Capone, A. et al. 13

Vol. 3, N. 3: pp. 13-23, August 2012 ISSN: 2179- 4804

Journal of Biotechnology and Biodiversity

Desempenho agronômico de cultivares de girassol no sul do Estado Tocantins

Agronomic performance of cultivars sunflower in the South Part of Tocantins

Aristóteles Capone1*, Elonha Rodrigues dos Santos1, Emerson Castro Ferraz1, Adão Felipe dos Santos1, Juara Leme de Oliveira1 e Hélio Bandeira Barros 1

1Departamento de Agronomia; Universidade Federal do Tocantins; 77402-970; Gurupi - TO - Brasil.

ABSTRACT

The cultivation of sunflower (Helianthus annuus L.) can be conducted in various times and locations during the crop year. In state of Tocantins the culture can be explored in crop in cerrado region and in intercrop in sub- irrigated lowland. The objective of this study was to evaluate the effect of swing times in Gurupi-TO and Formoso of Araguaia-TO, with five cultivars sunflower. It was installed four times in Gurupi-TO and one in Formoso-TO. The experimental design was randomized blocks, with 25 treatments and three replications. The was five times: EP1(24/11/2008), EP2(01/12/2008), EP3(18 / 12/2008) and EP4(12/30/2008) in Gurupi-TO and Formoso (07/04/2009) in Formoso do Araguaia-TO, with five cultivars: H250, H251, H358, H360 and H884. There was significant interaction between times and cultivars for the traits: flowering, plant height, normal achene, weight of thousand achene, hectolitre weight and productivity of achenes. In Gurupi-TO, there was a negative influence for all the avaluated traits as the sowings were delayed, It accurred because of the incidence of Alternaria helianthi.

Productivity close to 3000 kg ha-1 was obtained in Gurupi (EP1) and the intercrop in Formoso do Araguaia. The most productive cultivars were the H251 and H358, when cultivated in EP1 and EP5.

Key-words: Cerrado, Helianthus annuus L, lowland

INTRODUÇÃO

O girassol (Helianthus annuus L.) é tradicionalmente considerado como uma cultura de grande plasticidade, desenvolvendo-se bem em regiões de clima temperado, subtropical e tropical (Barini et al., 1995). Apresenta características agronômicas importantes, como maior tolerância à seca, ao frio e ao calor, quando comparado com a maioria das espécies cultivadas no Brasil, suas sementes podem ser utilizadas para a fabricação de ração animal e para a extração de óleo, que é de alta qualidade para consumo humano, ou como matéria-prima para a produção de biodiesel (Leite et al., 2005).

Seu óleo possui características culinárias e nutricionais valiosas, é uma excelente fonte de ácido linoléico (Castiglioni e Oliveira, 2005). Servem como alimento funcional tanto para

humanos, quanto ruminantes, suínos e aves, além disso, pode ser utilizada para silagem como opção forrageira. Também está despertando grande interesse a nível mundial, por representar uma alternativa de mercado na produção de matéria- prima para obtenção de bicombustíveis (Villalba, 2008).

No mundo, o girassol destaca-se como a quinta oleaginosa em produção de grãos e a quarta em produção de óleo. Os maiores produtores são: Ucrânia, Rússia, União Européia e Argentina (USDA, 2010).

No Brasil o girassol apresenta-se como cultura promissora, devido sua ampla adaptação e excelente qualidade do óleo (ótima fonte de ácido linolênico (ômega-3) e ácido linoléico (ômega- 6). A cultura ocupa área de cultivo restrita, sendo que dos 60.800 hectares cultivados na safra 2010/2011

_______________________________________________

Author for correspondence: aristotelescapone@hotmail.com

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https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v3n3.capone

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aproximadamente 57.900 hectares foram cultivados no Centro Sul e apenas 2.900 hectares cultivados na região Nordeste, observa-se também uma diminuição da área plantada de 10.200 hectares da safra 2009/2010 para 2010/2011 (CONAB, 2011).

Um dos fatores que contribuem para esse baixo cultivo de girassol são as poucas informações disponíveis sobre cultivares adaptados e épocas de semeadura apropriadas para as diferentes regiõe s do país. Épocas de semeadura é considerado um dos principais fatores de sucesso para a cultura do girassol. Para Castro et al., (1997), a época ideal é aquela em que as exigências das plantas são atendidas, nas diferentes fases de desenvolvimento, reduzindo os riscos ocasionados por flutuações climáticas, principalmente por uma distribuição irregular das chuvas, os conhecidos veranicos e o aparecimento de doenças, especialmente após o florescimento assegurando assim boa produtividade. No Brasil grande par te territorial é considerada apta para o cultivo do girassol, por apresentar condições climáticas favoráveis ao seu desenvolvimento.

A escolha da época de plantio para cada região de cultivo é uma estratégia fundamental para reduzir o risco de prejuízo causados por doenças em áreas de clima subtropical úmido, condição predominante nas regiões de cultivo de girassol no Brasil. A mancha de alternaria é uma das principais doenças, ocorrendo praticamente em todas as regiões e épocas de semeadura, o potencial aumento da área cultivada com girassol pode ser limitado pela ocorrência desta doença , causada pelo fungo Alternaria helianthi (Hansf.) Tubaki & Nishihara, os danos causados pela doença podem ser atribuídos a diminuição da área fotossintética da planta, devido a morte de células, necroses foliares e desfolha precoce; plantas severamente afetadas apresentam a maturação antecipada (Leite et al., 2005).

O Tocantins apresenta localização estratégica, facilidade de escoamento, disponibilidade hídrica e de terras agricultáveis, o que o classifica como um dos futuros celeiros agrícola do Brasil , entretanto ainda não existem informações sobre cultivares adaptados e épocas de semeadura apropriadas para a região. Pensado nesta carência de informações para o norte do país, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de quatro épocas de semeadura em Gurupi-TO, safra 2008/2009 e uma época em Formoso do Araguaia -

TO, entressafra 2009, com cinco cultivares de girassol .

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido em Gurupi- TO, Universidade Federal do Tocantins, Campus Universitário de Gurupi, Estado do Tocantins,

localizada a 11° 43’ de latitude Sul e 49° 04’de longitude Oeste e altitude de 280 m, Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico e uma em Formoso do Araguaia-TO, Projeto Rio Formoso, localizado a 11° 50’ 23,7” de latitude Sul e 49° 38’ 14,9” de longitude Oeste e altitude de 188 m, solo tipo Gley Pouco- Húmico. (EMBRAPA, 1999).

As análises químicas e físicas do solo foram realizadas no laboratório de solos do Departamento de Solos da Universidade Federal do Tocantins, apresentaram as seguintes características: Gurupi-TO, latossolo vermelho amarelo distrófico, textura média, com as seguintes características químicas e físicas pH -

H2O = 5,4; Al +H = 5,2 cmol dm-3; Ca2++ Mg2+ = 2,5 cmol dm-3; K+ = 18,6 ppm; P = 10,2 ppm; SB = 2,5 cmol dm-3; CTC(T) = 7,2 cmol dm-3; matéria

orgânica: 1,5%; areia = 60,2%; silte = 5,2%; argila = 34,6% e Formoso do Araguaia-TO, Gley Pouco - Húmico, com as seguintes características químicas

e físicas pH-H2O = 5,3; Al +H = 4,9 cmol dm-3 ; Ca2++ Mg2+ = 3,0 cmol dm-3; K+ = 23,8 ppm; P = 3,9 ppm; SB = 3,1 cmol dm-3; CTC(T) = 8 cmol dm-3; matéria orgânica: 1,5%; areia = 59,7%; silte

= 4,1%; argila = 36, 2%.

O experimento foi implantado sob sistema de

plantio convencional. Em Gurupi -TO, fez- se calagem de 1000 kg ha-1 com calcário dolomítico

de PRNT 95%, adubação de base aplicada no sulco de semeadura foi de 60 kg ha-1 de P2O5, 60 kg ha-1 de k2O e 20 kg ha-1 de N, em Formoso do Araguaia-TO, a adubação foi de 400 kg ha-1 da

formulação NPK de 5-25-15, para ambos, aos 30

dias após emergência (DAE) foi realizada a adubação de cobertura na dose de 60 kg ha-1 de N,

o Boro foi aplicado via foliar aos 40 e 50 (DAE) na dosagem de 0,5 kg + 0,5 kg ha-1 (Castro e

Oliviera, 2005).

O delineamento experimental foi de blocos casualizados, com cinco épocas de semeadura x cinco cultivares de girassol, totalizando 25 tratamentos, com três repetições. Cada parcela foi constituída por quatro linhas de 5,0 m de comprimento, espaçadas de 0,80 m entre linhas e 0,20 m entre plantas. Somente as duas linhas

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centrais foram consideradas como parcelas úteis para as avaliações.

Os ensaios foram instalados em quatro épocas de semeadura em Gurupi-TO: Época 1, EP1(24/11/2008), Época 2, EP2(01/12/2008), Época 3, EP3(18/12/2008) e Época 4, EP4 (30/12/2008) e uma época em Formoso do

Araguaia-TO: Formoso, Época 5,

EP5(04/07/2009). Foram utilizados cinco cultivares de girassol: Hélio 250 (H 250), Hélio 251 (H 251), Hélio 358 (H 358), Hélio 360 (H 360) e Hélio 884 (H 884) .

O desbaste foi realizado aos quinze DAE, deixando-se cinco plantas por metro linear. A área foi mantida livre de invasoras durante todo o período crítico da cultura, por meio de capinas manuais. Para o controle da mancha de alternaria (Alternaria helianthi (Hansf.) Tubaki & Nishihara) foi utilizado o fungicida Difenoconazol na


dosagem de 0,6 L ha-1 .

O clima, segundo o método de Thornthwaite é do tipo Aw, (clima úmido com moderada deficiência hídrica), a temperatura média anual varia de 22 ºC a 32 ºC, com umidade relativa média do ar em torno de 76% e precipitação anual média de 1.400 mm (SEPLAN, 2003). Durante o ciclo da cultura os dados climáticos para Gurupi-TO foram coletados da Estação Meteorológica do Campus Universitário de Gurupi - TO, com distância aproximada de 90 m da área experimental e para Formoso do Araguaia-TO os dados foram coletados da Estação Meteorológica do INMET(Instituto Nacional de Meteorologia) na várzea, dentro do projeto Rio Formoso.


Os dados meteorológicos de temperatura, umidade relativa do ar e precipitação pluvial durante a execução do experimento em Gurupi-TO e Formoso do Araguaia – TO encontram-se na s Figuras 1 e 2 respectivamente .

Figura 1 – Valores médios diários de temperaturas (ºC) e umidade relativa do ar (%) e total diário de precipitação pluvial (mm) ocorridas durante o período de 24 de novembro de 2008 a 19 de abril de 2009, Gurupi - TO (INMET).

Figura 2 – Valores médios diários de temperaturas (ºC) e umidade relativa do ar (%) e total diário de precipitação pluvial (mm) ocorridas durante o período de 04 de julho de 2009 a 31 de outubro de 2009, Formoso do Araguaia – TO (INMET).

As características avaliadas foram: f lorescimento (FLOR, em DAE): anotado quando 50% das plantas da parcela útil encontravam-se no estádio fenológico R4 (Connor e Hall, 1997); altura da planta (AP, em cm): medida da base até a inserção do capítulo, em cinco plantas da parcela útil; diâmetro do capítulo (DC, em cm): média de cinco capítulos das parcelas útil; aquênios normais (AN, em %): obtida a partir da contagem do número de aquênios normais e chochos de cinco capítulos de cada parcela útil; massa de mil aquênios (P1000, em g): obtido pela contagem direta de 1000 aquênios, pesado posteriormente em balança de precisão de três dígitos após a vírgula, Peso

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Hectolitro (PH, em kg.100L-1): relação massa

volume com base em 100 litros e produtividade de aquênios (PROD, em kg. ha-1), foram considerado s

todas as plantas da parcela útil (duas linha s centrais), a 11% de um idade.

Os dados experimentais foram submetidos à análise individual e conjunta de variância, com aplicação do teste F (Tabela 1). A analise conjunta foi realizada sob condições de homogenidade das variâncias residuais. Para as comparações entre médias de tratamentos, foi utilizado o teste de Tukey (P ≤ 0,05), em todos foi utilizado o aplicativo computacional em genética e estatística - GENES (Cruz, 2006 ).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Verificou-se interação significativa a 1% e 5% pelo teste F para todas as características avaliadas, exceto para variável diâmetro de capítulo (Tabela 1), isso indica que as épocas de semeadura influenciam de forma diferenciada nos cultivares, revelando a diversidade existente entre os mesmos. Desta forma, realizou-se o desdobramento da interação para verificar o efeito das épocas nos cultivares. Para a característica diâmetro de capitulo, a interação não foi significativa, apontando que as épocas não interferiram de forma diferenciada nos cultivares, sendo, então, realizado o estudo dos fatores isoladamente.

Os Coeficientes de variação variaram de 2,1% a 9,9%, indicando bom controle das causas de variação de ordem sistemática nas épocas de semeadura, para caracteres quantitativos (Tabela 1) .

Tabela 1. Resumo da análise de variância conjunta, das características FLOR – florescimento (DAE);

AP – altura de plantas (cm); DC - diâmetro de capítulo (cm); AN – aquênios normais (%); P1000 – massa de mil aquênios (g); PH – peso hectolitro (kg 100L-1) e PROD – produtividade de aquênios ( kg ha-1), de cinco cultivares de girassol cultivados em quatro épocas em Gurupi-TO, safra2008/2009 e

uma época em Formoso do Araguaia-TO, entressafra 2009 .

F.V.

GL

FLOR AP

DC

NA

Quadrado Médio P1000 PH

PROD

Bloco/Ep. 10 1,4 68,2 3,6 13,0 38,8 5,3 17037, 4

Cultivares 4 20,9* 1032,8** 8,8** 22,0ns 58,6ns 10,7ns 415817,7 ns

Épocas 4 118,9* 10056,6** 53,8** 2876,3** 3566,6** 1563,7** 10274453 **

C x E 16 4,8** 145,1** 1,2ns 49,5** 38,4* 13,2** 212817,3 **

Resíduo 40 1,2 45,2 0,8 13,6 15,6 3,9 39452, 9

Média 52,9 165,0 16,1 80,5 41,9 30,4 2001, 3

C.V. 2,1 4,1 5,8 4,6 9,4 6,4 9, 9

*,** significativo a 5 e 1% de probabilidade, respectivamente, pelo teste F. ns Não significativa.

Comparando as épocas dentro de cada cultivar, para a característica número de dias para o florescimento (Tabela 2), observou-se que à medida que se retardou a semeadura dos cultivares em Gurupi, houve encurtamento do ciclo, para todos os cultivares avaliados. Menores médias foram obtidas na EP4 em Gurupi, sendo significativamente inferior as demais épocas , exceto para o cultivar H250 que desenvolveu ciclo semelhante entre as EP3, EP4 e EP5 em Formoso do Araguaia .

Com relação aos cultivares dentro de cada ambiente (Tabela 2), observa-se que o cultivar H884 foi o mais tardio, visto que obteve maiores médias para essa característica em todas as épocas avaliadas, exceto para a EP4, em que não houve

diferença significativa entre os cultivares testados. De acordo com Oliveira et al., (2005) os programas de melhoramento genético brasileiros buscam selecionar cultivares precoces, visando aproveitar a entressafra das grandes culturas. Dentre os cultivares avaliados, verificou- se tendência semelhante, visto que, não foram observadas diferenças significativas com relação ao número de dias para o florescimento entre quatro dos cinco cultivares testados em todas a s épocas, ressaltando que há uma tendência em selecionar genótipos mais precoces. Silva et al. , (2007b) estudando a viabilidade técnica do cultivo de girassol em diferentes lâminas de irrigaç ão, verificou o florescimento no estádio R5.1 aos 50

DAE para o cultivar H250 e 55 DAE para H251,

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quando comparado com Formoso do Araguaia, em semelhança do ciclo entre os cultivares.

condições de sub-irrigado, verificou- se

Tabela 2. Número de dias para o florescimento (DAE), de cinco cultivares de girassol cultivados em quatro épocas em Gurupi-TO, safra2008/2009 e uma época em Formoso do Araguaia-TO, entressafra 2009 .

Cultivar

EP1

EP2

Gurupi EP3

EP4

Formoso EP5

Média

H250 54,0 Ab 55,0 Ab 51,6 Bb 49,6 Ba 50,3 Bbc 52, 1

H251 54,6 Ab 55,0 Ab 52,0 Bab 47,6 Ca 52,0 Bbc 52, 2

H358 55,6 Ab 55,0 Ab 52,0 Bab 49,6 Ca 50,0 BCc 52, 8

H360 54,6 Ab 55,0 Ab 52,3 Bab 49,3 Ca 52,3 Bb 52, 3

H884 58,0 Aa 59,0 Aa 54,0 Ba 48,3 Ca 55,6 Ba 54, 9

Média 55,4 55,8 52,4 48,9 52,0 52, 9

Médias seguidas pelas mesmas letras maiúsculas na linha e minúsculas na coluna não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

Para a variável altura de plantas (Tabela 3), em relação às épocas verificou-se menores plantas quando a semeadura foi realizada na EP4 em Gurupi, para todos os cultivares testados, sendo 45,9%, 47,5%, 54,2% e 41,5% inferiores que a média da EP1, EP2, EP3 e EP5 em Formoso do Araguaia, respectivamente. No estudo realizado por Capone et al., (2012) em condições de safrinha no cerrado tocantinense, obtiveram plantas com altura média entre 57 cm e 105 cm, menores alturas foram justificadas pelo stress hídrico, que afeta diretamente a absorção de nutrientes, fotossíntese e respiração; podendo assim explicar parte dos resultados obtidos na EP4 (Figura 1).

Comparando os híbridos dentro de cada época de semeadura (Tabela 3), verificou-se que o cultivar H884 foi significativamente maior aos demais cultivares, em todas as épocas. Plantas com me nor altura foram observadas na EP4 em Gurupi, sendo o cultivar H251 o de menor altura, contudo sem diferir dos cultivares H250 e H360. Segundo Carvalho, (2004); Mello et al., (2006), a altura média de plantas de girassol observadas em cultivares de ciclo tardio varia entre 160 cm e 179 cm, respectivamente. Corroborando com maior frequência o cultivar H884, que apresentou ser o mais tardio (Tabela 2) .

Tabela 3. Altura de plantas (cm), de cinco cultivares de girassol cultivados em quatro épocas em Gurupi - TO, safra2008/2009 e uma época em Formoso do Araguaia-TO, entressafra 2009 .

Cultivar

EP1

EP2

Gurupi EP3

EP4

Formoso EP5

Média

H250 172,8 ABab 159,9 Bc 177,4 Aab 113,0 Cab 158,8 Bc 156, 4

H251 171,2 Bb 169,3 Bc 191,6 Aab 108,6 Cb 177,6 ABab 163, 7

H358 172,8 ABab 186,0 Aab 186,1Aab 128,0 Ca 161,6 Bc 166, 9

H360 169,0 Ab 172,1 Abc 176,2 Ab 121,2 Bab 162,4 Abc 160, 2

H884 188,3 Aa 194,1 Aa 192,6 Aa 128,0 Ba 187,6 Aa 178, 1

Média 174,8 176,3 184,8 119,8 169,6 165, 0

Médias seguidas pelas mesmas letras maiúsculas na linha e minúsculas na coluna não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

Com relação ao diâmetro de capítulo (Tabela 4), a menor média foi obtida pelos cultivares na EP4, contudo sem diferir significativamente das médias obtidas nas EP2 e EP3, as quais também não diferiram das EP1 e EP5 em Formoso do Araguaia que obtiveram as maiores médias. Entre os

cultivares, não foram verificadas diferenças significativas. De acordo com Smiderle et al., (2005); Mello et al., (2006), o diâmetro de capítulos de cultivares comerciais de girassol varia entre 12,9 cm a 20,0 cm, semelhantes os valores obtidos neste estudo.

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Tabela 4. Diâmetro do capítulo (cm), de cinco cultivares de girassol cultivados em quatro épocas em Gurupi-TO, safra2008/2009 e uma época em Formoso do Araguaia-TO, entressafra 2009.

Cultivar

EP1

EP2

Gurupi EP3

EP4

Formoso EP5

Média

H250 18,0 15,5 15,0 13,4 16,3 15,6 a

H251 18,8 17,1 17,1 13,9 19,2 17,2 a

H358 18,0 15,4 16,3 12,8 17,6 16,0 a

H360 19,9 16,2 15,7 13,9 16,7 16,5 a

H884 17,0 14,5 14,8 12,7 17,1 15,2 a

Média 18,3 A 15,7 AB 15,8 AB 13,4 B 17,4 A 16, 1

Médias seguidas pelas mesmas letras maiúsculas na linha e minúsculas na coluna não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

Para a variável porcentagem de aquênios normais (Tabela 5), verificou-se superioridade da EP5 em Formoso do Araguaia, seguida da EP1 em Gurupi. Observou-se que o cultivo de girassol em Formoso do Araguaia com sistema de sub-irrigação, (sem molhamento foliar), não favorecendo, portanto, o desenvolvimento de patógenos, com isso , possivelmente, não houve impedimentos ao pleno enchimento de aquênios, uma vez que todos os cultivares atingiram porcentagem de aquênios normais superiores a 90%. Tal porcentagem poderia, possivelmente, chegar próximo a 100% caso o controle de insetos, principalmente de afídeos, tivesse sido realizado, uma vez que, nesse sistema de irrigação, a planta em nenhum momento do ciclo vegetativo e reprodutivo passa por stress hídrico.

Também se obteve porcentagem de aquênios normais superiores a 90%, em 80% dos cultivares avaliados na EP1 (Tabela 5). Nas demais épocas, a porcentagem de aquênios normais reduziu significativamente, sendo as EP3 e EP4 em Gurupi inferiores aos demais. Tal redução pode ter

ocorrido, provavelmente em decorrência da alta incidência de patógenos, com destaque para Alternaria helianthi, que infestou a cultura principalmente na fase reprodutiva.

De acordo com Castro e Farias, (2005) 400 mm a 500 mm de água, bem distribuídos ao longo do ciclo, resultam em rendimentos próximos ao potencial máximo; desta forma os dados pluviométricos obtidos em Gurupi (Figura 1) , indicam condições climáticas ótimas para a cultura, ao somar a precipitação acumulada em cada época de semeadura aos 40 DAP (dias após plantio) e 80 DAP chega-se as seguintes somatórias: EP1: 310 mm e 721 mm, EP2: 341 mm e 749 mm, EP3: 317 mm e 700 mm e EP4: 306 mm e 741 mm. Considerando apenas o volume de água acumulada na fase vegetativa e reprodutiva, pode-se deduzir que em tais condições ambientais, não houve limitação ao enchimento de aquênios (Tabela 5). Segundo Amorim et al., (2008), em condições de déficit hídrico, a porcentagem de aquênios normais pode atingir índices próximos a 75%.

Tabela 5. Porcentagem de aquênios normais (%), de cinco cultivares de girassol cultivados em quatro épocas em Gurupi-TO, safra2008/2009 e uma época em Formoso do Araguaia-TO, entressafra 2009.

Cultivar

EP1

EP2

Gurupi EP 3

EP4

Formoso EP5

Média

H250 92,6 Aab 81,0 Ba 70,4 Ca 68,7 Cab 96,8 Aa 81, 9

H251 85,7 Bb 81,3 BCa 67,3 Da 73,4 CDa 94,9 Aa 80, 5

H358 95,6 Aa 87,7 Aa 62,5 Bab 62,9 Bb 92,7 Aa 80, 3

H360 90,9 ABab 87,0 Ba 69,6 Ca 62,6 Cb 95,7 Aa 81, 1

H884 93,5 Aab 83,0 Ba 58,7 Cb 63,5 Cb 94,5 Aa 78, 6

Média 91,7 84,0 65,7 66,2 94,9 80, 5

Médias seguidas pelas mesmas letras maiúsculas na linha e minúsculas na coluna não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

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Para massa de mil aquênios (Tabela 6), verificou - se superioridade significativa para EP5 em Formoso do Araguaia em todos os cultivares testados, seguido da EP1 em Gurupi. Nas demais épocas em Gurupi, não foram verificadas diferenças significativas, independente dos cultivares avaliados .

Comparando os cultivares dentro de cada época , não foram verificadas diferenças significativas entre cultivares em nenhuma das épocas em Gurupi, para massa de mil aquênios (Tabela 6) . Quando os cultivares foram semeados em condições de várzea irrigada, EP5 em Formoso do Araguaia, o H358 destacou-se sendo significativamente superior aos demais cultivares. De acordo com Alkio et al., (2003); Castro e Farias, (2005) capítulos bem desenvolvidos

tendem a ter maior proporção de aquênios grandes e mais pesados, esses aquênios têm mais tempo para o enchimento, possibilitando maior aporte de nutrientes. Com base no diâmetro de capítulo (Tabela 4), há coerência dos dados obtidos com as informações apresentados pelos autores acima citados, visto que, a EP5 em Formoso do Araguaia com sistema de Sub-irrigação favoreceu o pleno desenvolvimento de capítulos, com isso houve maior acúmulo de massa nos aquênios (Tabela 6 ). Obteve-se na EP5, em Formoso do Araguaia , massa de 1000 aquênios 38,2% superior ao relatado por Silva et al., (2007b) que obteve massa média de 1000 aquênios de 41,15 g, em Lavras - MG .

Tabela 6. Massa de 1000 aquênios (g), de cinco cultivares de girassol cultivados em quatro épocas em Gurupi-TO, safra2008/2009 e uma época em Formoso do Araguaia-TO, entressafra 2009 .

Cultivar

EP1

EP2

Gurupi EP3

EP4

Formoso EP5

Média

H250 43,6 Ba 28,8 Ca 28,2 Ca 28,1 Ca 65,6 Ab 38, 9

H251 45,8 Ba 36,7 BCa 30,5 Ca 33,9 Ca 65,9 Ab 42, 6

H358 46,1 Aa 35,2 Ca 31,1 Ca 29,1 Ca 77,6 Aa 43, 8

H360 47,7 Ba 34,3 Ca 31,3 Ca 31,4 Ca 60,0 Ab 40, 9

H884 51,7 Ba 33,4 Ca 30,7 Ca 35,0 Ca 64,5 Ab 43, 1

Média 47,0 33,7 30,4 31,5 66,7 41, 8

Médias seguidas pelas mesmas letras maiúsculas na linha e minúsculas na coluna não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

Para peso hectolitro (Tabela 7), verificou- se superioridade significativa para EP5 em Formoso do Araguaia para todos os cultivares testados, seguido da EP1 em Gurupi. Entre as EP2, EP3 e EP4 em Gurupi, não foram verificadas difer enças significativas.

Com relação aos cultivares dentro de cada época (Tabela 7), verificou-se superioridade significativa do cultivar H884 na EP5 em Formoso do Araguaia

e EP1 em Gurupi, entretanto sem diferir do cultivar H250 na EP5 e do cultivar H360 na EP1. Os valores observados para a característica peso hectolitro na EP1 assemelhou-se com o resultado obtido por Amorim et al., (2008), com valores

médios de 39 kg 100L-1, entretanto a EP5 em

Formoso do Araguaia obteve resultados médios 15,2% superior aos verificados por estes autores.

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Tabela 7. Peso hectolitro (kg 100L-1), de cinco cultivares de girassol cultivados em quatro épocas em Gurupi-TO, safra2008/2009 e uma época em Formoso do Araguaia-TO, entressafra 2009 .

Cultivar

EP1

EP2

Gurupi EP3

EP4

Formoso EP5

Médi a

H250 34,1 Bb 22,1 Cb 22,8 Ca 22,9 Ca 46,9 Aab 29, 8

H251 33,9 Bb 25,1 Cab 21,9 Ca 23,6 Ca 44,5 Ab 29, 8

H358 35,1 Bb 27,7 Ca 24,7 Ca 23,8 Ca 45,2 Ab 31, 3

H360 35,2 Bab 24,6 Cab 21,9 Ca 23,5 Ca 43,4 Ab 29, 7

H884 39,2 Ba 24,4 Cab 20,7 Ca 22,1 Ca 50,0 Aa 31, 3

Média 35,5 24,8 22,4 23,2 46,0 50, 6

Médias seguidas pelas mesmas letras maiúsculas na linha e minúsculas na coluna não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

Para produtividade de aquênios (Tabela 8 ), verificou-se superioridade significativa na EP5 em Formoso do Araguaia e EP1 em Gurupi, em relação às demais épocas avaliadas, com exceção

Federal, concluiu que a época de semeadura e os fatores climáticos, principalmente a umidade relativa do ar e precipitação, afetam o aparecimento e a severidade da mancha de

do cultivar H358, que diferenciou al ternaria.

significativamente entre a EP5 em Formoso do Araguaia e EP1 em Gurupi. Verificou-se que as épocas de semeadura mais tardias em Gurupi, reduziram significativamente a produtividade de aquênios, sendo a EP4 a que apresentou os pior es resultados, indicando nas condições em que foram conduzidas tais pesquisas, a antecipação do cultivo em Gurupi no período de safra, poderá ser uma estratégia favorável a cultura do girassol.

O retardamento da semeadura em Gurupi causou redução na produtividade de aquênios, possivelmente pela ocorrência de Alternaria helianthi, que infestou a cultura em diferen tes fases de desenvolvimento. Na EP1 os sintomas da doença foram detectados no estádio R9, na EP2 nos estádios R7 a R8, na EP3 nos estádios R5 a R6 e na EP4 detectou-se os sintomas da doença ainda no estádio R4. Neste contexto, na EP1 os danos em decorrência dos sintomas da doença foram mínimos (Tabela 8). Entretanto, nas três última s épocas os sintomas foram detectados em estádios de desenvolvimento da cultura menos avançados, o que provavelmente, pode ter prejudicado o enchimento de a quênios.

De acordo com Gomes et al., (2004), os períodos críticos para a produtividades de grãos são a formação do botão floral e enchimento de aquênios, os quais associados a desfolha prematura, apodrecimento do caule e absorção dos fotoassimilados pelo fungo, são responsáveis por reduções drásticas de produtividade. Amabile et al., (2002), estudando a severidade da mancha de alternaria em cultivares de girassol no Distrito

Leite e Amorim, (2002) estudando influência da temperatura e molhamento foliar no monociclo da mancha de alternaria em girassol verificou que, a temperatura influenciou a densidade relativa das lesões e severidade da mancha de alternaria em girassol, que o aumento da temperatura provocou incremento na severidade da doença até aproximadamente 30 °C e que a mancha de alternaria foi maior com o aumento da duração do período de molhamento folia r.

As condições experimentais da EP5 em Formoso do Araguaia, no que refere às temperaturas estão na faixa ótima para o desenvolvimento da doença, entre 25 °C e 30 °C, mas no que refere a umidade e molhamento foliar (Figura 2), não favorecem o desenvolvimento dos sintomas da alternariose , desta forma não houve ocorrência de infecção na cultura nesta época de semeadura, verificou- se então que na ausência de molhamento foliar e água livre sobre a superfície foliar, não ocorre o estabelecimento e desenvolvimento do patógeno na cultura, entretanto em Gurupi observou-se que a umidade relativa situou-se na faixa de 80%, a temperatura média de 24 °C a 29 ºC e altos índices pluviométricos, combinações perfeitas para incidência e severidades da doença mancha de alternaria (Figura 1).

Ao comparar os resultados obtidos neste trabalho

(Tabela 8), aos de Silva et al., (2007a) com produtividade de aquênios média de 2860 kg ha-1 ,

verificou-se na EP5 em Formoso do Araguaia uma superioridade de 4,5% na média, enquanto nos demais épocas em Gurupi a produtividade média

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de aquênios foi 4,99% inferior na EP1, 36,8% na EP2, 49% na EP3 e 63,2% na EP4. A superioridade na produção de aquênios obtida na EP5 em Formoso do Araguaia pode ser justificada pelas condições ambientais favoráveis a cultura, como temperatura média que está dentro do recomendado e disponibilidade hídrica via sub - irrigação, enquanto umidade relativa do ar e precipitação desfavoráveis ao desenvolvimento de patógenos.

Entre os cultivares não houve variação significativa nas EP2 e EP4 (Tabela 8). Os cultivares H251 e H358 foram significativamente superiores aos demais na EP3 em Gurupi e EP5 em Formoso do Araguaia. Na EP1 verificou- se superioridade para os cultivares H251, H250 e H884, entretanto os dois últimos cultivares não diferiu significativamente do H358, que por sua vez não diferiu do H360.

Tabela 8. Produtividade de aquênios (kg ha-1), de cinco cultivares de girassol cultivados em quatro épocas em Gurupi-TO, safra2008/2009 e uma época em Formoso do Araguaia-TO, entressafra 2009 .

Cultivar

EP1

EP2

Gurupi EP3

EP4

Formoso EP5

Média

H250 2834,1 Aab 1771,8 Ba 1346,2 Cb 1013,8 Da 2946,2 Ab 1982, 4

H251 2997,6 Aa 1751,7 Ba 1813,9 Ba 1163,9 Ca 3288,7 Aa 2203, 2

H358 2673,0 Bbc 1870,0 Ca 1803,7 Ca 964,6 Da 3377,2 Aa 2137, 7

H360 2371,1 Ac 1791,3 Ba 1233,9 Cbc 1085,3 Ca 2674,0 Ab 1831, 1

H884 2710,0 Aab 1843,6 Ba 1026,9 Cc 1023,5 Ca 2657,4 Ab 1852, 3

Média 2717,2 1805,7 1444,9 1050,2 2988,7 2001, 3

Médias seguidas pelas mesmas letras maiúsculas na linha e minúsculas na coluna não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

CONCLUSÕES

Nas condições ambientais de Gurupi, à medida que retarda-se a semeadura do girassol, há redução das características agronômicas (altura de planta, diâmetro de capitulo, porcentagem de aquênios normais, massa de aquênios e peso hectolitro), reduzindo a produtividade;

Produtividade próxima a 3000 kg ha-1 foi obtida

quando a semeadura foi antecipada para o inicio do período chuvoso em Gurupi (EP1) e nas condições de entressafra em várzea irrigada ;

Os cultivares mais produtivos foram o H251 e H358, quando cultivados na EP1 em Gurupi e EP5 em Formoso do Araguaia .

AGRADECIMENTOS

A Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Tocantins, pela concessão de bolsa auxilio mestrado do Programa de Ajuda a Pos- Graduação (PAPG).

RESUMO

A cultura do girassol (Helianthus annuus L.) pode ser conduzida em diversas épocas e localidades durante o ano agrícola. No Estado do Tocantins a cultura pode ser explorada na safra em regiões de cerrado e na entressafra em várzea sub-irrigada. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de épocas de semeaduras

em Gurupi-TO e Formoso do Araguaia-TO, com cinco cultivares de girassol. Foram instalados quatro épocas em Gurupi-TO, e uma em Formoso do Araguaia-TO. O delineamento foi em blocos casualizados, com 25 tratamentos e três repetições. As cinco épocas foram: EP1(24/11/2008), EP2(01/12/2008), EP3(18/12/2008), EP4(30/12/2008) em Gurupi-TO e EP5 (04/07/2009) em Formoso do Araguaia-TO, com cinco cultivares: H250, H251, H358, H360, e H884. Verificou- se interação significativa entre épocas e cultivares para as características: florescimento, altura de planta, aquênios normais, massa de mil aquênios, peso hectolitro e produtividade de aquênios. Em Gurupi-TO, houve influência negativa para todas as características avaliadas à medida que as semeaduras foram retardadas, devido a incidência de Alternaria helianthi .

Produtividade próxima a 3000 kg ha-1 foi obtida em

Gurupi (EP1) e entressafra em Formoso (EP5). Os cultivares mais produtivos foram o H251 e H358, quando cultivados nas EP1 e EP5.

Palavras-chave: Cerrado, Helianthus annuus L, várzea

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