Rotili, E. A., et al.

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J. Biotec. Biodivers. v. 5, N.2: pp. 162-167, Fev. 2014

Tabela 2. Resultado líquido (kg ha ) para híbridos de milho: simples (HS), simples modificado (HSM), duplos (HD) e triplos (HT) submetidos a seis ambientes (AMB), no Estado do Tocantins, safra 2009/2010

Tipo

híbrido

de Desempenho

Resultado líquido (kg ha )

-1 -1

AMB 1 AMB 2 AMB 3 AMB 4 AMB 5 AMB 6 Média

HS

HSM

HD

HT

Melhor 3150 Aa 1890 Ab 1500 Bb 1830 Ab 1890 Ab 2700 Ba 2160 A Pior 1140 Ca 1080 Ba -1080 Cb 60 Bb 2100 Aa 0 Db 550 C Melhor 1470 Cb 1110 Bb 600 Cb 2490 Aa 900 Bb 1800 Ca 1395 B Pior 810 Cb 1080 Bb 390 Cb 2010 Aa 1620 Ba 2160 Ba 1345 B Melhor 1380 Cb 1380 Bb 1170 Bb 1320 Bb 2760 Aa 3480 Aa 1915 A Pior 2040 Ba 840 Bb 2040 Aa 930 Bb 1050 Bb 210 Db 1185 B Melhor 4020 Aa 1530 Bc 1320 Bc 2880 Ab 1890 Ac 2580 Bb 2370 A Pior 2190 Ba 900 Bb 120 Cb 3120 Aa 1050 Bb 540 Db 1320 B

F - Híbridos (H)

** * ** ** ** ** **

**

F - Ambientes (A) - - - - - - F - Interação H x A - - - - - -

**

Média 1656 a 1590 a 918 b 1854 a 1848 a 1698 a 1596 - CV (%) 18,66

*, ** Diferenças significativas a 5% e 1% de probabilidade pelo teste F. Médias seguidas de mesmas letras maiúsculas na coluna e minúsculas na linha não diferem estatisticamente pelo teste Scott-Knott a 5% de probabilidade, para produtividade.

Silva et al. (2004) afirmam que a diferença na produtividade de grãos entre cultivares de diferentes bases genéticas é acentuada à medida que se melhora o manejo. A utilização de híbridos simples nos sistemas de produção com alto investimento em manejo foi preconizada por Sangoi et al. (2004) como economicamente vantajosa, quando comparada com a utilização de híbridos duplos e variedades de polinização aberta.

Na maioria dos ambientes o melhor híbrido simples não diferiu estatisticamente do melhor híbrido triplo, o que também foi observado entre o melhor híbrido simples e o melhor híbrido duplo. Na média, excetuando-se o híbrido simples modificado, o melhor híbrido de cada tipo foi classificado no grupo estatístico superior, sem diferença estatística entre eles, com médias de 2160 kg ha (melhor híbrido simples), 1915 kg ha (melhor híbrido duplo) e 2370 kg ha (melhor híbrido triplo) (Tabela 2). Comparando os desempenhos de rendimentos de grãos de híbridos de milho, Emygdio et al. (2007) encontraram resultados semelhantes entre os melhores híbridos simples e triplos. Assim, a partir dos resultados desse experimento, alguns híbridos duplos ou triplos passam a ser uma boa opção para produtores que buscam maiores resultados líquidos, na média dos ambientes

utilizados, já que neste trabalho os híbridos duplos e triplos possibilitaram retornos semelhantes a híbridos simples.

Segundo Emygdio et al. (2007), o custo médio de um híbrido duplo é 46% inferior ao de um híbrido simples, considerando os preços médios. Sangoi et al. (2006), na região de Santa Catarina avaliando o desempenho agronômico e econômico de cultivares de milho com níveis de variabilidade genética em sistemas de produção contrastantes quanto ao investimento em manejo, afirmou que a utilização de híbridos duplos é uma estratégia que pode ser economicamente interessante para produtores com tetos de rendimentos intermediários. Resultados que podem reforçar esta idéia é de que o melhor híbrido duplo (1915 kg ha ) foi estatisticamente superior ao pior híbrido simples (550 kg ha ) na média dos ambientes, o que também aconteceu em cada ambiente.

Além disso, quando se compara os piores desempenhos, observa-se que na média dos ambientes o pior híbrido duplo (1185 kg ha ) e triplo (1320 kg ha ) proporcionou resultados líquidos estatisticamente maiores que o pior híbrido simples (550 kg ha ). Isto concorda com a observação de Emygdio et al. (2007), que relatam a existência de híbridos simples com