Souza, S. A., et al.

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J. Biotec. Biodivers. v. 5, N.2: pp. 130-139 May 2014

Tabela 3. Equações Lineares, coeficiente de determinação (R ), coeficiente angular dos índices da doença ( α ), e severidade estimada com base na equação ajustada para cada genótipo ( Ῡ % ) aos 72 dias após o plantio.

GENÓTIPOS Equações Lineares R

α Ῡ

%

Pérola y = 1,470x - 33,274 0,85 1,47 72,58 BRS Estilo y = 0,830x - 22,712 0,83 0,83 37,05 BRS 7762 Supremo y = 1,237x - 35,234 0,89 1,24 53,86 BRS Campeiro y = 0,757x - 11,571 0,95 0,76 42,99 BRS Esplendor y = 0,768x - 24,860 0,88 0,77 30,47 BRSMG Majestoso y = 0,799x - 14,405 0,96 0,80 43,16 CNFC 10429 y = 1,125x - 26,417 0,93 1,12 54,58 BRS Notável y = 0,875x - 16,333 0,90 0,87 46,66 CNFC 10467 y = 0,999x - 23,008 0,92 0,99 48,94 BRS Ametista y = 0,808x - 19,385 0,93 0,80 38,80 CNFP 10104 y = 1,021x - 20,663 0,97 1,02 52,86 CNFC 10762 y = 1,029x - 30,484 0,95 1,03 43,61 CNFC 10729 y = 1,104x - 25,746 0,89 1,10 53,77 CNFP 10794 y = 0,650x - 18,024 0,98 0,65 28,83 Equações significativas a P < 0,05 pelo teste F

O índice da doença aumentou linearmente em

função do tempo para cada genótipo. O maior α ou taxa de evolução da doença foi encontrado para a cultivar Pérola (1,47), indicando alta velocidade de infestação (Tabela 3). O melhor resultado foi encontrado com a linhagem CNFP 10794 com taxa de evolução de 0,65, combinando com o menor índice de severidade estimada ( Ῡ % ), que foi de 28,83% (Tabela 3).

As análises de correlações de Pearson mostraram que houve correlação negativa e significativa entre a severidade e o número de vagens por planta (r = -0,52; p ≤ 0,01), massa de cem grãos (r = -0,69; p ≤ 0,01) e produtividade de grãos (r = -0,60; p ≤ 0,01), indicando que o aumento da severidade da mela provocou redução dos valores para essas características.

A mela além de provocar a desfolha das plantas ocasiona a infecção e má formação das vagens e grãos, fato este que provavelmente contribuiu para a redução no número de vagens, da massa de cem grãos e consequentemente na produtividade (Souza et al., 2005; Costa, 2007).

A correlação também indicou que a severidade influenciou positivamente a altura de inserção da primeira vagem (r = 0,28;p ≤ 0,05). O que se deu, provavelmente, pelo fato da doença ter provocado a morte das primeiras gemas, impedindo a formação das primeiras vagens na parte baixeira da planta, resultando consequentemente no aumento da altura de inserção das primeiras vagens.

CONCLUSÕES

Existe variabilidade genética entre os genótipos quanto à tolerância a mela.

As linhagens CNFP 10762 e CNFP 10794 destacaram-se por apresentarem menor suscetibilidade a mela e maior produtividade de grãos.

As condições climáticas da época de cultivo das “águas ” no estado do Tocantins são favoráveis ao rápido desenvolvimento da mela.

REFERÊNCIAS

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BINOTTI, F. F. S.; ARF, O.; SÁ, M. E.; BUZETTI, S.; ALVAREZ, A. C. C.; KAMIMURA, K. M. Fontes, doses e modo de aplicação de nitrogênio em feijoeiro no sistema plantio direto. Bragantia , v.68, n. 2, p.473- 481, 2009

BLUM, A. Plant breeding for stress environments . Boca Raton: CRC Press, 1988. 232 p.

CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento de safra brasileira: Grãos: safra 2013/20143: Oitavo levantamento . 2014. Disponível em:<http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arqui

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