Braz, R. L., et al.
175
J. Biotec. Biodivers. v. 5, N.2: pp. 168-181 May 2014
Figura 5 . Percentual médio estimado dos resíduos nas diferentes repartições dentro da serraria.
De acordo com Carré et al. (1992), Vidal et al. (1997) e Verissímo et al. (2002), o rendimento do fuste comercial pode variar de 40% a 65%, isto é, praticamente a metade da tora é transformada em resíduos e isso ocorre muitas vezes em função do tipo da madeira e, também, tecnologias aplicadas. Fontes (1989) cita ainda que o rendimento varia de 25% a 70%, levando-se em consideração o conjunto de espécies. Para Rocha (2002), o rendimento no desdobro varia de 45% e 55% para folhosas, já Pereira et al. (2010) estimaram a produção madeireira da Amazônia Legal no ano de 2009 com rendimento médio de 41% no processamento.
Para Ferreira et al . (1989), o aproveitamento quantitativo da transformação de uma tora em tábuas, considerando-se uma tora com casca, se dá na ordem de 40% de madeira processada, sendo
os 60% restantes assim alocados: 10% de aparas de plaina, 26% de aparas do corte, 13% de pó de serra e 11% de cascas.
De acordo com Mady (2000) o desperdício no setor madeireiro ainda é muito grande, apesar dos avanços tecnológicos. Estima-se que do volume total de uma tora, seja aproveitado cerca de 40% a 60%, significando que a cada dez árvores cortadas, apenas cinco serão aproveitadas comercialmente.
A partir dos dados analisados, observa-se na figura 6 o percentual estimado do rendimento do volume da matéria prima madeira e a geração dos resíduos florestais distribuídos na cadeia de produção dividida basicamente em três etapas, desde a colheita ao processamento da madeira, nota-se o baixo rendimento final da madeira serrada comparado a colheita.