Journal of Biotechnology and Biodiversity | v.7 | n.3 | 2019


Journal of Biotechnology and Biodiversity

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Indução de fitoalexinas por preparações de leveduras, Trichoderma e óleo essencial de Cymbopogon citratus S tapf.

Micaele Rodrigues de Souza a, Laiza Priscila dos Santos a, Alessandra Macedo Barros a* , Gil Rodrigues dos Santos a, Gleys Kellen Aquino Moraes a, Luana Fernandes Ferraz a , Valeria Bastos de Araújoa, Talita Pereira de Souza Ferreira a

a Universidade Federal do Tocantins (UFT), Brasil

* Autor correspondente (macedo46@outlook.com )

I N F O A B S T R A C T

Keyworks

resistance gliceolin

deoxyanthocyanins

Induction of phytoalexins by preparations of yeasts, Trichoderma and Cymbopogon citratus Stapf. essential oil

Phytoalexins may be induced by biotic and abiotic agents known as elicitors. In this work, you can evaluate the potential of the essential oil of Cymbopogon citratus Stapf., From the fungus Trichoderma sp. and yeast for phytoalexin induction in sorghum (Sorghum bicolor (L.) Moench) and soybean cotyledons (Glycine max L.) mesocotyls. As yeast Sacharomyces cerevisiae, Sacharomyces boulardii and fungus Trichoderma sp. were tested on samples 0.5; 5; 25; 50; 75 and 100%. Cymbopogon citratus Stapf oil. at 625, 1250, 2500, 5000 and 7500 µg / mL configurations. The trade product accorda® was used as a positive control for soybean testing and Biozyme® for sorghum. Sterile distilled water was tested negative for testing on cultures as well as cultures. As two resistance induction methodologies in different sera are not as follows: in the first the mesocotyls were excised 0.5 cm above the listener node and application tubes, we applied 1 mL of the sample to be tested. The second time the seedlings are sprayed 2 mL of the samples are tested in different sizes. All evaluated substances promote or accumulate phytoalexins in soy and sorghum. Oil treatment was the most efficient, however, in the case of sorghum, as high oil temperatures caused inhibition of seedling growth. The second sorghum resistance induction methodology yields the best results of the first one due to the large number of phytoalexins and the possibility of observing the seedling reaction to each treatment.

R E S U M O

Palavras- chaves

resistência

gliceolina deoxiantocianidinas

As fitoalexinas podem ser induzidas por agentes bióticos e abióticos conhecidos como eliciadores. Neste trabalho, objetivou-se avaliar o potencial do óleo essencial de Cymbopogon citratus Stapf., do fungo Trichoderma sp. e de leveduras na indução de fitoalexinas em mesocótilos de sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moench) e cotilédones de soja (Glycine max L.). As leveduras Sacharomyces cerevisiae, Sacha- romyces boulardii e o fungo Trichoderma sp. foram testados nas concentrações 0,5; 5; 25; 50; 75 e 100%. O óleo de Cymbopogon citratus Stapf. nas concentrações de 625, 1250, 2500, 5000 e 7500 µg/mL. O produto comercial acorda® foi utilizado como testemunha positiva para os testes em soja e o Biozyme® para sorgo. Água destilada esterilizada foi testemunha negativa para os testes em ambas as culturas. As duas metodologias de indução de resistência em sorgo diferiram-se no seguinte: na primeira os mesocó- tilos foram excisados 0,5 cm acima do nó escutelar e colocados em tubos, contendo 1 mL da amostra a ser testada. Na segunda as plântulas receberam aspersão de 2 mL das amostras a serem testadas em dife- rentes concentrações. Todas as substâncias avaliadas promoveram o acúmulo de fitoalexinas em soja e sorgo. O tratamento com o óleo foi o mais eficiente, porém, no caso do sorgo, as altas concentrações de óleo provocaram inibição no crescimento da plântula. A segunda metodologia de indução de resistência em sorgo gerou melhores resultados que a primeira devido ao grande acúmulo de fitoalexinas e à possi- bilidade de observação da reação da plântula a cada tratamento.

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INTRODUÇÃO

Na agricultura, as doenças causadas nas culturas

por fungos, bactérias e vírus podem causar perda de

rendimento bastante elevado. Muitas estratégias têm sido desenvolvidas para evitar os danos causa- dos por esses agentes patogênicos, como por exem- plo, técnicas de evasão, rotação de culturas, manejo do solo, nutrição de plantas e uso de variedades re- sistentes. Além disso, produtos químicos são am- plamente aplicados nas plantações, porém, especi- almente na agricultura orgânica, é necessário subs- tituir tais produtos por métodos biológicos de con- trole de doenças e pragas (Tamm et al., 2011).

Dessa forma, compostos derivados de plantas com atividade antimicrobiana são cada vez mais

explorados para uso na preservação e melhoria da

qualidade dos alimentos (Ejike, Gong e Udenigwe , 2013). Muitos mecanismos de defesa das plantas

contra microrganismos patogênicos envolvem a produção de metabolitos secundários, que podem ser constitutivos ou induzíveis (Pedras e Ahiahonu, 2005). Os constitutivos são substâncias que já estã o presentes nos tecidos sadios das plantas em altas concentrações e as induzíveis são substâncias pro- duzidas em decorrência de algum estresse sofrido pela planta (Fadini et al., 2004; Thaler et al., 1999 ). As fitoalexinas são substâncias induzíveis de de-

fesa das plantas e têm sido estudadas há mais de um século (Peters, 2006). Os agentes de origem biótica ou abiótica que são capazes de induzir a resposta de defesa nas plantas contra patógenos são chamados

de eliciadores (Stangarling et al., 2010). Dentre es- tes estão os microrganismos como por exemplo le-

veduras e os óleos essenciais, definidos como com- postos voláteis que são meios não favoráveis para o crescimento de diversas bactérias e fungos (Bazar- gani e Rohloff 2016; Dorman e Deans, 2000; Zan- ardo, Pascholati e Fialho, 2009).

Muitas pesquisas já foram feitas mostrando o po- tencial de leveduras no controle de doenças em plantas de soja, milho, sorgo, eucalipto, maracujá e pepino (Stangarlin et al., 2010; Zanardo, Pascholati e Fialho, 2009). E entre os óleos essenciais citados como agentes antifúngicos está o óleo de Cymbo- pogon citratus (DC) Stapf (capim-limão) que é re-

conhecido também pelas suas propriedades anti- in-

flamatórias, repelente para mosquito e inseticida (Costa et al., 2016). Sendo assim, neste trabalho, o

potencial de diversos tratamentos, tais como prepa- rações do fungo Trichoderma sp., leveduras e óleo essencial de Cymbopogon citratus Stapf. foram analisados como indutores de fitoalexinas em me- socótilos de sorgo e cotilédones de soja.

MATERIAL E M ÉTODOS

Obtenção de células de Saccharomyces boulardii

A obtenção das células de S. boulardi foi reali- zada a partir do produto comercial Florent 200 ® (Cifarma). Com esse propósito, 100 mg do produto foram colocados em 10 mL de água destilada este- rilizada e, dessa suspensão, foi feito o isolamento em meio de cultivo BDA (batata-dextrose-ágar) só- lido e a incubação no escuro a 36 °C por 4 dias. Após 4 dias, as células isoladas foram repicadas para 200 mL de meio de cultivo YEPG (dextrose - peptona-extrato de levedura) líquido esterilizado e

mantidas sob agitação (150 rpm), no escuro e a 36 °C durante 7 dias.

Obtenção de células de Saccharomyces cerevisiae

As células de S. cerevisiae foram obtidas a partir do produto comercial Fermento Biológico seco ins- tantâneo (Fleischmann®). Para tanto, 100 mg do produto foram colocados em 10 mL de água desti- lada esterilizada e, a partir dessa suspensão, foi re- alizado o isolamento em meio de cultivo BDA (ba- tata-dextrose-ágar) sólido e incubação no escuro a 36 °C por 4 dias. Após 4 dias, os isolados de S. ce- revisiae foram repicados para 200 mL de meio de cultivo YEPG (dextrose-peptona-extrato de leve- dura) líquido esterilizado e mantidos sob agitação (150 rpm), no escuro e a 36 °C durante 7 dias.

Obtenção de células de Trichoderma sp.

O produto comercial Agrotrich® (Agrosafra Se-

mentes) foi utilizado como fonte para a obtenção das células de Trichoderma sp. Para isso, 100 mg do produto foram colocados em 10 mLde água des- tilada esterilizada e, a partir dessa suspensão, foi re- alizado o isolamento em meio de cultivo BDA (ba- tata-dextrose-ágar) sólido e incubação no escuro a 36 °C por 4 dias. Após 4 dias, os isolados foram repicados para 200 mL de meio de cultivo BDA lí- quido esterilizado e mantidos sob agitação (150 rpm), no escuro e a 36 °C durante 7 dias.

Obtenção do óleo essencial de C. citratus Stapf.

As folhas de C. citratus Stapf. foram coletadas no Campus de Gurupi/Universidade Federal do To- cantins. Empregou-se o método de hidrodestilação e utilizou-se um aparelho de Clevenger modificado adaptado a um balão de fundo redondo com capa-

cidade de 1 litro (Guimarães et al., 2008). O pro- cesso de extração foi realizado em um período de 2

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horas, mantendo a solução em ebulição. Após, co- letou-se o hidrolato, que foi centrifugado em cen- trífuga de cruzeta horizontal a 900 g por 5 minutos. O óleo foi retirado com o auxílio de uma pipeta de Pasteur e acondicionado em frasco de vidro âmbar. Preparação das amostras a serem testadas

As células de S. cevevisiae, S. boulardii e Tri- choderma sp. foram preparadas nas concentrações de 0,5; 5; 25; 50; 75 e 100%, enquanto que o óleo de C. citratus Stapf. foi utilizado na concentraç ão de 625, 1250, 2500, 5000 e 7500 µg/mL.

Obtenção da testemunha positiva

Para a obtenção do controle positivo, utilizou- se quatro ativadores de resistência sistêmica comerci- ais, sendo eles Phytogard®, Biozyme®, Yantra® e Acorda®. Todos foram testados na concentração de 1250 µg/mL.

Ensaio para a indução de fitoalexina em cotilé- dones de soja

Sementes de soja (Glycine max L.), cultivar Monsoy 8644-IPRO (Intacta®), foram desinfetadas por 10 min em hipoclorito de sódio 1% e lavadas em água destilada. Posteriormente, as sementes fo- ram semeadas em duas bandejas contendo areia au- toclavada (à 121°C e 1 atm por 20 min). As bande- jas foram deixadas em casa de vegetação por 10 dias e os cotilédones foram destacados em seguida para a realização dos ensaios (Stangarlin et al., 2010 ).

Os cotilédones foram colocados em placas de pe- tri de 120 mm de diâmetro, onde cada placa conti- nha três cotilédones e duas folhas de papel filtro es- terilizadas e umedecidas com água destilada esteri- lizada. Cada cotilédone foi cortado em pequenos fragmentos, os quais foram tratados com 100µL das amostras a serem testadas. As placas permanece- ram incubadas à 25°C, no escuro, por 20 h. Na se- quência, os cotilédones foram pesados e colocados em erlenmeyers contendo 10 mL de água destilada esterilizada, os quais foram deixados sob agitação orbital (150 rmp) durante 1h para que ocorresse a extração dos pigmentos (Meinerz et al., 2008; Stan- garlin et al., 2010 ).

Por fim, os cotilédones foram retirados dos er- lenmeyers e a absorbância do sobrenadante foi lida em espectrofotômetro à 285 nm (Meinerz et al ., 2008). Água destilada esterilizada foi utilizada como testemunha negativa e o ativador de resistên- cia comercial Acorda® foi a testemunha positiva (Stangarlin et al., 2010 ).

Ensaio para a indução de fitoalexinas em meso- cótilos de sorgo (metodologia 1)

Sementes de sorgo [Sorghum bicolor (L.) Mo- ench], cultivar Buster (Atlântica Sementes®), fo- ram colocadas em hipoclorito de sódio 1% por 15 minutos e posteriormente foram lavadas em água destilada esterilizada. Em seguida, as sementes fo- ram depositadas em folhas de papel de germinação umedecidas sendo enroladas e encubadas no escuro à 28 °C no período de 4 dias para que ocorresse a germinação (Stangarlin et al., 2010 ).

Após esse período, as plântulas formadas foram primeiramente expostas a luz por 4 h para que hou- vesse a paralização da elongação dos mesocótilos. Na sequência, os mesocótilos foram excisados 0,5 cm acima do nó escutelar e colocados em tubos para microcentrífugas (3 mesocótilos por tubo) contendo 1 mL da amostra a ser testada. Os tubos foram mantidos sob a luz fluorescente, a 25 °C, por 60 h. Posteriormente, os mesocótilos foram retira- dos dos tubos, pesados e colocados em novos tubos contendo 1,4 mL de metanol acidificado 80% (0,1% HCl; v/v). Estes foram mantidos resfriados a 4 °C por 96 h para a extração dos pigmentos. A ab- sorbância foi lida a 480 nm (Nicholson, Jamil , Snyder e Lue, 1988; Motoyama,Schwan- estrada, Stangarlin, Fiori-tutida e Scapim, 2003; Stangarlin et al., 2010). Água destilada esterilizada e o ativa- dor de resistência comercial Biozyme® foram uti- lizadas como testemunhas negativas e positivas , respectivamente.

Ensaio para a indução de fitoalexinas em meso- cótilos de sorgo (metodologia 2)

Sementes de sorgo [Sorghum bicolor (L.) Mo- ench], cultivar Buster (Atlântica Sementes®), fo- ram colocadas em hipoclorito de sódio 1% por 15 minutos e posteriormente foram lavadas em água destilada esterilizada. Em seguida, as sementes fo- ram depositadas em folhas de papel de germinação umedecidas e as folhas foram enroladas e colocadas dentro de beckers na posição vertical. Em seguida, as sementes foram incubadas no escuro a 28 °C no período de 4 dias para que ocorresse a germinação (Stangarlin et al., 2010 ).

Após esse período, as plântulas formadas foram primeiramente expostas a luz por 4 h para que a houvesse a paralização da elongação dos mesocóti- los. Na sequência, as plântulas receberam aspersão de 2 mL das amostras a serem testadas em diferen- tes concentrações. Água destilada esterilizada foi utilizada como testemunha negativa, enquanto que o ativador de resistência comercial Biozyme® foi a testemunha positiva. As plântulas foram mantidas

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sob a luz fluorescente, a 25 °C, por 60 h. Posterior- mente, os mesocótilos foram retirados, excisados , pesados e colocados em tubos para microcentrífuga contendo 1,4 mL de metanol acidificado 80% (0,1% HCl; v/v). Estes foram mantidos resfriados a 4 °C por 96 h para a extração dos pigmentos ( BO- NALDO, 2005). A absorbância foi, então, lida a 480nm (Nicholson, Jamil, Snyder e Lue, 1988; Stangarlin et al., 2010).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Obtenção da testemunha positiva

Dentre os ativadores de defesa das plantas testa- dos, o Acorda® foi o que induziu maior produção

de gliceolina em cotilédones de soja, induzindo 59,99% mais do que o ativador menos eficiente, Yantra® (Figura 1A). Dessa maneira, utilizou-se o produto comercial Acorda® como testemunha po- sitiva para os testes em soja.

Para os testes com sorgo, determinou-se que o ativador Biozyme® gerou melhores resultados para a indução de flavonoides 3-deoxiantocianidinas em ambas as metodologias, sendo que os gráficos de- monstraram comportamentos semelhantes. Assim como no teste com a soja, Yantra® foi o produto com menor indução em sorgo (Figura 1B e C). Por- tanto, para os testes com sorgo, Biozyme® foi uti- lizado como testemunha positiva.

Figura 1 – (A) Produção de gliceolina em cotilédones de soja, (B) flavonoides 3-deoxiantocianidinas em me- socótilos de sorgo pela metodologia 1 (C) e metodologia 2, submetidos a tratamentos com indutores de resis- tência sistêmica comerciais.


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Produção de fitoalexinas em cotilédones de soja

Os testes realizados com Trichoderma sp., S. ce- revisiae e S. boulardii neste trabalho mostraram que houve indução de gliceolina nos cotilédones de soja em todos os testes, sendo que quando submeti- dos à concentração 100%, o Trichoderma sp. e S. cerevisiae foram mais eficientes e obtiveram valo- res semelhantes. Esses valores também foram simi- lares à testemunha positiva (Figura 2).

O teste realizado com Trichoderma sp. apresen- tou o efeito dose-dependente com ajuste da equação de 1º grau e R2 para 0,8745, comprovando que a produção de gliceolina aumenta em função da con- centração de células. Para S. boulardii, o efeito in- dutor somente ocorreu nas concentrações 0,5% e 100%, sendo que as outras mostraram resultados semelhantes à testemunha negativa (Figura 2C).


Figura 2 – (A) Produção de gliceolina em cotilédones de soja submetidos a tratamento com Trichoderma sp., (B) Sacharomyces cerevisiae (C) e Sacharomyces boulardii.

O ensaio feito com o óleo de C. citratus Stapf. apresentou efeito dose-dependente, com ajuste da equação de 1º grau e R2 para 0,9049. Dentre todas as concentrações testadas, 7500µg/mL mostrou melhor resultado, com uma indução de fitoalexinas

95,22% maior que a obtida no teste com a menor concentração. Além disso, a maior concentração de óleo de C. citratus Stapf. induziu 82,33% mais fi- toalexinas que à testemunha positiva (Figura 3).

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Figura 3 - Produção de gliceolina em cotilédones de soja submetidos a tratamento com óleo de Cymbopogon citratus Stapf.


Entre todos os eliciadores testados em cotilédo- nes de soja, o que demonstrou melhor efeito de in- dução foi o óleo de C. citratus Stapf.

O óleo de C. citratus Stapf. foi o melhor elicia-

dor em mesocótilos de sorgo, produzindo 73,33% mais flavonoides 3-deoxiantocianidinas que pela metodologia 1 na sua maior concentração.

Muitos trabalhos têm apresentado o potencial de células de leveduras, especialmente Sachamomyces sp., como eliciadoras na indução de fitoalexinas contra fitopatógenos em diversas plantas. Zanardo e seus colaboradores (2009) conseguiram demons- trar que a S. cerevisiae possui frações que podem ser utilizadas para a indução de resistência à antrac- nose, doença causada em pepinos pelo fungo Colle- trotrichum lagenarium .

E estudos voltados para a cultura da cebola tam-

bém mostraram uma moderada redução na severi- dade da doença ferrugem da Botrytis, causada por

Botrytis allii, ao se utilizar a S. cerevisiae como um dos tratamentos. E o mesmo ocasionou um au- mento significativo no teor total de fenol, indicando um correlação com a redução do desenvolvimento de patógenos, já que tais compostos são substancias tóxicas aos patógenos, outra possibilidade é a resis- tência ter sido gerada pela alteração do pH do cito- plasma da célula vegetal, que é alterado com o au- mento do conteúdo fenólico (Khaledi, Taheri, Ta-

righi2015; Hussein et al., 2018).

Em 2010, Stangarlin e seus colaboradores iden- tificaram a levedura S. boulardii e seus derivados como capazes de induzir a produção de fitoalexinas em sorgo e soja. Alguns autores, sugerem também que o fungo Trichoderma sp. é capaz de produzir substâncias voláteis que inibem o crescimento mi- celial de uma diversidade de organismos causado- res de doenças em plantas (Bomfim et al., 2010; Khaledi e Taheri, 2016), o que comprova os nossos

resultados.

Quanto aos óleos essenciais, os que exibiram os melhores resultados em nossa pesquisa, são apre- sentados na literatura como um produto promissor no controle de doenças em várias culturas de plan-

tas (de Souza Ferreira et al., 2018; Fira, Dimkić ,

Berić, Lozo e Stanković, 2018; Borah et al. , 2019; Silva et al., 2019). Apesar das dificuldades

de se testar esse produto no campo e do seu sistema de produção ainda ser limitado, os óleos possuem a vantagem de não oferecer risco à saúde humana e não promover contaminação ambiental (De Souza et al., 2019). Dessa forma, os óleos essenciais são uma alternativa ao uso de agrotóxicos (Amri, Ham- rouni, Hanana, Jamoussi e Lebdi, 2014)

Especificamente o óleo de C. citratus Stapf. é rico em citral e limoneno. DeLima Guimarães e seus colaboradores (2011) confirmaram em seus

estudos, que esses componentes possuem ação fun- gitóxica, corroborando com os resultados obtidos

em nossas análises. Outro estudo comprovou a acentuada atividade antifúngica apresentada pelos óleos voláteis de C. citratus e Matricaria recutita , que quando comparados o óleo essencial do C. ci- tratus Stapf. apresentou melhores resultados para o controle do crescimento micelial de Cladosporium cladosporioides (Dias, Lopes, Pinto, Moura e Nas- cimento, 2010).

Em 2008, Kumar e seus colaboradores apresen- taram resultados que comprovaram a importância da característica hidrofóbica dos óleos essenciais e de seus constituintes na capacidade de interação com a camada lipídica das membranas celulares dos microrganismos. Essa característica é respon- sável por alterações na estrutura das membranas, causando a morte dos fungos (Kumar, Shukla, Singh, Prasad e Dubeyet, 2008).

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Produção de fitoalexinas em mesocótilos de sorgo (metodologia 1)

Os testes realizados com os microrganismos Tri- choderma sp., S. cerevisiae e S. boulardii mostra- ram que todos produzem um efeito indutor, porém mais eficiente do que o causado na soja. Os resul- tados foram relativamente semelhantes para todas

as concentrações de cada microrganismo. Nenhum dos eliciadores foi identificado como dose- depen- dente, porém, para S. cerevisiae e S. boulardii ob- teve-se melhores resultados nas suas maiores con- centrações (Figura 4 ).


Figura 4 - (A) Produção de flavonoides 3-deoxiantocianidinas em mesocótilos de sorgo submetidos a trata- mento com Trichoderma sp., (B) Sacharomyces cerevisiae (C) e Sacharomyces boulardii pela metodologia 1.

Assim como ocorreu nos testes com cotilédones de soja, todas as concentrações do óleo de C. citra- tus Stapf. mostraram efeito indutor, sendo caracte- rizado como dose-dependente, com ajuste da equa- ção de 1º grau e R2 para 0,8272. Na concentração 7500 µg/mL, o óleo de C. citratus Stapf. demons-

trou efeito de indução muito maior que a testemu- nha positiva (Figura 5).

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Figura 5 - Produção de flavonoides 3-deoxiantocianidinas em mesocótilos de sorgo submetidos a tratamento com óleo de Cymbopogon citratus Stapf. pela metodologia 1 .

Produção de fitoalexinas em mesocótilos de sorgo (metodologia 2)

Nos testes com sorgo utilizando a segunda me- todologia, observou-se a ocorrência de efeito indu- tor para os três tratamentos realizados em todas as concentrações. O melhor efeito indutor nesse caso foi o da S. boulardii na concentração 100%, o qual apresentou acúmulo de 57,64% mais fitoalexinas que à testemunha positiva. Apenas o teste feito com

S. boulardii apresentou efeito dose- dependente, com ajusta da equação de 1º grau e R2 para 0,802 (Figura 6).

Em comparação com a metodologia 1, os gráfi- cos gerados para os tratamentos com S. cerevisiae e S. boulardii se comportaram de maneira relativa- mente semelhante, porém, o acúmulo de fitoalexi- nas foi muito maior na metodologia 2 (Figura 6B e C).

Figura 6 - (A) Produção de flavonoides 3-deoxiantocianidinas em mesocótilos de sorgo no tratamento com Trichoderma sp., (B) Sacharomyces cerevisiae (C) e Sacharommyces boulardii pela metodologia 2.


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Para os testes com o óleo essencial, não houve efeito dose-dependente. Todas as concentrações fo- ram capazes de induzir produção de fitoalexinas em sorgo, sendo que a maior concentração apresentou valor 63,08% maior que à testemunha positiva ( Fi- gura 7). Entretanto, os tratamentos com maiores

concentrações (5000 e 7500µg/mL) do óleo de C. citratus Stapf. causaram inibição no crescimento da planta, indicando que essas concentrações são invi- áveis para o controle de patógenos em plantas por causa de sua fitotoxicidade (Figura 8).

Figura 7 - Produção de flavonoides 3-deoxiantocianidinas em mesocótilos de sorgo submetidos a tratamento com óleo de Cymbopogon citratus Stapf. pela metodologia 2 .



Figura 8 - (A) Plântulas de sorgo submetidas à concentração de 5000 e (B) 7500 µg/mL de óleo de Cymbopogon citratus Stapf.

Geralmente, a produção de fitoalexinas em me- socótilos de sorgo ocorre em função do aumento da concentração de células de S. cerevisiae presentes nas preparações. Todavia, Wulff e Pascholati (1999) observaram em seus experimentos que um comportamento não linear ocorreu em resposta ao aumento de concentração das frações parcialmente purificadas da levedura. Apesar desde comporta- mento, foi possível observar que a produção de fi- toalexinas em sorgo é maior na concentração mais alta .

O teste de indução de fitoalexinas em sorgo pela metodologia 2 se mostrou mais eficiente no acú- mulo dessas substâncias. Provavelmente, essa efi- ciência se deve ao fato de que os tratamentos foram aplicados às plântulas em desenvolvimento, fa-

zendo com que elas demonstrassem um comporta- mento mais próximo do que possivelmente ocorre- ria se a aplicação fosse feita no campo. Além disso, fazendo uso dessa metodologia foi possível obser- var o comportamento da planta em relação aos tra- tamentos aplicados, podendo avaliar se o trata- mento seria viável ou não.

CONCLUSÕES

Os eliciadores testados neste trabalho promove- ram o acúmulo de fitoalexinas em cotilédones de soja e mesocótilos de sorgo. O tratamento que mais induziu resistência em ambas as culturas foi o óleo essencial de C. citratus Stapf., porém foi observado uma inibição no crescimento do sorgo submetido à altas concentrações deste óleo na metodologia 2. A

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metodologia 2 para indução de fitoalexinas em sorgo gerou melhores resultados quando compa- rada com a metodologia 1 devido ao grande acú- mulo de flavonoides 3-deoxiantocianidinas e à pos- sibilidade de observação da reação da plântula à cada tratamento.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem o suporte da Universidade Federal do Tocantins na realização da pesquisa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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