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, e todas as variáveis (medidas lineares e angulares) foram submetidas à análise de variância, verificando-se o efeito do sexo sobre as medidas. As médias foram comparadas pelo teste do Tukey a 5% de confiança. Os re- sultados deste experimento mostraram que a altura da cernelha, o comprimento do pescoço e o perímetro torácico, podem ser utilizados como critérios de seleção para a escolha dos melhores animais destinados às provas de salto do hipismo clássico. Contudo, tanto as medidas lineares como angulares são influenci- adas pelo treinamento dos animais, assim, essas medidas podem auxiliar no processo de seleção e registro de animais da raça Brasileira de Hipismo .
Received 03 January 2020; Received in revised from 24 May 2020; Accepted 19 June 2020
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DOI: https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v8n2.cunha
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INTRODUÇÃO
O Brasil possui o maior rebanho de equinos da América Latina e o terceiro mundial, somados aos muares (mulas) e asininos (asnos) são quase oito milhões de cabeças, movimentando, no agronegó- cio, cerca de 16 bilhões de reais por ano (Brasil , 2016). Amaior população brasileira de equinos en- contra-se na região Sudeste, seguida das regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Norte. Destaque para o Nordeste, que além de equinos, concentra o maior registro de asininos e muares (Vieira et al., 2015). Atualmente tem-se verificado que a produção de equinos não se tem restringido somente à funciona- lidade dos animais para trabalho no campo e nas atividades agropecuárias, mas também à sua versa- tilidade na prática de esportes, competições e ativi- dades de lazer (Costa et al., 2016). Uma raça que vem se destacando no cenário nacional e internaci- onal é a raça equina Brasileiro de Hipismo que se tornou mais conhecida pelas conquistas nas Olim- píadas de Atlanta, EUA (1996), Sydney, Austrália (2000) e nos Jogos Pan Americanos (2007), no Rio de Janeiro, Brasil (Godoi et al., 2013).
Os equinos têm seu valor econômico baseado em funcionalidade motora, em que a dinâmica dos mo- vimentos demonstra a versatilidade do animal nas atividades e no esporte. O entendimento e a com- preensão das dimensões lineares e angulares de re- giões do corpo do animal são cruciais para a seleção de animais e desenvolvimento de programas de me- lhoramento genético, atendendo assim as especifi- cidades e padrão morfológico das raças (Costa et al., 2016).
Nas atividades de salto, que o cavalo Bra sileiro de Hipismo (BH) executa, para que o animal con- siga vencer todos os obstáculos, além de boa con- formação e forma física, deve possuir potência e técnica de salto apurada, além de uma morfologia adequada a funcionalidade (Rezende et al., 2014). Segundo Camargo e Chiefi (1971), o comprimento da passada e a altura dos saltos praticados pelo ca- valo estão diretamente relacionadas com a altura na cernelha do animal e que o estudo das medidas an- gulares é de extrema importância para animais que irão participar das provas de velocidade e de salto (Evain, 2015). Contudo, outras informações tor- nam-se necessário no auxílio da seleção de animais que irão participar das provas de salto.
A busca por um padrão morfométrico e angular visa equilibrar, compensar e harmonizar as partes, bem como promover seleção e funcionalidade. Da mesma forma, a proporção e as relações entre seg-
mentos corporais são tão importantes quanto os va- lores de ângulos, pois implicam diretamente a dire- ção, amplitude, força e estabilidade dos movi men- tos executados (Santiago et al., 2014).
Desta forma, o objetivo desta pesquisa foi utili- zar a metodologia das proporções corporais e angu- lares para avaliação morfológica e de equilíbrio de cavalos da Raça Brasileira de Hipismo destinado às provas de salto do hipismo clássico no Distrito Fe- deral.
MATERIAL E MÉTODOS
A pesquisa foi conduzida no Parque Hípico de Brasília, localizado a Quadra 10, Rodovia DF- 440, Sobradinho/DF, durante os meses de janeiro a fe- vereiro de 2017, com 28 equinos da raça Brasileiro de Hipismo, sendo 17 machos e 11 fêmeas, com idade média de nove anos (±3,54), destinados às provas de salto do hipismo clássico. Segundo a As- sociação Brasileira de Criadores de Cavalo de Hi- pismo, o cavalo Brasileiro de Hipismo (BH) é um animal de sela, com grande aptidão para adestra- mento, hipismo, concurso completo de equitação e enduro. No presente trabalho os animais foram classificados, conforme seu desempenho de treina- mento, no conceito três (3), ou seja, são animais em treinamento e que a seleção se baseia quase que ex- clusivamente pela morfologia e aptidão.
O referido projeto de pesquisa foi avaliado e aprovado pela Comissão de Ética no Uso Animal – CEUA/UnB sob o protocolo de envio UnBDOC n.º 66722/20016 (declaração em anexo).
As medidas morfométricas lineares e angulares foram aferidas em local plano e sombreado, com os membros dos animais alinhados sob estação for- çada, conforme aquelas descritas por Camargo e Chiefi (1971), Oom e Ferreira (1987), McManus et al. (2005) e, obtidas através da utilização de apare- lho hipômetro (utilizado para as medidas de com- primento, largura e altura) e fita métrica (utilizada para as medidas de perímetro), sendo elas: os com- primentos da cabeça (Ccab), do pescoço (Cpesc), da garupa (Cgar), da espádua (Cesp) e do corpo (CC); as larguras da cabeça (Lcab), do peito (LP) e da anca (LA); os perímetros do tórax (PT) e da ca- nela do antebraço (PC); as alturas na cernelha (AC), no do dorso (AD), na garupa (AG), dos costados (Acost) e do vazio subesternal (Avaz).
Além dessas tomadas lineares, foram calculados os 11 índices zootécnicos com base nos estudos descritos por Martin-Rosset (1983), Torres e Jar- dim (1987), Ribeiro (1989), Franci et al. (1989),
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Santos et al. (1999) e McManus et al. (2005), des- critos a seguir: relação entre altura da cernelha e da garupa (RCG = AC ÷ AG), índice peitoral (IP = Acost ÷ Avaz), índice dáctilo-torácico (IDT = PC ÷ PT), peso estimado (P = PT3 x 80), índice corporal
(IC = CC ÷ PT), índice de conformação (ICF = PT 2
÷ AC), índice de carga 1 (ICTG = (PT2 x 56) ÷ AC), índice de carga 2 (ICP = (PT2 x 95) ÷ AC), grau de enselamento (GS = AD – (AC + AG) ÷ 2), índice compacidade 1 (ICO1 = (P ÷ AC)÷ 100) e índice de compacidade 2 (ICO2 = [P + (AC – 1)] ÷ 100).
Para as medidas morfométricas angulares aferi-
das, relativos aos membros dos anteriores e poste- riores, foram medidos os angulos vértebro- escapu- lar (AVE), escápulo-umeral (AEU), úmero- radial (AUR), metacarpo-falangeano (AMCF), coxofe- moral (ACF), fêmur-tibial (AFT), tíbio- metatarsi- ano (ATM), e metarso-falangeano (AMF) foram mensuradas e obtidas através da utilização de apa- relho denominado de artrogoniômetro, de acordo ao recomendado por Camargo e Chiefi (1971), Oom e Ferreira (1987) e Evain (2015), conforme apresentado na Figura 1.

Fonte: Camargo e Chiefi (1971); Oom e Ferreira (1987); e Evain (2015).
Figura 1 - Esquematização das medidas angulares em equinos. O delineamento experimental foi inteiramente
casualizado, e todas as variáveis (medidas lineares e angulares) foram submetidas à análise de variân- cia, verificando-se o efeito do sexo sobre as medi- das, linear e angular, pelo modelo estatístico abaixo.
Todas as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância, por meio do procedi- mento GLM, enquanto que as estimativas de corre- lação de Pearson foram calculadas por meio do pro- cedimento CORR.
y + =
ij
Si+e ij
RESULTADOS E DISCUSSÃO
em que :
yij é a variável dependente (medidas lineares e angulares),
Si é o efeito fixo do sexo (macho ou fêmea);
eij é o erro aleatório associado a cada observa-
Na Tabela 1 está sumarizada a estatística descri- tiva das medidas lineares para os cavalos da raça Brasileira de Hipismo destinados às provas de salto de hipismo clássico do Parque Hípico de Brasília (Sobradinho/DF).
ção, normalmente distribuído
e ~ N
0, 2 e
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Tabela 1 - Sumário das estatísticas descritivas das medidas lineares de cavalos da raça Brasileira de Hipismo utilizados em provas de salto do hipismo clássico no Distrito Federal
Média DP CV MIN MAX
Ccab (cm) 64,35 3,13 4,87 59,00 72,00
Cpesc (cm) 79,14 4,40 5,56 72,00 86,00
Cgar (cm) 53,13 2,30 4,33 48,00 58,00
Cesq (cm) 63,96 3,35 5,24 57,00 72,00
CC (m) 1,65 0,06 3,90 1,50 1,77
Lcab (cm) 17,69 1,36 7,69 14,00 20,50
LP (cm) 41,68 6,40 15,35 36,00 68,00
LA (cm) 53,03 3,01 5,68 45,50 59,00
PT (m) 1,87 0,07 3,56 1,63 1,98
PC (cm) 21,03 0,98 4,65 19,40 23,00
AC (m) 1,64 0,04 2,23 1,57 1,71
AD (m) 1,57 0,04 2,68 1,49 1,67
AG (m) 1,63 0,04 2,48 1,57 1,71
Acost (cm) 73,11 3,20 4,38 60,50 78,00
Avaz (cm) 86,96 2,29 2,64 82,00 91,00
Ccab = comprimento da cabeça; Cpesc = comprimento do pescoço; Cgar = comprimento da garupa; Cesp = comprimento da espádua; CC = compri- mento do corpo; Lcab = largura da cabeça; LP = largura do peito; LA = largura da anca; PT = perímetro torácico; PC = perímetro do canela do a ntebraço; AC = altura na cernelha; AD = altura no dorso; AG = altura na garupa; Acost = altura dos costados; Avaz = altura do vazio subesternal; PESO = peso
vivo estimado; DP = Desvio-padrão; CV = Coeficiente de variação; MIN = Mínimo; MAX = Máximo; * = significativo ao nível de 5,0% de probabili- dade (p<0,05); e NS = não significativo(p>0,05).
Comparando os resultados obtidos com dados da literatura é difícil estabelecer um padrão para essa raça, em virtude principalmente dos animais esta- rem em constante atividade de treinamento, e a raça no Brasil ainda estar em processo de consolidação. Sabe-se que equinos da raça Brasileiro de Hipismo foram formados através dos cruzamentos utilizando garanhões importados ou nacionais, registrados em outras associações, com aptidão reconhecida para esportes hípicos (modalidades de salto, adestra- mento, concurso completo de equitação, pólo e en- duro), e éguas nacionais com ou sem genealogia co- nhecida, que apresentassem características funcio- nais e morfológicas necessárias para esportes hípi- cos (ABCCH, 2019; SBBCH, 2019).
Verificou-se que as medidas morfométricas PT, CC, AC e AG foram superiores às relatadas por Costa et al. (2014) e Godoi et al. (2013). Tais resul- tados podem ser justificados pela diferença de idade dos animais avaliados nesta pesquisa, bem como ao grau de treinamento e a formação do reba- nho no Distrito Federal, uma vez que a grande mai- oria é descendente de animais de sela holandesa, que são caracterizados como animais hipermétri- cos.
Da mesma forma, as medidas de comprimento da cabeça, comprimento do pescoço, comprimento
da garupa, largura do peito, largura da anca e lar- gura da cabeça foram superiores aos relatados por Costa et al. (2014), Godoi et al. (2013) e Rezende et al. (2014). Deve-se destacar que os maiores va- lores observados para todas essas características, principalmente Cgar, Agar, Lgar e Comprimento da espadua contribuem para maior impulsão, velo- cidade, amplitude das passadas e maior flexib ili- dade do animal, que por sua vez são influenciadas pelo maior tempo de treinamento e desempenho do animal (Rezende et al., 2014). De acordo com Pe- reira et al. (2014) e Camargo e Chiefi (1971), o comprimento da passada e a altura do salto pratica- dos pelo cavalo estão diretamente relacionados com a altura na cernelha do animal.
Ademais, a funcionalidade equina está relacio- nada à sua morfologia corporal e o grau de treina- mento dos animais, desta forma as medidas anatô- micas, angulares e de perímetros pode auxiliar na compreensão da dinâmica da locomoção, agilidade e seleção de animais. Na raça Brasileiro de Hi- pismo, o julgamento para aprovação de garanhões ocorre após os cinco anos de idade, seguindo um sistema de pontuação comparativo de cada animal com o protótipo ideal do moderno cavalo de hi- pismo (ABCCH, 2019).
De acordo com Ribeiro (1989), o comprimento
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do corpo não deve ultrapassar 10% em relação à al- tura da cernelha, que, neste caso, conforme apre- sentado na Tabela 1, ambas medidas apresentaram os mesmos valores médios. Alargura da anca é uma medida extremamente importante do ponto de vista prático, pois está associado, em grande parte pela movimentação e força dos membros traseiros. Assim, a seleção de animais mais compridos pode refletir em garupas mais desenvolvidas e pro- porcionar animais com melhor desempenho em corridas (Pereira et al., 2014). Foram verificados valores médios para largura da anca e comprimento da garupa, respectivamente, 53,03 e 53,13 cm, sendo estes valores semelhantes aos reportados por Costa et al. (2016).
Holmstrom et al. (1990) comentaram que ani- mais com ombro com boa inclinação, boa angula- ção do jarrete e uma garupa plana são desejáveis para bom movimento, e que os mesmos devem apresentar uma boa conformação do quarto tra- seiro. Da mesma forma apontaram a importância de um fêmur longo e inclinado para a frente, facilitaria o levantamento das patas traseiras e a capacidade do cavalo de pisar sob si mesmo.
O perímetro torácico, possivelmente, está relaci- onado com a capacidade cardiorrespiratória. Se- gundo Jones (1987), as proporções do peito, tanto na profundidade quanto na largura, são extrema- mente importantes, pois, conferem resistência ao equino. O valor médio encontrado de 1,87m (±0,07) se justifica pela grande necessidade de oxi- genação em razão do esforço praticado nas provas de hipismo clássico, e também a genealogia dos animais do plantel do DF.
A largura do peito é uma característica que está associada à capacidade cardiorrespiratória, pois o coração do equino representa cerca de 0,8% do peso vivo do animal (Costa et al., 2016; Meyer , 1995). Assim, para os animais que irão participar das provas de salto do hipismo clássico, devido ao grande esforço físico praticado, há necessidade de um peitoral bastante desenvolvido, o que foi verifi- cado nos animais avaliados, isto é, encontrou-se va- lor médio para largura de peito de 41,68 cm. Dentro de um mesmo padrão racial, normal- mente, os machos apresentam as dimensões de al- tura, de comprimento e de largura superiores às de fêmeas (Camargo e Chiefi, 1971; Ribeiro, 1989). Observou-se que apenas o perímetro da canela di- feriu significativamente (p<0,05) entre os sexos, isto é, os machos apresentaram perímetro de canela do antebraço superior às fêmeas, não sendo obser- vada essa associação descrita pelos autores.
Na literatura há relatos de autores que promovem
discussões na utilização de medidas morfométricas realizadas com a utilização de equipamentos, que necessitam de calibração, no entanto, a utilização de outros métodos vem sendo também testados, embora demonstrem correlação com as avaliações métricas, mas existe diferenças de confiabilidade em ambos os métodos (LAGE et al., 2009; PINTO et al., 2015).
O registro de medidas lineares é realizado na raça Brasileira de Hipismo para efeitos do processo de registro dos indivíduos junto à associação de cri- adores. Embora, o número de animais utilizados para obtenção de um perfil da raça neste estudo possa ser considerado pequeno, o volume de dados aqui levantados é expressivo, visto o tamanho redu- zido do rebanho, da linhagem de formação dos ani- mais destinados às provas de salto do hipismo clás- sico no Distrito Federal.
Na Tabela 2 estão apresentados os valores de correlação e significância entre as medidas lineares de cavalos da raça Brasileira de Hipismo utilizados em provas de salto do hipismo clássico do Distrito Federal. Foi verificado algumas correlações signi- ficativas (p<0,05), porém, uma boa parte apresen- tou-se com valores inferiores a 0,5, portanto, sem muita relevância. Contudo, observou-se correlação moderada alta (0,79) e significativa (p<0,05) entre altura na cernelha e altura no dorso, altura da cer- nelha e altura na garupa (0,73) sugerindo animais com dorso bem estruturado e reforçado para as pro- vas de salto do hipismo clássico, apresentando ca- racterísticas de maior impulsão e velocidade, carac- terizando-se como animais para tarefas de esportes equestres, principalmente salto. Resultados simila- res foram reportados por Angeli et al. (2011). Langlois et al. (1978) investigaram a relação en- tre conformação e capacidade de salto, comparando um total de 103 animais classificados como bons e ruins em saltos. Os animais caracterizados como bons de saltos foram caracterizados com peito e pelve mais largos, maior perímetro torácico, pelve mais longa e menor ângulo do fêmur em relação ao plano horizontal.
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Tabela 2 - Valores de correlação de Sperman e nível de significância entre as medidas lineares de cavalos da raça Brasileira de Hipismo utilizados em provas de salto do hipismo clássico no Distrito Federal .
Ccab Cpes Cgar Cesp CC Lcab LP LA PT PC AC AD Acos AG Avaz
Ccab 1 0,01 0,16 0,27 0,31 0,41* 0,35 0,16 -0,03 0,55* 0,44* 0,27 0,38 0,37 0,36
Cpes 1 0,18 0,39* 0,01 0,06 0,03 0,39* 0,30 0,03 -0,50 0,05 0,24 -0,09 - 0,12
Cgar 1 0,29 0,16 0,08 0,08 0,46* 0,4* -0,03 0,01 0,04 0,27 0,09 - 0,02
Cesp 1 0,37 0,26 -0,03 0,54* 0,30 0,37 0,26 0,36 0,23 0,25 0,18
CC 1 0,37 0,04 0,30 -0,11 0,15 0,38 0,35 0,28 0,48 0,18
Lcab 1 0,32 0,06 -0,01 0,44* 0,35 0,14 0,03 0,49* 0,54*
LP 1 0,17 0,19 0,43* 0,44* 0,23 0,27 0,42* 0,35
LA 1 0,53* 0,17 0,33 0,41* 0,24 0,44 0,10
PT 1 -0,04 0,15 0,19 0,21 0,12 - 0,10
PC 1 0,57* 0,20 0,34 0,46* 0,42*
AC 1 0,79* 0,45* 0,73* 0,72*
AD 1 0,50* 0,69* 0,54*
Acos 1 0,37 0,06
AG 1 0,63*
Avaz 1
Ccab = comprimento da cabeça; Cpesc = comprimento do pescoço; Cgar = comprimento da garupa; Cesp = comprimento da espádua; CC = comprimento do corpo; Lcab = largura da cabeça; LP = largura do peito; LA = largura da anca; PT = perímetro torácico; PC = perímetro do canela do antebraço; AC = altura na cernelha; AD= altura no dorso; Acost = altura dos costados; AG = altura na garupa; Avaz = altura do vazio subesternal;
* = significativo ao nível de 5,0% de probabilidade (p<0,05); e ** = significativo ao nível de 1,0% de probabilidade (p<0,01).
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Na Tabela 3 estão apresentados os índices zoo- técnicos e suas respectivas classificações dos ani- mais da raça Brasileira de Hipismo utilizados em provas de salto do hipismo clássico do Distrito Fe- deral. Os equinos avaliados, em geral, foram clas- sificados, segundo os critérios descritos por Martin - Rosset (1983), Torres e Jardim (1987), Ribeiro (1988), Franci et al. (1989), Santos et al. (1999) e McManus et al. (2005), como animais utilizados para sela e tração, de grande porte, hipermétricos (peso vivo superior a 500 kg) e mediolíneos, visto que a média do peso vivo estimado foi de 523±39,56 kg e altura de cernelha de 1,64±0,04 m (Tabela 1).
Segundo Ribeiro (1989), o grau de enselamento médio de -7,0 cm (Tabela 3) está dentro da faixa ideal, de modo a fornecer o acomodamento da sela no dorso dos animais e evitar o aparecimento de certas lesões; e sobre o IDT, recomenda-se que
aqueles animais que serão destinados a sela e tra- ção, apresentem, respectivamente, valores acima de 10,5 e 11,5, portando, os animais avaliados na pre- sente pesquisa atenderam a estas recomendações, conforme valor médio encontrado de 11,27.
Os resultados, aqui obtidos, estão de acordo com os dados observados por Costa et al. (2014 e 2015), que concluíram que os animais da raça Brasileiro de Hipismo e Puro Sangue Inglês apresentaram morfometria que proporcionam, impulso e veloci- dade, ao passo que os animais da raça Quarto de Milha e Crioulo proporcionam explosão e agili- dade.
Na tabela 4 estão apresentadas as estatísticas descritivas das medidas angulares de cavalos da raça Brasileira de Hipismo destinados às provas de salto do hipismo clássico do Parque Hípico de Bra- sília.
Tabela 3 - Valores dos índices zootécnicos e suas respectivas classificações de cavalos da raça Brasileira de Hipismo utilizados em provas de salto do hipismo clássico do Distrito Federal .
Índices Zootécnicos Valores Classificação
RCG 1,01 Animais alinhados (altura na cernelha = altura na garupa)
IP 0,84 Próximos a metade da altura na cernelha
IDT 11,27 Superior a 10,8 para cavalos de sela e superior a 11,5 para tração
P 520,87 Hipermétricos (superior a 500 kg)
IC 0,87 Animais mediolíneos (dupla aptidão: velocidade e tração)
ICF 2,11 Animais destinados a sela
ICTG 118,79 Suportam no dorso no máximo 118 kg a trote ou a galope
ICP 201,52 Suportam no dorso no máximo 201,52 kg a passo
GS -7,00 Ideal entre 2 a 8 cm para um bom desempenho
ICO1 3,16 Animais destinados a tração
ICO2 8,09 Animais destinados a tração
relação entre altura da cernelha e da garupa (RCG = AC ÷ AG), índice peitoral (IP = Acost ÷ Avaz), índice dáctilo-torácico (IDT = PC ÷ PT), peso estimado (P = PT3 x 80), índice corporal (IC = CC ÷ PT), índice de conformação (ICF = PT2 ÷ AC), índice de carga 1 (ICTG = (PT2 x 56) ÷ AC), índice de carga 2 (ICP = (PT2 x 95) ÷ AC), grau de enselamento (GS = AD – (AC + AG) ÷ 2), índice compacidade 1 (ICO1 = (P ÷ AC)÷ 100) e índice de compacidade 2 (ICO2 = [P + (AC – 1)] ÷ 100) .
Tabela 4 - Sumário das estatísticas descritivas das medidas angulares de cavalos da raça Brasileira de Hipismo utilizados em provas de salto do hipismo clássico no Distrito Federal .
Média DP CV MIN MAX
AVE 86,89 4,40 5,06 76 97
AEU 91,96 5,29 5,76 83 102
AUR 110,36 5,83 5,28 98 120
AMCF 157,14 5,44 3,46 149 170
ACF 78,39 7,19 9,16 60 89
AFT 98,29 9,06 9,22 80 124
ATM 148,43 5,32 3,58 140 162
AMF 157,89 6,11 3,86 148 170
AVE = ângulo vértebro-escapular; AEU = ângulo escápulo-umeral; AUR = ângulo úmero-radial; AMCF = ângulo metacarpo-falangeano; ACF = coxo- femoral; AFT = fêmur-tibial; ATM = tíbio-metatarsiano – ATM; e AMF = metarso-falangeano;DP = Desvio-padrão; CV = Coeficiente de variação; MIN = Mínimo; MAX= Máximo; * = significativo ao nível de 5,0% de probabilidade (p<0,05); e NS = não significativo(p>0,05).
Os resultados obtidos na presente pesquisa, estão de acordo com aqueles obtidos por Costa et al.
(2014 e 2015) que utilizaram animais da raça Bra- sileira de Hipismo, Bretão Postier e Jumento Brasi- leiro, cuja finalidade foi identificar variabilidade
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fenotípica na conformação corporal de equídeos. De acordo com Menezes et al. (2014), o ângulo escapulo-umeral é importante para o impulso, pois escápulas com maior inclinação apresentam maior área para inserção muscular e possibilitam maior flexibilidade e amplitude dos movimentos dos membros torácicos. Assim, o valor observado na Tabela 4 (AEU = 91,96), indica que os animais ava- liados estão associados com maior capacidade para impulsão, maior flexibilidade articular e concomi- tante maior passada e maior redução de atritos ver- ticais.
Esse ângulo é importante para equinos com apti- dão para o salto, pois influencia na báscula do pes- coço e no recolhimento dos membros torácicos du- rante o salto de obstáculo e a absorção do impacto durante a aterrissagem, uma vez que as partes ana- tômicas envolvidas estão diretamente conectadas (Godoi et al., 2013).
Segundo Menezes et al. (2014) e Rezende et al. (2014), ao avaliarem cavalos da raça Quarto de Mi- lha, concluíram que à angulação da coxa é reco-
mendável que seja mais inclinada, o que vai provo- car maior propulsão nos membros posteriores e consequentemente maior explosão para arrancada na corrida e o mesmo foi observado nesta pesquisa (ACF = 78,39º). Os valores médios encontrados nesta pesquisa são inferiores aos reportados por Nascimento (1999), Lage et al. (2009), Santiago (2013) e Costa et al. (2016), Godoi et al. (2013).
A medida angular fêmur-tibial (AFT) foi supe- rior aos reportados por Costa et al. (2016) e inferior ao reportado por Menezes et al. (2014) que conclu- íram que quanto menor a medida desse ângulo me- lhor será a flexão dos jarretes, o que poderá promo- ver uma maior propulsão dos membros pélvicos e melhor flexibilidade para as paradas brusca dos ani- mais Quarto de Milha.
Na tabela 5 estão apresentados os valores de cor- relação e de significância entre as medidas angula- res relativos aos membros dos anteriores e dos pos- teriores de cavalos da raça Brasileira de Hipismo utilizados em provas de salto do hipismo clássico no Distrito Federal.
Tabela 5 - Valores de correlação e significância entre as medidas angulares relativos aos membros dos anteri- ores e dos posteriores, direito e esquerdo, de cavalos da raça Brasileira de Hipismo utilizados em provas de salto do hipismo clássico no Distrito Federal .
AVE AEU AUR AMCF ACF AFT ATM AMF
AVE 1,00 0,46* -0,10 0,25 0,15 0,09 -0,14 - 0,13
AEU 1,00 0,25 0,17 0,30 0,24 -0,35 0,03
AUR 1,00 -0,18 0,13 -0,08 -0,08 0,39
AMCF 1,00 0,22 0,46* -0,11 0,66*
ACF 1,00 0,50* -0,12 - 0,16
AFT 1,00 -0,28 0,14
ATM 1,00 - 0,19
AMF 1,00
AVE = ângulo vértebro-escapular; AEU = ângulo escápulo-umeral; AUR = ângulo úmero-radial; AMCF = ângulo metacarpo- falan- geano; ACF = coxofemoral; AFT = fêmur-tibial; ATM = tíbio-metatarsiano – ATM; e AMF = metarso-falangeano; * = significativo ao nível de 5,0% de probabilidade (p<0,05); e NS = não significativo(p>0,05).
De acordo com os dados apresentados não foram observados resultados expressivos na associação entre as características. Nota-se, pela tabela 5, que não houve apenas uma correlação significativa (AUR vs AMF), porém com baixa relevância entre os ângulos relativos aos membros dos anteriores e dos posteriores, em cavalos da raça Brasileira de Hipismo utilizados para as provas de salto do hi- pismo clássico no Distrito Federal.
Outros trabalhos, com o propósito de avaliarem as medidas angulares em equinos foram realizados, tais como, Melo et al. (2015), Pinto et al. (2013), Santiago (2013) e Cabral et al. (2004), porem com outas finalidades.
CONCLUSÕES
Os resultados deste experimento mostraram que a altura da cernelha, o comprimento do pescoço e o perímetro torácico, podem ser utilizados como cri- térios de seleção para a escolha dos melhores ani- mais destinados às provas de salto do hipismo clás- sico. Contudo, tanto as medidas lineares como an- gulares são influenciadas pelo treinamento dos ani- mais, assim, essas medidas podem auxiliar no pro- cesso de seleção e registro de animais da raça Bra- sileira de Hipismo.
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AGRADECIMENTOS
Ao Parque Hípico de Brasília, pelos animais ce- didos para a realização deste experimento e a todos os funcionários do respectivo setor pela excelência nos atendimentos prestados.
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