Santos, L. F. dos e Ishii, P. L. 11
J. Biotec. Biodivers. v. 2, N.2: pp. 7-15, May. 2011
enzimas
recombinantes.
4,0;7,0 Referente
Birchwood e cereais
respectivamente
Xilana Staphylococcus sp. Gupta et al.,
2000
respecitvamente
2,22; 1,05; 0,97 Xyl 1, Xyl 2 e Xyl 3 Xilana (Birchwood) Streptomyces sp. Georis et al.,
2001
4,0 55°C; pH 5,5 Xilana Termitomyces
clypeatus
Ghosh et al.,
1990
0,11; 0,079 Xilana (birchwood)
e xilana de cereais
respectivamente; Km
aparente; enzima
recombinante
Xilana Thermotoga maritima Jiang et al.,
2004
10,14 - Xilana (cereais) Trichoderma
longibrachiatum
Chen et al.,
1997
(*) Dados apresentados em ordem alfabética
Purificação e aplicação biotecnológica das xilanases
As xilanases são produzidas principalmente por bactérias e fungos e hidrolisam, em grande parte dos trabalhos revisados, a xilana. A purificação é uma etapa importante que precede a aplicação biotecnológica das xilanases, técnicas de purificação são utilizadas na maioria dos trabalhos (Tabela 1) e é essencial para obtenção de enzimas puras, específicas e sem perda de atividade enzimática (Zuniga et al., 2003). A purificação enzimática pode ser baseada na alteração da solubilidade. Tal mecanismo baseia-se principalmente na precipitação por sais. Sapre et al. (2005) realizaram a purificação e caracterização da xilanase termoalcalofílica proveniente de bactérias do gênero bacillus; esta xilanase foi purificada através da adição do sulfato de amônio. Mesmo procedimento foi utilizado por Decelle et al. (2004), com a purificação de endo-1,4- β - xilanases da Phanerochaete chrysosporium .
A purificação também pode ser baseada na carga inerente da enzima. A cromatografia de troca- iônica permite a migração diferencial das enzimas numa mistura. Kolenová et al. (2005) utilizaram a cromatografia de troca-iônica para a purificação de endo-1,4- β -xilanases de Schizophyllum commune. Outra técnica cromatográfica muito utilizada para a purificação das xilanases é a cromatografia em gel ou filtração a gel; esta análise cromatográfica baseia-se no tamanho molecular da enzima. Geralmente é usada após a realização de uma separação baseada na carga da enzima (Kolenová et al., 2005; Sapre et al., 2005).
O conhecimento dos parâmetros cinéticos é de extrema importância para a modelagem de um processo bioquímico. Através do estudo desses parâmetros pode-se inferir, por exemplo, a velocidade de utilização de substratos e de crescimento da biomassa. A caracterização da endo – 1,4 – β – Xilanase do Penicillium citrinum. e a atividade enzimática ótima a pH 5,0; 55°C, usando xilana como substrato, foram verificadas tendo-se conhecimentos prévios dos parâmetros cinéticos da enzima (Tanaka et al., 2005). Dados referentes à atividade enzimática ótima são levados em consideração na sua aplicação em um processo industrial.
A aplicação biotecnológica das xilanases tem aumentado nas últimas décadas. Grande destaque tem sido dado para as xilanases termoestáveis. A termoestabilidade é essencial para certas aplicações industriais que se desenvolvem em temperaturas elevadas (Wu et al., 2008). Recentemente, xilanases termoestáveis têm sido usadas na indústria de panificação. Jiang et al. (2008), estudou o efeito da xilanase termoestável, da Thermotoga marítima na melhora da qualidade no congelamento parcial de pães assados. A xilanase aumentou a maciez e o volume do pão, melhorou a firmeza da migalha e diminuiu a recristalização da amilopectina do pão assado parcialmente congelado (Jiang et al., 2008). Sendo assim, as xilanases termoestáveis se colocam como boa estratégia para a aditivação de produtos panificados nas etapas de produção e armazenamento (Haros et al., 2002; Jiang et al., 2008;). Xilanases termoestáveis podem ser utilizadas também na produção de papel. A