Journal of Biotechnology and Biodiversity | v.7 | n.3 | 2019


Journal of Biotechnology and Biodiversity

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Levantamento e uso de plantas medicinais do cerrado tocantinense para o controle alternativo de fitopatógenos

Alessandra Macedo Barrosa*, Talita Pereira de Souza Ferreiraa, Dalmarcia de Souza Carlos Mourãoa , Raimundo Wagner de Souza Aguiara, Gil Rodrigues dos Santos a

a Universidade Federal do Tocantins (UFT), Brasil

* Autor correspondente (macedo46@outlook.com )

I N F O A B S T R A C T

Keyworks

essential oils

phytopathogenic fungi biological control

bipolar stain

Survey and use from medicinal plants from the cerrado tocantinense for alternative control of phytopathogens .

Corn and bean crops are prominent in Brazil and Tocantins. However, it has influenced the productivity loss of these cultivars. Therefore, the present study aimed to survey the medicinal plants of the cerrado tocantinense and to evaluate the fungitoxic potential of essential oils of these plants, aiming at the alter- native control of phytopathogens in corn and cowpea. Twenty species of plants used in folk medicine were registered and selected in the city of Peixe, TO. The fungus isolated from corn was B. maydis and from cowpea the fungus R. solani, both cultivated in BDA medium (Potato, Dextrose, Agar), at 25 ± 2ºC in a 12-hour photoperiod under fluorescent light. The promising species in oil production were Buriti (M . flexuosa), Copaiba (C. langsdorfii Def), Eucalyptus (E. globulus), Sucupira Branca (P. emargitatus), and Pequi (C. brasilense). In vitro bioassays with the essential oils were mounted in triplicate at concentrations (1.250, 2.500, 5.000, 10.000 and 50.000 µg mL-1) and the plates were incubated at 25 ° C and evaluated for 10 days. Sterile distilled water was used as the absolute witness. For bean pathogen, there was no inhibition in vitro. The copaiba oil at concentrations 5,000, 10,000 and 50,000 µL mL-1 were efficient in the control of disease in corn plants when applied preventively, being lower than the relative control. Therefore, the oil should be used against other phytopathogens in order to observe its efficiency in con- trolling other diseases.

R E S U M O

Palavras- chaves

óleos essenciais fungos fitopatogênicos controle biológico

mancha de bipolares

A cultura do milho e feijão é destaque no Brasil e Tocantins. Entretanto, doenças tem influenciado na perda de produtividade dessas cultivares. Logo, o presente estudo objetivou, fazer um levantamento das plantas medicinais do cerrado tocantinense e avaliar o potencial fungitóxico de óleos essenciais destas plantas, com vistas ao controle alternativo de fitopatógenos em milho e feijão caupi. Foram registradas e selecionadas 20 espécies de plantas utilizadas na medicina popular no Município de Peixe, TO. O f ungo isolado do milho foi o B. maydis e do feijão caupi o fungo R. solani, ambos cultivados em meio BDA (Batata, Dextrose, Ágar), a 25 ± 2ºC em fotoperíodo de 12 horas, sob luz fluorescente. As espécies pro- missoras na produção de óleo foram, Buriti (M. flexuosa), Copaíba (C. langsdorfii Desf), Eucalipto ( E. globulus), Sucupira branca (P. emargitatus), e Pequi (C. brasilense). Os bioensaios in vitro com os óleos essenciais foram montados em triplicatas nas concentrações (1.250, 2.500, 5.000, 10.000 e 50.000 µg mL - 1) e as placas foram incubadas a 25°C e avaliadas por 10 dias. Água destilada esterilizada foi usada como testemunha absoluta. Para o patógeno do feijão, não houve inibição in vitro. O óleo de copaíba nas con- centrações 5.000, 10.000 e 50.000 µL mL-1 mostraram-se eficientes no controle da doença em plantas de milho quando aplicado de forma preventiva, sendo menor que a testemunha relativa. Portanto, o óleo deve ser utilizado contra outros fitopatógenos, a fim de observar a sua eficiência no controle de outras doenças.

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INTRODUÇÃO

No Tocantins observam-se aumentos expressi- vos de área plantada e de produtividade da cultura do milho e feijão, os quais têm sido maiores que a média nacional nos últimos anos. Estes indicadores tornam o estado do Tocantins um dos maiores pro- dutores da região Norte (CONAB, 2018) e um dos potenciais produtores de grãos do Brasil gerando boas expectativas (FAOSTAT, 2018).

O Tocantins, neste contexto, é um dos estados que compõe a região do MATOPIBA, área de ex- pansão agrícola do qual 38% pertence ao estado. Esta grande expansão agrícola é baseada em tecno- logias modernas de alta produtividade, e isso pode levar ao desequilíbrio e agressão constante da natu- reza, devido a utilização de forma incorreta e/ou in- tensiva de pesticidas e fertilizantes. Eles afetam de maneira geral o ecossistema presente nestas regi-

ões, levando ao desequilíbrio ecológico e apareci- mento de novas doenças e pragas anteriormente consideradas secundárias (Pereira et al. 2018).

A utilização dos pesticidas no Brasil tem trazido sérias consequências. Para alguns produtores tem

sido o único método utilizado pelos produtores no controle de pragas e doenças, onde são realizadas

várias aplicações de agroquímicos para prevenir ou controlar os danos causados por agentes bióticos às plantações. Consequentemente, este controle pro- move um grande impacto ambiental, contaminando rios, solo, fauna, flora e, principalmente, resultando em produção de alimentos contaminados e danos à saúde humana (Pignati et al. 2017).

Novas medidas de proteção de plantas contra do- enças têm sido pesquisadas, no intuito de minimi- zar os efeitos negativos do uso de pesticidas e au- mentar a produção de alimentos de melhor quali-

dade, propiciando assim, o desenvolvimento de uma agricultura alternativa e sustentável (Anacleto

et al. 2017). Ultimamente diversos trabalhos, utili- zando óleos essenciais e extratos de plantas consi- deradas medicinais, demonstraram seu potencial no controle de fitopatógenos, tanto por sua ação fungi- tóxica direta, inibindo o crescimento micelial e a germinação de conídios, quanto pela capacidade de induzir resistência (Silva et al. 2018; Oliveira et al. 2017).

Reconhecer a existência de outros recursos, além do oferecido pelo modelo oficial, é extremamente importante para que possam ampliar conhecimen- tos e desenvolver ações que atendam as reais neces- sidades locais de uma agricultura mais sustentável junto aos pequenos e grandes produtores (Lima et al. 2014). Aimportância das plantas medicinais tem sido revelada por estudos etnobotânicos realizados em diversas regiões brasileiras, abrangendo varia- dos biomas (Sobrinho et al. 2018; Miranda., 2018).

Na área agronômica, tem se despertado o inte- resse das instituições de pesquisas no uso de con- trole alternativo das doenças de plantas e que não cause prejuízo à saúde humana nem ao meio ambi- ente. O presente estudo busca contribuir no maior conhecimento de substâncias biologicamente ati- vas, extraídos de plantas medicinais popularmente conhecidas e utilizadas no estado do Tocantins, com vistas ao uso no controle alternativo de d oen- ças de plantas.

Desta forma, o presente trabalho teve como ob- jetivo fazer um levantamento das plantas medici- nais do cerrado e avaliar o potencial fungitóxico de óleos essenciais destas plantas com vistas ao con- trole alternativo de fitopatógenos em plantas de mi- lho e feijão caupi.

MATERIAL E MÉTODOS

Os experimentos foram realizados no Laborató- rio de Fitopatologia da Universidade Federal do Tocantins, campus de Gurupi-TO e uma pesquisa informal com a população do Município de Peixe - TO.

Obtenção dos óleos essenciais e extratos

O procedimento adotado para a entrevista infor- mal, consistiu na escolha de pessoas com idade acima dos 50 anos. Após entrevista, os materiais vegetais (volume indefinido) foram coletados e de- sidratados em estufa por 72 horas a 40°C. Para a extração do óleo essencial foi empregado o método de hidrodestilação, utilizando-se o aparelho de Cle- venger modificado (Seixas et al., 2011, adaptado). Também foi usada para extração a metodologia de soxhlet, descrita por Aquino et al. (2009).

Obtenção dos isolados

Folhas e hastes de milho e feijão caupi com sin- tomas de doenças causadas por fungos foram frag- mentadas e imersos em soluções de álcool (50%) por 30 segundos e de hipoclorito de sódio (1%) por 40 segundos, e posteriormente lavados em á gua destilada esterilizada por três vezes. Em seguida, transferidos para placas de Petri contendo meio BDA (Batata, Dextrose, Ágar). As placas de Petri foram incubadas à 25 ± 2ºC, em fotoperíodo de 12 horas, sob luz fluorescente. Após o crescimento mi- celial, os fungos foram observados em microscópio óptico e identificados por meio das características morfológicas com o auxílio de bibliografia especi- alizada (Barnett e Hunter, 1972; Ellis, 1971; Wata- nabe, 2010) e posteriormente foram inoculados no- vamente em plantas de milho e feijão caupi, confir- mando sua patogenicidade e completando assim os postulados de Koch.

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Efeito in vitro dos óleos essenciais sobre os fun- gos fitopatogênicos

Os bioensaios in vitro foram montados em pla- cas de Petri (90 mm diâmetro) testando diferentes concentrações dos óleos essenciais (1.250, 2.500, 5.000, 10.000 e 50.000 µg mL-1). Água destilada esterilizada (1000 µg mL-1) foi usada como teste- munha absoluta. Foi montado em delineamento in- teiramente casualizado, em esquema fatorial, com três repetições e cinco épocas de avaliação (2, 4, 6, 8 e 10 dias de incubação). Posteriormente, 200μL de cada concentração de óleo foram espalhados na superfície do meio de cultura BDA com auxílio de uma alça tipo Drigalsky. Em seguida, no centro de cada placa de Petri foi depositado um disco (4 mm) de micélio-ágar. As placas foram vedadas, identi- ficadas e mantidas em câmara de incubação a 25°C por dez dias. A avaliação consistiu na mensuração do diâmetro médio das colônias em dois sentidos diametralmente opostos.

Avaliação da fitotoxicidez do óleo essencial

Para o teste de fitotoxicidez foram utilizados 6 vasos de polietileno preenchidos com substrato e acrescidos de 10 g de adubo comercial. Na semea- dura do milho foram feitas 3 covas, e utilizadas se- mentes Traktor (Syngenta®) semeando duas para cada cova. Após a semeadura, os vasos foram irri- gados, até que o crescimento das plântulas ati ngisse 4 folhas definitivas. Borrifadores manuais foram empregados para a aplicação dos tratamentos. Cada vaso foi pulverizado com as concentrações, anteri- ormente descritas no teste in vitro que apresentaram inibição no crescimento micelial do patógeno. De- corridas 24 h após a aplicação, foi observado o efeito de fitotoxicidade sobre a planta (Freitas et al., 2009).

Efeito preventivo

Com base nos testes in vitro e de fitotoxidez, fo- ram testadas concentrações dos óleos essenciais nos testes in vivo, para avaliar o controle preven- tivo e curativo na cultura do milho. Foi preparada

também a testemunha com fungicida e outra com água destilada. A metodologia de preparo das solu- ções utilizada nesta etapa foi a mesma utilizada nos testes in vitro, variando apenas os volumes a serem aplicados. As soluções de conídios foram prepara- das, adicionando-se 10 mL de água destilada e es- terilizada em placas de Petri. Utilizando um pincel de cerdas macias, para o desprendimento dos coní- dios, a solução obtida foi filtrada em gaze e efetu- ada a quantificação dos conídios em câmara de Newbauer, ajustando-se a concentração para 106 conídios mL-1 .

Para o controle preventivo foi aplicado por meio de um borrifador manual, as diferentes concentra- ções de óleos essenciais nas plantas. Cerca de duas horas decorridas da aplicação, da solução de óleo essencial o patógeno foi inoculado nas folhas e em seguida as plantas foram mantidas em câmara úmida e escura por 48 horas. Posteriormente, as plantas foram colocadas em ambiente natural com temperatura variando de 25ºC ±2ºC para o desen- volvimento da doença. Transcorridos quatro dias após a inoculação foi feita cinco avaliações da se- veridade da doença com intervalo de dois dias por meio da escala de notas adotada por Santos et al., (2005): 0 = planta sadia; 1 = menos de 1% da área foliar doente; 3 = 1 a 5 %da área foliar doente; 5 = 6 a 25 % da área foliar doente; 7 = 26 a 50 % da área foliar doente; 9 = mais que 50% da área foliar doente. Com os resultados obtidos nas avaliações foi calculada a área abaixo da curva do progresso da doença (AACPD), conforme Schneider et al. (1976).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após entrevista informal, feita aleatoriamente com consentimento, junto a pessoas idosas, no Mu- nicípio de Peixe, TO, foram registradas e selecio- nadas 20 espécies de plantas (Tabela 1) utilizadas na medicina popular. Verificou-se que essas plantas já são tradicionalmente conhecidas e usadas há muito tempo, no tratamento de saúde de diversas doenças, normalmente com supostos benefícios te- rapêuticos, sendo: anti-inflamatórios, curativos ou analgésicos na linguagem/conhecimento popular.

Tabela 1 – Levantamento de espécies de plantas medicinais do cerrado, utilizadas na medicina popular, no Município de Peixe, Tocantins, 2019.

Família/Espécie

Nome popu- lar

Parte utili- zada

Indicação popular

Literatura

Malvaceae /L. divari- cata

Açoita Cavalo Casca

Antioxidante; depurativo e tratamento de anemia

Mostardeiro et al. (2014)

Burceraceae /Protium Amescla Casca Anti-inflamatório e úlcera Lima et al. (2001)

Bixaceae /B. orellana Arucum Folhas Diabetes, asma e colesterol Ribeiro et al. (2017)

(continua....)

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Tabela 1 – Levantamento de espécies de plantas medicinais do cerrado, utilizadas na medicina popular, no Município de Peixe, Tocantins, 2019.

Família/Espécie

Nome popu- lar

Parte utili- zada

Indicação popular

Literatura

Malvaceae /L. divaricata

Açoita Ca- valo

Casca

Antioxidante; depurativo e tratamento de anemia

Mostardeiro et al. (2014)

Fabaceas / S. adstringens Barbatimão Casca

Anti-inflamatório; gastrite; infecção in- testinal

Barateli et al. (2018)

Arecáceas / M. flexuosa Buriti Fruto Anti-inflamatório; antialérgico Ferreira et al. (2017)

Myrtáceas / S. dysentericus Cagaita Folhas e casca Diabetes; doenças cardíacas e azia Silva et al. (2016)

Fabaceas / C. langsdorf- fii Desf.

Copaíba

Casca

Diurético; gases; cólica de rins e câncer Cavalcante et al. (2017)

Mirtáceas / E. globulus Eucalipto Folhas Expectorante Carneiro et al. (2016)

Salicaceae / Casearia syl- vestris

Folha Carne

de

Folhas

Anti-inflamatório; combate anemia e co- lesterol

Ferreira et al. (2011)

Rutáceas /P. microphyllus Jaborandi Folhas e casca Anti-inflamatório garganta Nunes et al. (2016)

Apocynaceas / H. speciosa Mangaba Folhas e casca Cólica menstrual e reumatismo Almeida et al. (2018)

Apocynaceas / H. speciosa Mangabeira Casca Tratamento de úlcera e infecção uterina Almeida et al. (2018)

Simaroubaceas / Simarouba cf.

Mata Ca- chorro

Casca

Tratamento capilar

Pires et al. (1887)

Combretáceas / B. tomen- tosa

Mirindiba

Folhas e casca Diabetes; auxilia no emagrecimento

Miranda (2018)

Malpighiáceas / Byrsonima s p

Murici

Casca

Adstringente e alivia febre

Alberto et al. (2011)

Cariocaráceas / C. brasi- lense

Pequi

Fruta

Anti-inflamatório; expectorante; com- bate tosse

Pinto et al. (2016)

Loganiáceas / S. pseudo- quina

Quina

Casca

Tratamento de diabetes e hepatite

Cosenza et al. (2019)

Fabaceae /P. emargitatus Sucupira

Casca;se- mente

rinite alérgica; artrose e artrite; cicatri- zante

Oliveira et al. (2018)

Fabaceae /E. maximum Tamboril Casca e raízes Reumatismo; abortivo Ronchi et al. (2016)

Rutáceas / D. Vandellianum Tingui

Folhas

Antisséptico

Conceição et al. (2011)

Miranda (2018), realizou estudos etnobotânicos que corroboram com o uso dessas espécies na me- dicina popular, em seu levantamento observou que as plantas medicinais usadas na comunidade local apresentavam múltiplos usos sendo consumidas como alimento e como remédio, através da utiliza- ção de diferentes partes da planta. As indicações te- rapêuticas referidas pelos informantes para os tra- tamentos de saúde, apresentaram maiores expressi- vidades para o aparelho gástrico, genito -urinário e anti-inflamatório, princi palmente.

Com relação à extração de óleos essenciais no presente trabalho, os resultados obtidos demonstra- ram eficiência do método utilizado, o qual propor- cionou bons rendimentos (Figura 1A, 1B, 1C e 1D). As espécies mais promissoras na produção de óleo foram, Buriti (M. flexuosa), Copaíba (C. langsdor- fii Desf), Eucalipto (E. globulus), Sucupira branca (P. emargitatus), e Pequi (C. brasilense). Também foram preparados extratos destas mesmas espécies, em que a quantidade obtida não foi suficiente para os testes. As demais espécies tais como, Quina (S. pseudoquina), Amescla (Protium), Cagaita (S. dy- sentericus) e Jaborandi (P. microphyllus), tiveram pequena produção de óleo, porém, em volume não

suficiente para um teste preliminar e/ou triagem. As demais espécies, não foram promissoras na produ- ção de óleo e não foram consideradas no estudo. Santos et al. (2018) relataram em seu trabalho que a extração do óleo de Buriti (M. flexuosa) apre- sentou um bom rendimento e que o mesmo pode ser obtido em maior quantidade desde que substitua os solventes comumente utilizado por propano pressu- rizado, segundo o autor, o rendimento utilizando propano foi maior quando comparado com outros trabalhos. Segundo Aragão et al. (2016), o rendi- mento do óleo de copaíba é maior quando e xtraído de plantas adultas, e pode variar de acordo com a região, período de extração e o solo no qual se en- contra a árvore, relata ainda que pesquisas estão sendo realizadas com o objetivo de descobrir técni- cas de extração que venha agredir menos a espéci e. Ribeiro et al. (2018), afirmam que a produção de óleo essencial do Eucalipto (E. globulus) já é esta- belecida na literatura como uma boa fonte na pro- dução de óleo essencial.

Os resultados obtidos na extração do óleo essen- cial de sementes de Sucupira branca (P. emargita- tus), também corroboram com os mesmos resulta- dos obtidos por, Oliveira et al. (2015). Porém, nas

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demais literaturas pesquisadas, a extração do óleo é obtida a partir das folhas e cascas da espécie. Xa- vier et al. (2015), em seus experimentos observa- ram um bom rendimento na porcentagem do teor de óleo de pequi, obtido com sucesso quando extraídos pelo método de Soxhlet. De acordo com Figueiredo et al. (2014), o rendimento do óleo essencial de- pende de vários fatores que, de forma simplificada, podem ser agrupados em fisiológicos, ambientais,

geográficos e genéticos. O estádio de desen volvi- mento do órgão (ontogenia foliar, floral e do fruto) é, muitas vezes, determinante no rendimento e na composição do óleo essencial. Segundo o autor, em muitos casos ocorre um aumento do rendimento em óleo da fase de botão floral para a flor madura, em simultâneo com uma alteração da composição quí- mica do óleo. Alguns componentes podem variar de vestigiais a 10% nas fases iniciais, a 50- 70% quando a planta está completamente desenvolvida.


A B C D E F G

H I

Figura 1 - Óleos essenciais obtidos da extração: (A)óleo de pequi (C. brasilense, (B) óleo de sucupira ( P. emargitatus), (C) óleo de eucalipto (E. globulus), (D)óleo de copaíba (Copaifera), (E) óleo de buriti (M. flexu- osa). Morfologia do Bipolaris maydis em meio BDA (F) e seus respectivos conídios (G). Morfologia do Rhi- zoctonia solani em meio BDA (H) e seus respectivos micélios (I).

Com relação ao fitopatógeno das folhas do mi- lho, foi isolado o fungo Bipolaris maydis, principal agente causador da doença mancha de Bipolaris. A sua morfologia foi identificada por meio de exames de microscopia e apoio de literatura especializada. Na cultura do feijão caupi, o isolado obtido foi o fitopatógeno Rhizoctonia solani, um dos principais causadores da doença mela, rizoctoniose e/ou po- dridão-radicular; o mesmo foi utilizado, de acordo com o citado anterior.

Com relação às caraterísticas macroscópicas (Fi- gura 1F), as colônias do fungo B. maydis mostra- ram-se acinzentadas após cinco a sete dias de incu- bação. Microscopicamente os conídios (Figura 1G) crescidos em BDA apresentaram-se marrom- es- curo, predominantemente curvos, multiseptados, e afilados nas extremidades, ou seja, apresentaram características genéricas descritas para o gênero B . maydis. Os conídios tinham de 5-11 septos, onde a cor e características morfológicas foram semelhan- tes aos crescidos em BDA.

As características macroscópicas (Figura 1H) do fitopatógeno R. solani apresentaram colônias de co- loração laranja esbranquiçada, e após dez dias de

cultivo surgiram microescleródios (estruturas glo- bosas), que são características esperadas para o fungo R. solani. O micélio (Figura 1I) é caracteri- zado pela sua ramificação em ângulo reto com sep- tação antes e após o ramo, apresenta também cons- trição na base da ramificação e septo.

De acordo com Costa et al. (2014) o fungo B . maydis pode ser identificado através do exame dos conídios em microscópio, os quais são produzidos nas lesões foliares ou em meio de cultura. Os coní- dios apresentam coloração marrom oliváceo, são predominantemente curvos, com as extremidades afuniladas e arredondadas e apresentam de 5 a 11 septos, ou seja, estas informações do autor corrobo- ram com os apresentados no presente trabalho. Ben et al. (2015), afirmam que, para a identifica- ção do fungo pertencente ao gênero anamorfo R . solani, devem ser observadas algumas característi- cas morfológicas importantes, como a ramificação em ângulo reto próximo ao septo distal em hifas jo- vens e ramificações de hifas que são constritas em sua extremidade basal. Destaca ainda outras carac- terísticas deste fungo, tais como a presença de um septo na ramificação da hifa próximo ao seu ponto

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de origem, presença de septos do tipo doliporo, au- sência de grampos de conexão, ausência de coní- dios, córtex e medula e ausência de rizomorfos. Nos testes in vivo, os óleos essenciais não apre- sentaram potencial de inibição no crescimento do fitopatógeno B. maydis. O fungicida também não foi eficaz na inibição. Também consta que não é re-

gistrado para o controle desta doença o uso de fun- gicidas. Dos tratamentos utilizados apenas o óleo essencial de copaíba, que na maior concentração (50.000 µg mL-1), promoveu a redução de 50% no crescimento micelial do B. maydis. As figuras 2, 3 e 4 apresentam os resultados obtidos a partir de tes- tes com os óleos essenciais anteriormente citados .


A B


Figura 2 - (A) Efeito do óleo essencial de Copaíba (Copaifera) e de (B) Eucalipto (E. globulus) sobre a germinação dos conídios in vitro de B. maydis .


Figura 3 - (A) Efeito do óleo essencial de Pequi (C. brasilense) e (B) Efeito do óleo essencial de Buriti (M . flexuosa) sobre a germinação dos conídios in vitro de B. maydis .

Na literatura pesquisada não há relatos encontra- dos sobre o uso destes óleos contra o fungo B. ma- ydis. Contudo, Araújo et al. (2018) em seus experi- mentos, observaram o potencial inibitório do óleo de copaiba contra o fitopatógeno Colletotrichum gloeosporioides. Os autores afirmam que, o óleo de

copaíba apresentou redução no crescimento em to- das as concentrações quando comparado aos de- mais tratamentos, demonstrando, eficiência inter- mediária de controle quando comparada aos demais tratamentos, que maiores inibições foram obtidas a partir de baixas concentrações.

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Araújo et al. (2018), testaram também o óleo d e eucalipto contra o fitopatógeo Colletotrichum mu- sae, onde o óleo inibiu totalmente o crescimento de C. musae a partir da concentração 2%. Isso contra- diz a eficiência do óleo na não inibição do B. may- dis. Oideal é fazer experimentos moleculares, a fim de observar o que ocorre na membrana citoplasmá- tica do fitopatógeno que impede tal inibição. Segundo Machado et al. (2013), em testes usando o óleo do Buriti e Pequi contra o fitopató- geno C. gloeosporioides, ambos apresentaram efei- tos semelhantes ao das testemunhas, ou seja, não foram eficientes no controle do crescimento do fungo na dose aplicada. Afirmam ainda que con- centrações mais elevadas desses óleos poderiam ser testadas em estudos futuros.

Para o fungo R. solani, realizou-se apenas uma triagem, observando os resultados na maior con- centração (50.000 µg mL-1) testada. Todos os óleos testados, nos primeiros dias de avaliação apresenta-


ram efeito inibitório, principalmente o óleo de eu- calipto, porém a partir do quarto dia de avaliação o fungo cresceu continuamente, como mostra na fi- gura (4), uma justificativa é que os compostos dos

óleos tenham se volatilizado, permitindo assim a germinação dos micélios.

Figura 4 - Testes de triagem de óleos essenciais sobre a inibição micélial de R. solani. OS (óleo de sucupira); OC (óleo de copaiba); OP (óleo de pequi); OB (óleo de buriti); OE (óleo de eucalipto) .


Figura 5 - Triagem de óleos essenciais (50.000 µg mL-1) na inibição do fitopatógeno R. solani (A) Testemunha, (B) Óleo de copaíba, (C) Óleo de eucalipto, (D) Óleo de sucupira, (E) Óleo de buriti, (F) Óleo de pequi.

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Alguns trabalhos (Ferreira et al., 2014; l ameira et al., 2009; Morais et al., 2009), afirmam a efeci- ência do óleo de copaíba, sucupira e eucalipto na inibição do crescimento micelial do fungo R. so- lani. Deste modo, o que pode ter influenciado na eficácia dos óleos na inibição do fitopatógeno, te- nha sido a época de coleta das amostras, visto que ocorre alterações da composição química do óleo, sendo que alguns componentes podem variar de vestigiais a 10% nas fases iniciais da planta, a 50 - 70% quando a planta/órgão está completamente de- senvolvida (Figueiredo et al., 2014) .

No ensaio de fitotoxidez avaliado após 24 horas, as concentrações testadas do óleo de copaíba não apresentaram queima nas folhas e nenhum sintoma anormal. Dalcin et al. (2017), testes de fitotoxici- dade determina a dosagem que é eficaz no controle da doença, poupando a planta hospedeira de possí- veis danos, pois, dependendo da dose aplicada, as plantas podem apresentar intolerância aos consti- tuintes químico presentes no óleo essencial .


De acordo com Ferreira et al. (2014), avaliando o efeito do óleo essencial de alecrim pimenta no teste de fitotoxidez no milho, os sintomas de fitoto- xidez surgiram após 12 h decorridas das aplicações nas folhas, relata ainda que as concentrações que apresentaram fitotoxidez, não podem ser utilizadas

em testes de controle da doença na planta, porque provocaram murcha seguida de posterior necrose em algumas regiões foliares.

Assim, o resultado obtido nesse teste possibilita o uso de todas as concentrações do óleo, nos testes preventivos e curativos, visto que não ocorreu sin- tomas visíveis de fitotoxicidade posterior à aplica- ção do óleo estudado. A figura 6, apresenta o óleo de copaíba no tratamento preventivo da doença mancha de bipolares, causada pelo patógeno B. ma- ydis na planta de milho.


Figura 6 - Efeito preventivo in vivo do óleo de co- paíba sob cinco concentrações diferentes (1,25µL

mL-1, 2,5µL mL-1, 5µL mL-1, 10µL mL-1 e 50µL mL-1) e sob testemunha Absoluta (0,0 µL mL-1) e Relativa com Tiofanato metílico (2,0 µL mL-1 ).

Avaliando o efeito preventivo do óleo de copaíba no desenvolvimento da doença (Figura 7), obser- vou-se, que a doença se desenvolveu em todas as concentrações testadas. Contudo, as concentrações 5, 10 e 50 µL mL-1 mostraram-se eficientes no con- trole, diminuindo a severidade da doença em plan- tas de milho quando aplicado de forma preventiva, sendo menor do que a testemunha relativa, utili- zando-se o fungicida Tiofanato metílico.

Figura 7- Avaliação preventiva no milho usando óleo de copaíba no controle da doença mancha do Bipolaris causada pelo fitopatógeno B. Maydis (A) Testemunha Absoluta, (B) 1,25 µg mL-1, (C) 2,5 µg mL-1, (D) 5 µg mL-1, (E) 10 µg mL-1, (F) 50.000 µg mL-1 e (G) Testemunha Relativa Tiofanato.

Segundo Veloso (2016), esse resultado pode ser um indicativo de que o fitopatógeno possa ter ad- quirido resistência ao produto, pois trata-se de um produto com modo de ação muito específico e pro- penso à aquisição de resistência de fitopatógenos em geral. Não há relatos na literatura que identifi- cam a eficácia do óleo de Copaíba como contr ole preventivo e curativo de fitopatógenos causadores de doença no milho. Entretanto, Veloso (2016), re- alizou, testes preventivos utilizando óleo de M. ci- trifolia no controle do fungo B. maydis agente cau-

sal da mancha de Bipolaris. O autor afirma que, o óleo essencial de M. citrifolia demonstrou ser efi- ciente na prevenção dos sintomas da mancha de Bi- polaris em plantas de milho, com valores de área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) nas concentrações de 0,05 e 0,25% inferiores aos valores observados nas plantas tratadas com o fun- gicida.

Apesar do trabalho ainda ser preliminar e os re- sultados ainda deverão ser reconduzidos verificou - se no presente estudo que o óleo de copaíba pode ser promissor no controle da mancha de Bipolaris no milho.

CONCLUSÕES

Conclui-se que o levantamento, coleta e identifi- cação das plantas medicinais foi realizado com êxito. A diversidade de plantas e suas finalidades

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terapêuticas encontradas no município de Peixe (TO) demonstrou a importância do uso dessas plan-

tas como medida alternativa na cura e remediação de algumas enfermidades. A produção de óleo es-

sencial obtido das espécies, de Eucalipto (E. globu-

lus), Sucupira branca (P. emargitatus), Buriti (M . flexuosa), Copaíba (C. langsdorfii Desf), e Pequi

(C. brasilense), tiveram bons rendimento, sufici- ente para todos os testes proposto. Os fitopatógenos B. maydis e R. solani, foram isolados de forma ade-

quada, entretanto verificou-se nos testes in vitro

com esses fungos, avaliando o potencial dos óleos, não foram eficientes na inibição do crescimento mi- celial. Também é importante estudar a melhor época de coleta do material vegetal, para extração do óleo, visto que este pode ser um dos principais fatores a influenciar nesse resultado. O teste de fi- totoxidez demonstrou bons resultados permitindo assim, a continuidade com os demais experimentos. E o efeito preventivo do óleo de copaíba em três concentrações, mostrou-se eficiente no controle do progresso da doença. Desta forma, o óleo deve ser utilizado contra outros fitopatógenos, a fim de ob- servar a sua eficiência no controle de outras doen- ças.

AGRADECIMENTOS

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Ci- entífico e Tecnológico (CNPq) - Brasil, pelo apoio financeiro ao projeto e bolsa PIBIC.

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