Machado, G. O., et al. 190
J. Biotec. Biodivers. v. 5, N.2: pp. 182-193 May 2014
x ± S
6,4±1 337,4±31,9 0,39±0,05 0,3±0,04 0,03±0,01 2,5 10 ±3,5 10
CV (%)
15 9 14 14 14 14
A Tabela 2 apresenta os resultados da ANOVA de Kruskal-Wallis e do teste de comparações múltiplas entre postos de Student-Newman-Keuls referente à comparação dos valores de eficiência da espécie de madeira aqui estudada (F Bas1) com os valores de eficiência dos fogões (Ref 1; Ref 2;
Ref 3) avaliados no trabalho de Lau et al. (no prelo 2013), conforme anteriormente mencionado. Todos os fogões apresentaram uma baixa eficiência energética média de 2,9 % ± 0,3 (Ref1), 2,6 % ± 0,5 (Ref 2) e 4,6 % ± 0,2 (Ref 3).
Tabela 2. Resultados da ANOVA de Kruskal-Wallis e do teste de comparações múltiplas entre postos de Student-Newman-Keuls. Agrupamento por eficiência (%) do fogão pesquisado e dos fogões referências.
H GL P-valor
Agrupamento – Eficiência (%) F Bas1 Ref1 Ref2 Ref3
16,5543 3 0,0009 A C C B
* Médias seguidas pelas mesmas letras não diferem estatisticamente pelo teste de comparação entre postos de Student-Newman-Keuls.
Os resultados obtidos evidenciam uma boa qualidade do fogão à lenha aqui proposto, apresentando maior eficiência térmica que os fogões metálicos tradicionalmente utilizados na cidade de Irati/PR e de custo final muito mais acessível às famílias de baixa renda ou mesmo para agricultores que poderão utilizar o equipamento térmico quando se encontram em trabalho de campo.
Os fogões-referência (LAU et al., no prelo 2013) apresentam baixa eficiência no aproveitamento do combustível, decorrente principalmente da perda de calor para as paredes metálicas expostas aos gases de combustão. O isolamento da câmera de combustão, do protótipo proposto neste estudo, garantiu um melhor aproveitamento da energia útil, possibilitando maior concentração de calor na câmara de combustão.
A partir dos valores de calor útil médio (Q útil = 96,7 kcal ±9,1) e poder calorífico líquido da lenha na condição de uso (9,6 % ± 0,8 de umidade) para o fogão à lenha portátil e utilizando a equação m q = 1 já apresentada na metodologia (equação 8) é possível estimar o consumo de lenha (m c ), bem como a área de plantio necessários em função da eficiência do fogão (Ef , em %), para a espécie de Pinus taeda . A variação de massa de lenha consumida
(m c ) é dada pela expressão
, sendo 6,52 % a
porcentagem de resíduo gerado na queima da lenha. Para a estimativa de área de plantio, como a produção é calculada baseada na massa seca utilizou-se a seguinte equação de conversão,
, onde m s é a
massa seca da amostra, com 9,6% de umidade (U%). Na estimativa de área de plantio necessária para fornecimento de lenha de Pinus taeda , utilizou-se dados de um plantio de 5 anos, com altura média das árvores de 6,21 m, com diâmetro na altura do peito (DAP) de 11,81 cm e Produção de biomassa seca de 12037 kg/ha. Por fim, supondo 1h de duração no preparo de cada refeição, com três refeições diárias (café da manhã, almoço e jantar) com uso anual de 365 dias (Sette Jr et al, 2004).
Comparando os dados do fogão portátil, com o fogão a gás (GLP), comumente utilizado nas residências urbanas, com massa de 13 kg, PCU de 10000 kcal/kg e eficiência de 50%. Supondo que será necessário um botijão de gás por mês de uso, na preparação das 3 refeições, o que daria uma quantidade anual de gás de 156 kg. A quantidade equivalente anual de lenha, para a eficiência do fogão portátil e caso ele tivesse a eficiência do fogão a gás, está expressa na Tabela 3. Os dados da tabela destacam a