Flores, R. A., et al. 50

Vol. 5, N.1: pp. 50-62, February, 201 4 ISSN: 2179-4804

Journal of Biotechnology and Biodiversity

Rilner Alves Flores1*, Leonardo Santos Collier1, Carlos Leandro Rodrigues dos Santos1 , Leandro Rosatto Moda1, Átila Reis da Silva 1

Yield of Andropogon gayanus pasture intercropped with two kinds of legumes, amended with P fertilizer

ABSTRACT

In beef cattle production a viable alternative to reverse the process of pasture degradation and increase food availability for animals is the adoption of consortium between grasses and legumes. The objective of this study was evaluating the dry matter yield of andropogon grass in different ages intercropped with two species of legumes levels of phosphorus fertilization. The experimental design was a randomized block design in a factorial 2x4+1, being the main factor two species of legumes (Calopogonium mucunoides and Stylosanthes guianensis Campo

Grande), the secondary factor, levels of phosphorus (0, 50, 100 , 200 kg ha-1 P2O5) and an additional treatment not syndicated and without phosphorus, with 4 repetitions. The results show that the isolated application of phosphorus improved the biomass yield the andropogon grass in association with legumes, the consortium produced more total biomass than the monoculture and that the levels of P, Ca, Mg and CEC in the soil were greater andropogon grass intercropped with S. guianensis.

Key-words: Calopogonium, Stylosanthes, phosphorus, soil fertility.

Produção de Andropogon gayanus consorciado com espécies leguminosas, adubadas com fósforo

RESUMO

Na bovinocultura de corte uma alternativa viável para reverter os processos de degradação das pastagens e aumentar a disponibilidade de alimentos para os animais é a adoção do consórcio entre gramíneas e leguminosas. Objetivou-se nesse estudo avaliar o rendimento de matéria seca de capim andropógon em diferentes idades, consorciadas duas espécies de leguminosas sob níveis de adubação fosfatada. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso em esquema fatorial 2 x 4 +1, sendo o fator principal duas espécies de leguminosas (Calopogonium mucunoides e Stylosanthes guianensis cv. Campo Grande), o fator secundário, doses de fósforo (0, 50, 100, 200 kg ha-1 de P2O5) e um tratamento adicional não consorciado e sem adubação fosfatada, com 4 repetições. Os resultados mostram que a aplicação isolada de fósforo melhorou o rendimento de biomassa no capim andropógon consorciado com as leguminosas, que o plantio consorciado de andropógon produziu mais biomassa total que o monocultivo e que os teores de P, Ca2+, Mg2+ e CTC no solo foram maiores no consócio de capim andropógon com estilosantes. Palavras-chave: Calopogonium, Stylosanthes, fósforo, fertilidade do solo.

*Autor para correspondência.

1Departamento de Agronomia;Universidade Federal de Goias; Goiãnia - GO - Brasil, rilner1@hotmail.com; J. Biotec. Biodivers. v. 5, N.1: pp. 50-62, Fev. 2014

https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v5n1.flores

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INTRODUÇÃO

A pecuária de corte é uma atividade de grande importância para a economia do estado do Tocantins. Contudo, cerca de 70-80% das pastagens do Brasil Central encontram-se em algum estágio de degradação (Marchão et al., 2007), o que causa redução da produtividade animal. Além disso, um dos principais fatores limitantes da produção nessa região é a deficiência de fósforo aliada à alta capacidade de fixação deste nutriente ao solo (Fernandes e Muraoka, 2002).

Uma alternativa viável para reverter os processos de degradação e aumentar a massa de forragem para os animais nessa região é a adoção do consórcio entre gramíneas e leguminosas que visa formar pastagem de melhor qualidade nutricional e utilizar melhor os nutrientes do solo com sistemas radiculares diferentes contribuindo, desse modo, para o manejo racional das áreas produtivas (Silva e Saliba, 2007).

A introdução de leguminosas forrageiras tropicais consorciadas com pastagens pode fixar de 2 a 183 kg ha-1 ano-1 de N, sendo que a FBN responde por 70 a 94% do N existente na parte aérea (Barcellos et al., 2008). Ainda, promovem a acidificação do solo na região da rizosfera, facilitando a solubilização do fósforo, causado pela grande absorção de cátions em relação a ânions com

consequente excreção de H+ (Arcand et al., 2006), e por exsudação de ácidos orgânicos pelas raízes (Chien et al., 2003). Como consequência, o

aumento na concentração de H+ e diminuição do teor de Ca próximo ao fertilizante aplicado favorece a reação de dissolução (Schoninger, 2011) e, com isso, aumenta a absorção do fósforo pela cultura.

O capim andropógon (Andropogon gayanus Kunth cv. Planaltina) é uma espécie forrageira utilizada em diferentes localidades do Brasil, é tolerante a pragas, adaptada a regiões secas, tem alta palatabilidade e potencial em produzir matéria seca em solos arenosos (Veras et al., 2010), em solos ácidos e de baixa fertilidade (Sousa e Lobato, 2004).

A deficiência de fósforo na região dos Cerrados pode ser suprida com a aplicação de adubos

fosfatados. Estudos mostraram que plantas de capim andropógon respondem positivamente a adubação com fósforo, aumentando a produção de matéria seca (Souza et al., 2000; Carneiro et al., 2007), assim como relatado em estudos com outros capins (Ramos et al., 1997; Santos et al. 2002; Moreira et al., 2006). Porém há necessidade atual de estudos que avaliem o estabelecimento de doses ótimas de P em pastagens consorciadas com leguminosas na região dos cerrados.

Dentre as espécies de leguminosas testadas em consórcio, o calopogônio ( Calopogonium mucunoides Desv.) é uma das utilizadas em maior área na região do Cerrado, com boa adaptação a solos arenosos e de pH baixo, porém, seu manejo deve ser cuidadoso (Souza Filho et al., 2003). Contudo pesquisas realizadas com estilosantes (Stylosanthes guianensis Aubl. Sw.) indicaram excelente adaptação da leguminosa às condições edafoclimáticas da região (Embrapa, 1993). Resultados observados por Flores et al. (2007) mostraram que o plantio consorciado de andropógon com o estilosantes ou calopogônio produziu maior volume total de biomassa que o cultivo solteiro, resultando em menor custo para a suplementação alimentar. Paciullo et al. (2003), estudando o consórcio de pastagem de braquiária com estilosantes observaram resultados semelhantes, confirmando a superioridade do consórcio em relação ao monocultivo do capim. Diante disso, esta pesquisa objetivou avaliar o rendimento de matéria seca do capim andropógon e a fertilidade do solo sob pastagens de A. gayanus cv. Planaltina de diferentes idades, consorciadas com Stylosanthes guianensis cv. Campo Grande e Calopogonium mucunoides sob níveis de adubação fosfatada.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido na Universidade Federal do Tocantins, campus de Gurupi, durante a safra 2003/2004. Na Figura 1 são apresentados os dados climáticos do município de Gurupi durante todo o período de condução do estudo com o capim andropógon.

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500

400

300

200

100

0

Gurupi-TO

30

28

26

24

22

20

Precipitação Temperatura

Figura 1 - Índices pluviométricos e temperatura média no período de condução dos estudos com o capim andropógon na região de Gurupi-TO.

A amostragem de solo da área foi feita na profundidade de 0 a 20 cm, sendo as amostras analisadas conforme metodologia descrita em Embrapa (1997), apresentando as seguintes propriedades químicas: pH em CaCl2 = 5,0; M.O.=

27 g dm-3; P (Mehlich-1) = 1,8 mg dm-3; K+ = 0,23 cmolc.dm-3; Ca2+ = 1,9 cmolc.dm-3; Mg2+ = 0,9 cmolc.dm-3; H+ + Al3+ = 2,0 cmolc.dm-3; CTC = 5,03 cmolc.dm-3 e V = 60,24%. O solo da área

experimental era um Plintossolo Pétrico concrecionário (Embrapa, 2006), com menos de 25% de argila na camada mecanizada para o estabelecimento das forragens.

O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso em esquema fatorial 2 x 4 +1, sendo o fator principal as duas espécies de leguminosas (Calopogonium mucunoides e Stylosanthes guianensis cv. Campo Grande), o fator secundário, diferentes doses de fósforo (0,

50, 100, 200 kg ha-1 de P2O5) e um tratamento adicional não consorciado e sem adubação fosfatada, com 4 repetições. Cada parcela tinha uma área de 12 m2 (4 x 3 m).

A adubação fosfatada foi realizada na forma de superfosfato triplo juntamente com a semeadura da forrageira, no início de novembro de 2003, feita a lanço. A semeadura da forrageira foi realizada utilizando a densidade de plantio recomendada de

12 kg ha-1 de sementes viáveis de capim andropógon (A. gayanus cv. Planaltina) (valor cultural = 100%). Juntamente com as sementes de andropógon foram introduzidos às sementes de estilosantes (S. guianensis) na densidade de 1,0 a

1,5 kg ha-1 e as sementes de calopogônio ( C. mucunoides) na densidade de 2,0 kg ha-1, sendo

previamente promovida a quebra da dormência com água quente (75º C) por 3 minutos.

A adubação de cobertura foi parcelada em duas aplicações, sendo a primeira aos 50 dias a segunda aos 100 dias após a germinação, respectivamente,

utilizando no total 60 kg ha-1 de N, 50 kg ha-1 K2 O e 30 kg ha-1 de S em todos os tratamentos

adaptando as recomendações de Cantarutti et al. (1999) e utilizando para isto o cloreto de potássio, e uréia e sulfato de amônio para fornecimento do S. Adubação nitrogenada foi proposta mesmo no sistema de consórcio devido a natureza do solo muito cascalhento e com baixos níveis de matéria orgânica, evitando deficiência de N.

A produção de matéria seca foi avaliada aos 90 e 145 dias após a germinação, através do corte aleatório do capim a altura de 25 cm, com o auxílio de um quadrado metálico, com área de 0,25 m2. Os materiais colhidos foram pesados para determinação da produção de matéria verde, e, posteriormente foi submetido à secagem em estufa de circulação forçada a 65°C durante 72 hs para a determinação da produção de matéria seca. O corte foi realizado no momento que o capim atinge uma altura de 80 cm e devido a uma simulação de pastejo o corte é realizado até a altura de 25 cm garantindo a rebrota dos perfilhos (Fonseca e Martuscello, 2010).

Com o início do período seco (início do mês de junho) foi amostrado o solo na camada de 0-20 cm de profundidade para o acompanhamento do balanço de nutrientes, sendo as amostras analisadas conforme metodologia descrita em Embrapa (1997). Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, pelo teste F,

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com desdobramento do grau de liberdade de tratamentos ortogonais. A análise de regressão polinomial em todos os resultados obtidos das variáveis foi realizada com o auxílio do pacote estatístico AgroEstat (Barbosa e Maldonado Jr., 2012).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O tipo de espécie de leguminosas empregada no consórcio (calopogônio ou estilosantes) não alterou a produção de capim andropógon (Tabela 1) nas duas épocas de corte e na soma dos cortes. Observou-se que a aplicação de diferentes doses de P2O5, independente do tipo de consórcio,

influenciou a produção de matéria seca e que os fatores consórcio e doses não atuaram conjuntamente sobre a produção pela ausência de interação significativa entre essas duas fontes de variação.

Nota-se também que, o consórcio, independente do tipo, promoveu maior produção de matéria seca acumulada em relação ao monocultivo de capim andropógon (tratamento SC). Vale lembrar que, a produção média de matéria seca da forrageira foi calculada a partir da média de todos os tratamentos consorciados, enquanto que o tratamento adicional (SC) foi realizado com o monocultivo do capim andropógon e sem adubação fosfatada (Tabela 1), sugerindo que o consórcio é benéfico ao cultivo. Resultados semelhantes foram observados por Flores et al. (2007), ao estudarem calopogônio e estilosantes consorciados com capim andropógon. Paciullo et al. (2003) também confirmaram a superioridade do consórcio de braquiária com

estilosantes em relação ao monocultivo, tanto na produção como na qualidade da pastagem.

A maior produtividade de matéria seca com o aumento das doses de P (Figuras 2 e 3) observada na média do tratamento consorciado justifica-se pelo aumento da absorção de P devido a uma maior solubilização do P pelas alterações que ocorrem na rizosfera como a exsudação de ácidos orgânicos pelas raízes (Li et al. 2008). Um efeito da fixação biológica de nitrogênio como relatado por Paulino e Paulino (2003), é menos provável na fase inicial dessas forrageiras, mas não pode ser descartado como explicam Cruz e Martins (1997). As doses de P2O5 aplicadas incrementaram a

produção de matéria seca do capim andropógon consorciado com as duas espécies de leguminosa com ajuste linear no primeiro corte (Figura 2), sendo as máximas produções de matéria seca de

7,70 para o estilosantes e 8,31 Mg ha-1 para o

calopogônio, obtidas ao aplicar a maior dose de 200 kg ha-1 de P2O5 .

A aplicação de fósforo promoveu incremento na produção de matéria seca do capim andropógon no segundo corte avaliado, tanto com o consórcio de calopogônio e estilosantes, a qual atingiu 6,9 e 6,5

Mg ha-1 com o uso das doses de 200 e 175 kg ha -1

de P2O5, respectivamente (Figura 3). Principalmente para a avaliação da matéria seca do segundo corte (Figura 2) percebe-se que o consórcio do capim com o estilosantes responde a doses menores de P. Nesse caso pode ocorrer uma competição da leguminosa com a gramínea pelo P ou a dose máxima de P pode comprometer aproveitamento de absorção de outros nutrientes.

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Tabela 1. Produção de matéria seca de capim andropógon em função do tipo de consórcio e das doses de fósforo aplicadas na safra de 2003/2004, município de Gurupi-TO.

Tratamentos 1º Corte 2º Corte Acumulada

Consórcio (C) ---------------------------------Mg ha-1 ------------------------------

Calopogônio 6,60 a 5,16 a 11,75 a

Estilosantes 6,43 a 5,24 a 11,66 a

F 0,13ns 0,12ns 0,02 ns

Doses de P2O5 (D) F

7,92**

29,99**

20,54**

Interação C x D F

0,17 ns

0,70 ns

0,46 ns

Calopogônio (RL) 12,30** 50,66** 33,47**

Calopogônio (RQ) 1,16ns 1,44ns 1,88 ns

Estilosantes (RL) 6,81* 31,19** 19,57**

Estilosantes (RQ) 2,37ns 6,59* 5,34*

Adicional vs. Fatorial Adicional (SC + 0 de P2O5 )

4,51 b

4,14 b

9,37 b

Fatorial 6,51 a 5,20 a 11,71 a

F 8,76** 9,48** 7,89**

C.V. 20,34 12,70 13,71

RL = regressão linear; RQ = regressão quadrática; SC = sem consórcio; ns, * e ** - não significativo a 5% e significativo ao nível de 5 e 1% de probabilidade, na coluna, respectivamente.

8.500 7.500 6.500 5.500

4.500

Calopogônio Estilosantes

y = 11,296x + 5444,9; R² = 0,69; F = 6,81* y = 15,176x + 5268,7; R² = 0,85; F = 12,3**

0 50 100 150 200

Doses de P2O5 (kg ha-1 )

Figura 2 - Produção de matéria seca no 1º corte de capim andropógon em função do tipo de consórcio e de doses de fósforo, município de Gurupi-TO, **, * - significativo ao nível de 1% e 5% de probabilidade pelo teste F.

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7.000 6.000 5.000 4.000 3.000

Calopogônio Estilosantes

y = 15,52x +3799,3; R² =0,95; F = 50,66**

y = -0,0934x2 +31,53x+3703; R² = 0,97; F = 6,59*

0 50 100 150 200

Doses de P2O5 (kg ha-1 )

Figura 3 - Produção de matéria seca no 2º corte de capim andropógon em função do tipo de consórcio e de doses de fósforo, município de Gurupi-TO, **, * - significativo ao nível de 1% e 5% de probabilidade pelo teste F.

No somatório dos cortes (Figura 4) os melhores ajustes da produção do capim andropógon consorciado também foi quadrático com um ponto

de máxima produção (14,0 Mg ha-1) na dose de

165 kg ha-1 de P2O5 e linear com a máxima produção, 15,2 Mg ha-1, obtida com a maior dose

aplicada (200 kg ha-1 de P2O5). Nota-se que, mesmo não sendo significativa, ao nível de 5% de probabilidade pelo teste F, a interação entre leguminosas e doses de fósforo (C x D) para a produção de matéria seca de capim andropógon, após o estudo da regressão polinomial, observou-

se que nas épocas de amostragem houve ajustes significativos.

O aumento do rendimento de biomassa está relacionado com a melhora na nutrição de P, pois o elemento está diretamente envolvido na geração e na transferência de energia para os processos bioquímicos nos vegetais (Prado, 2008), e assim como outros capins (Ramos et al., 1997; Santos et al., 2002; Moreira et al., 2006) as plantas de andropógon responderam positivamente a adubação com fósforo (Souza et al., 2004; Carneiro et al., 2007).

14.000 12.000 10.000

8.000

Calopogônio Estilosantes

y = 30,697x + 9067,8; R² = 0,91; F = 33,47**

y = -0,2047x2 + 65,871x + 8591,5; R² = 0,95; F = 5,34*

0 50 100 150 200

Doses de P2O5 (kg ha-1 )

Figura 4 - Produção de matéria seca acumulada de dois cortes de capim andropógon em função do tipo de consórcio e de doses de fósforo, município de Gurupi-TO, **, * - significativo ao nível de 1% e 5% de probabilidade pelo teste F

A resposta de incremento de matéria seca das figuras 2, 3 e 4 permitem afirmar que a presença

da leguminosa no consórcio não limitou o incremento de produtividade de matéria seca do

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capim e que esse crescimento seria melhor na presença do calopogônio dentro do período avaliado.

De modo geral, os resultados da análise química do solo coletado ao final do segundo corte do capim andropógon demonstraram que os teores de

P, Ca2+, Mg2+ e da CTC foram influenciados pelo tipo de consórcio (Tabela 2), sendo que o consórcio com o calopogônio apresentou teores menores do que o consorciado com o estilosantes. Martuscello et al. (2011) não observaram diferença estatística para a produção de massa seca entre as duas leguminosas, porém, observaram que houve uma superioridade na produção de 21,4%, indicando a possibilidade de situações onde a cultura do calopogônio tenha maior acúmulo de matéria seca em relação ao estilosantes.

As diferentes doses de P2O5 em solo cultivado com o capim não influenciaram os teores de MO e nem a CTC do solo (Tabela 2). Os fatores consórcio e doses atuaram de maneira conjunta apenas no teor de P no solo (P<0,05). Porém, esses resultados não permitem afirmar que isso é uma tendência com o uso de forragens consorciadas, principalmente, devido ao tempo de observação realizado neste estudo não permitir avaliar o que acontece com os

resíduos que se encontram no solo no período seco após o reinício das chuvas, ou seja, se será retomado o processo de transformação em matéria orgânica do solo com reinício do período chuvoso. Ainda, resultados obtidos por Loss et al. (2011) apontam que, a longo prazo, os teores de matéria orgânica e, consequentemente, da CTC do solo, é levemente aumentada em sistemas de integração lavoura-pecuária, juntamente com o sistema de plantio direto em comparação com área de cerrado natural, o que pode ser um indicativo de que sistemas de pastagens consorciadas também podem favorecer esse aumento da MO e da CTC do solo.

Quanto ao solo oriundo do tratamento adicional

(sem consórcio e sem P2O5), observaram-se menores teores de P e de K+ quando comparado

aos tratamentos consorciados (calculado a partir da média de todos os tratamentos consorciados) (Tabela 2), sugerindo que o consórcio pode ter proporcionado aumento da disponibilidade desses nutrientes no solo. Canellas et al. (2004) verificam que a formação de ligações di-éster fosfato na camada superficial do solo cultivado com leguminosas esteve relacionado com o aumento de P disponível.

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Tabela 2. Análise química do solo realizado ao final do segundo corte do capim andropógon em função do tipo de consórcio e das doses de fósforo aplicadas na safra de 2003/2004, município de Gurupi-TO

Tratamentos pH M.O. P K Ca Mg H+Al CTC

Consórcio (C)

CaCl

2

g dm-3 mg dm -3

------------------mmolc dm-3 -------------------

Calopogônio 5,3 a 15,2 a 1,5 b 0,07 a 3,1 b 1,4 b 3,3 a 7,6 b

Estilosantes 5,4 a 16,9 a 2,2 a 0,07 a 3,4 a 1,6 a 3,3 a 8,2 a

F 0,5ns 3,3ns 64,2** 3,2ns 6,5* 14,2** 0,3ns 6,8*

Doses de P2O5 (D) F

5,6** 2,7ns 32,2**

8,5**

3,8*

6,4** 5,2**

2,2 ns

Interação C x D F

0,2ns 1,2 ns

10,1** 0,9 ns

0,2ns 0,7 ns

2,0 ns

0,1 ns

Calopogônio (RL)

3,76 n s

1,01ns 9,24** 4,59*

6,17* 4,51* 1,40ns 2,84 ns

Calopogônio (RQ) 5,85* 2,30ns 1,29ns 1,29ns 0,08ns 0,02ns 0,10ns 0,34 ns

Estilosantes (RL)

1,43 n s

3,15ns 106,21* *

20,02** 3,80ns 16,44** 7,63*

2,87 ns

Estilosantes (RQ) 4,68* 1,84ns 7,68* 2,18ns 1,46ns 0,18ns 9,87** 0,63 ns

Adicional vs. Fatorial

Adicional (SC + 0 de P2O5) 5,5 15,7

1,2

0,05

3,0

1,3

3,1

7,5

Fatorial 5,4 16,1 1,9 0,07 3,3 1,5 3,3 7,9

F 1,6ns 0,1ns 22,1** 10,8** 2,8ns 3,2ns 2,1ns 1,8 ns

C.V. 3,81 15,74 14,08 15,11 10,48 8,98 8,53 7,87

RL = regressão linear; RQ = regressão quadrática; SC = sem consórcio; ns, * e ** - não significativo a 5% e significativo ao nível de 5 e 1% de probabilidade, na coluna, respectivamente.

As doses de P2O5 aplicadas incrementaram o teor P no solo com ajuste quadrático para o consórcio com estilosantes e linear para calopogônio (Figura 5A). Os teores máximos de P observados no solo

foram de 3,08 e 1,8 mg dm-3 para o solo cultivado

com andropógon e estilosantes adubado com 212,5 kg ha-1 de P2O5 (valor obtido a partir da equação

quadrática referente aos dados da Figura 5A) e calopogônio adubado com 200 kg ha-1 de P2O 5

respectivamente. Sugerindo que o consórcio com calopogônio promoveu maior retirada de P do solo para os cultivos, com menor reciclagem no período avaliado. Quanto à interação do tipo de consórcio e doses de P2O5, constatou-se significância estatística e, verificou-se que o teor de P obtidos na amostra de solo foi dependente do tipo de consórcio e dose de P2O5 aplicada na área (Figura 5A).

No caso do K, a presença da leguminosa pode estar facilitando o estabelecimento das gramíneas, e até mesmo no sistema radicular, facilitando

maior mobilização de K. Embora com o aumento da produção de forragem sugere maior demanda por K, pode estar ocorrendo maior reciclagem de nutriente com a decomposição dos resíduos vegetais da gramínea e da leguminosa favorecendo o maior aporte de K para o solo, contribuindo para o aumento da produção de matéria seca da forrageira.

Avaliando o desdobramento da interação entre os níveis de adubação fosfatada e o uso das leguminosas em consórcio com o capim (Tabela 2) percebe-se que as leguminosas promoveram um aumento nos níveis de K trocável no solo, de forma linear de acordo com o incremento da adubação fosfatada (Figura 5B). Embora os dados sejam significativos e a presença do estilosantes manteve um incremento nos níveis de K maior do que o calopogônio com o aumento da adubação (Figura 5B), estes níveis ainda são baixos pensando no estabelecimento da gramínea a prazo

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maior (Cantarutti, 1999; Martha Júnior et al., 2007).

C

5,6

Calopogônio

y = 0,000025x2 - 0,0044x + 5,44; R² = 0,96; F = 4,68*

A

B

40

35

30

25

20

15

10

0

35

30

25

20

15

y = -0,0004x2 + 0,172x + 12,7; R² = 0,99; F = 7,68*

Calopogônoio

y = 0,0263x + 12,95; R² = 0,80; F = 9,24**

Estilosantes

50 100 150 200

Doses de P2O5 (kg ha-1 )

y = 0,0611x + 20,9; R² = 0,90; F = 20,02**

Calopogônio

y = 0,0293x + 26,25; R² = 0,76; F = 4,59*

Estilosantes

D

5,5

5,4

5,3

5,2

5,1

20

18

16

14

12

10

0

Estilosantes

y = 0,0000279x2 - 0,0044x + 5,3598; R² = 0,87; F = 5,85*

50 100 150 Doses de P2O5 (kg ha-1 )

Calopogônio y = 16,875

Estilosantes y = 15,25

200

0 50 100 150 200 0 50 100 150 200

Doses de P2O5 (kg ha-1) Doses de P2O5 (kg ha-1 )

Figura 5 - Valores de P (A), de K+ (B), de pH em CaCl2 (C) e de teores de matéria orgânica (D) após o segundo corte do capim andropógon em função do tipo de consórcio e de doses de fósforo, município de Gurupi-TO. **, * - significativo ao nível de 1% e 5% de probabilidade pelo teste F.

O pH do solo alterou-se de forma quadrática com a não foram afetados pela aplicação das doses de

aplicação das doses de P2O5 tanto no capim fósforo nos tratamentos consorciados,

andropógon consorciado com estilosantes, como no calopogônio, sendo observado um ponto mínimo (5,2 e 5,16) nas doses 100 e 67 kg ha-1 de P2O5, respectivamente (Figura 5C), indicando que o estilosantes pode ter promovido acidificação da rizosfera sob doses de P mais elevadas. A inversão de tendência de acidificação observada na figura 5C ocorreu da mesma forma para as duas espécies, com a dose máxima de P2O5, o que pode ser explicado por troca de ligantes onde o ânion

H2PO4-2 desloca OH- dos coloides minerais e orgânicos para solução do solo (Novais et al., 2007). Outro mecanismo que pode explicar este comportamento é uma maior absorção de ânions do que de cátions, o que leva principalmente as

gramíneas a equilibrar isso com exsudação de OH -

ocorrendo um ligeira elevação do pH (Sousa et al., 2007). Nota-se ainda que, os teores de MO do solo

apresentando valores médios de 16,87 e 15,25 g kg-1 para o capim consorciado com calopogônio e

estilosantes, respectivamente (Figura 5D).

Quando se observa a alteração na fertilidade do

solo entre as duas leguminosas empregadas, em relação aos teores de Ca2+ e Mg2+ (Figura 6 A e B),

nota-se que o consórcio com estilosantes demostrou maior incremento nos teores em relação ao capim consorciado com calopogônio, embora o capim consorciado com estilosantes tenha uma menor resposta a adubação fosfatada em produção de matéria seca (Figura 4). Esse resultado pode ser explicado por uma menor extração desses nutrientes do solo pelo estilosantes, e também com menor demanda do capim por N, provocando menor acidificação. Da mesma foram que foi argumentado para o K+ trocável, um aporte de biomassa seca sob o solo pode estar já facilitando a

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Flores, R. A., et al. 59

reciclagem de Ca2+ e Mg2+, uma vez que, as leguminosas têm uma exigência de Ca2+ e Mg 2+

superior a gramíneas e posteriormente retornam ao solo com a decomposição da biomassa. Considerando que o estilosantes é uma espécie de crescimento mais lento do que o calopogônio, a extração de bases trocáveis também pode ser

D

850

820

790

760

menor. Os efeitos da adubação fosfatada nos níveis de Ca2+ e Mg2+ são indiretos por afetar o

desenvolvimento das espécies estudadas e sua demanda pelos nutrientes.

730

700

0

50

Estilosantes Calopogônio

100

y = 762,75 y = 819,75

150 200

A 38 36

34

32

30

28

Estilosantes

y = 0,0286x + 28,75; R² = 0,94; F = 6,17* Calopogônio

y = 34,31

Doses de P2O5 (kg ha-1 )

Figura 6 - Teores de Ca (A), de Mg (B), de H+Al (C) e CTC do solo (D) após o segundo corte do capim andropógon em função do tipo de consórcio e de doses de fósforo, município de Gurupi-TO, **, * - significativo ao nível de 1% e 5% de probabilidade pelo teste F.

Nascimento et al. (2003) relataram efeitos de

leguminosas, dentre elas o calopogônio, na elevação principalmente dos teores K+ e Mg2+ em

0

50

100

150

200

solo degradado. No mesmo estudo os autores atribuem diminuição da acidez do solo devido à

Doses de P2O5 (kg ha-1) introdução de leguminosas, fato não observado no

B

18

16

14

presente estudo.

Embora não se espere alterações na fertilidade do solo em curtos intervalos de tempo devido a tratamentos de adubação e plantas de cobertura, a região de estudo que possui precipitação elevada concentrada em curto período de tempo e

12

10

0

y = 0,018x + 14,05; R² = 0,99; F = 16,44**

Calopogônio

y = 0,0094x + 13,05; R² = 0,94; F = 4,51*

Estilosantes

50 100 150 200

Doses de P2O5 (kg ha-1 )

temperaturas elevadas, o que pode interferir na dinâmica de alguns elementos no período de tempo estudado. Nos estudos realizados por Collier et al. (2011) com resíduos de gramíneas e leguminosas nas condições do estado do Tocantins, comprovam decomposição muito

C 37 35

33

31

29

27

0

y = 32,62

Estilosantes

y = -0,0005x2 + 0,1282x + 28,384; R² = 0,87; F = 9,87** Calopogônio

50 100 150 200

Doses de P2O5 (kg ha-1 )

rápida levando a alterações nos elementos do complexo de troca do solo.

Para o solo provindo do consórcio de andropógon com calopogônio não se observou variação do H+Al com a aplicação de doses crescentes de P2O5, porém, no solo oriundo do consórcio com estilosantes observou-se elevação dos de teores de H+Al com ajuste quadrático, apresentando um

ponto máximo (3,64 cmolc dm-3) na dose de 130 kg ha-1 de P2O5 (Figura 6C). Este resultado tem a mesma explicação apresentada para os níveis de

matéria orgânica encontrados com o estilosantes. Uma maior matéria seca neste tratamento e sua transformação de resíduos em matéria orgânica

gera íons H+, que ligados aos compostos orgânicos

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Flores, R. A., et al. 60

gerados não implicam imediatamente em redução do pH.

A CTC total (Figura 6D) mostra que não houve efeito para as doses de adubação fosfatada, mas os solos sob cultivo com estilosantes superaram aqueles com calopogônio. O comportamento da espécie com aporte maior de biomassa poderia contribuir para maior quantidade de resíduos orgânicos sobre o solo aumentando a CTC.

CONCLUSÕES

A aplicação isolada de fósforo melhora o rendimento de biomassa no capim andropógon consorciado com estilosantes ou calopogônio.

O plantio consorciado de andropógon com estilosantes ou calopogônio com adubação produz mais biomassa total que o monocultivo.

Os teores de P, Ca2+, Mg2+ e CTC no solo foram maiores no consócio de capim andropógon com estilosantes.

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Recebido: 28/07/2013 Received: 07/28/2013

Aprovado: 10/11/2013 Approved: 11/10/2013

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