Braz, R. L., et al.
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J. Biotec. Biodivers. v. 5, N.2: pp. 168-181 May 2014
Figura 6 . Rendimento da madeira e geração de resíduos estimados na cadeia de produção.
APROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS
FLORESTAIS E MADEIREIROS Segundo Coronel et al. (2007) além da busca de maior eficiência no processo de extração e beneficiamento da madeira, os resíduos não podem mais serem vistos como um problema, ou algo pejorativo resultante do processo industrial e sim uma fonte criativa de matéria-prima para novos produtos.
Para Brand et al. (2002) as indústrias de base florestal têm baixo rendimento e geram grande quantidade de resíduos no processo produtivo, principalmente as indústrias de transformação primária. Os autores ainda ressaltam que o aumento progressivo da quantidade de madeira desdobrada tem revelado problemas como o crescimento do consumo da matéria-prima madeira.
A Portaria Normativa 302/84 do IBAMA conceitua os resíduos florestais como sobras de material resultante da alteração sofrida pela matéria-prima florestal quando submetida à ação exterior através de processos mecânicos, físicos e/ou químicos.
Para Nolasco (2000), resíduo florestal é estabelecido como todo e qualquer material resultante da colheita ou do processamento da madeira e/ou outros recursos florestais que permanece sem utilização definitiva ao longo do
processo, por limitações tecnológicas e de mercados, sendo descartado durante a produção. Segundo Galvão Filho (2010) os resíduos compreendem restos de tocos, sapopemas (raízes tabulares) e galhos das copas de árvores exploradas no manejo florestal, além de árvores derrubadas involuntariamente durante as operações de derruba e arraste. Como principais fontes geradoras de resíduos de exploração, Barros et al. (2009), citam resíduos gerados pelas copas das árvores exploradas e pelas árvores derrubadas durante a queda das mesmas; resíduos gerados pela abertura de estradas principais, secundárias, trilhas e pátios de árvores do estrado de 10cm ≤ DAP (diâmetro na altura do peito) ≤ 30cm; resíduos de árvores com DAP >30 cm que eventualmente são derrubadas durante a abertura das estradas e pátios; resíduos gerados por queda natural de árvores que se localizam próximo das trilhas de arraste; resíduos de toras ocas ou aparas de fustes deixados no pátio de estocagem e resíduos gerados pela ocorrência de sapopemas (raízes tabulares) em algumas espécies exploradas.
De acordo com Hall et al. (2005) a utilização de resíduos florestais é uma prática bastante conhecida e viável, comercialmente, em muitos países. Segundo Barros et al. (2007), existem muitas fontes de geração de resíduos de exploração florestal deixados nas áreas de