Santos, M. R A., et al.
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J. Biotec. Biodivers. v. 5, N.1: pp. 12-19, Fev. 2014
polipropileno contendo substrato Plantmax em casa de vegetação.
O experimento foi conduzido em esquema fatorial 3x2 composto por três estádios de desenvolvimento de explantes de C . canephora , combinado com dois níveis de sombreamento para aclimatização. Os estádios de desenvolvimento foram: 1- torpedo (alongamento do embrião, com ausência de cotilédones); 2- germinadas (apresentando cotilédones sem a presença de raízes) e 3- plântulas (apresentando cotilédones e raízes). Todas estas estruturas apresentavam de 3 a 8 mm de comprimento. Os níveis de sombreamento foram 30 e 50%. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com três repetições de cinco plantas.
Utilizou-se um explante por célula da bandeja, totalizando 90 explantes, mantidas em casa de vegetação. A irrigação foi feita por aspersão, às 07:30, 09:30, 11:30, 13:30, 15:30 e 17:30 horas, com duração de 15 minutos. Foram registradas temperaturas médias mínimas e máximas de 22 e 32ºC, respectivamente.
As avaliações foram realizadas a cada sete dias após a instalação do experimento, durante 28 dias, por meio dos seguintes parâmetros: sobrevivência, altura da planta (medida da base do caule até o ponto mais alto das folhas), número de folhas e peso fresco. No início e a cada sete dias, durante 28 dias após a instalação do experimento, as plantas tiveram seus pesos frescos determinados por meio de balança analítica e a altura da planta por auxílio de um paquímetro.
Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey, a 5%, utilizando-se o software Bioestat 5.0.
Experimento 2 - Períodos de Aclimatização Após 28 dias do experimento 1, os resultados indicaram que o estádio de desenvolvimento plântula teve maior desempenho e que suportaram estresse inicial, bem como apresentaram as melhores condições fisiológicas. Por isso, o estádio de plântula foi escolhido para compor o
experimento 2. Neste experimento, 90 mudas do estádio plântula obtidas in vitro e que apresentavam raízes vigorosas foram transplantadas individualmente para bandejas de polipropileno contendo o substrato Plantmax em sombreamento de 50%. Os tratamentos foram 30, 45 e 60 dias de aclimatização, após os quais, 30 mudas, a cada período avaliado, foram transferidas para sacos plásticos de cinco litros contendo substrato recomendado para produção de mudas de café canéfora (Marcolan et al., 2009). Estas sacolas foram mantidas em condições de campo. Os parâmetros avaliados foram: sobrevivência, comprimento da planta (da extremidade da raiz ao ápice da planta), número de folhas, razão peso inicial e final, obtidos aos 90 dias após a implantação do experimento no início da aclimatização. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com seis repetições de cinco plantas.
A razão peso final/peso inicial, comprimento final/comprimento inicial e número de folhas final/inicial foram calculados pela seguinte fórmula:
RDF/DI= DF – DI x 100
DI
Em que:
RDF/DI: Razão entre a determinação final e a determinação inicial
DF: Determinação final
DI: Determinação inicial
Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey, a 5%, utilizando-se o software BioEstat 5.0.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Experimento 1
O sombreamento de 50% resultou em taxas de sobrevivência superiores às observadas no sombreamento 30%, provavelmente devido à maior perda de água por transpiração e evaporação neste último (Tabela 1).